Venho-lhes contar a história da doce e solitária Angeline Clark, que vê sua vida mudar totalmente quando sua mãe Nicolle a obriga a morar com seu até então desconhecido pai biológico, o Governador de Nova Iorque Jonathan Zhimerman. Mesmo contra sua...
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"Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança"
Willian Shakespeare
Angel
— Me..me..meu....De...de....deus...... – o tal Jonh balbucia com evidente assombro no rosto, enquanto se levantava do sofá em um pulo — Que.....que.....
— Mais gente, alguém desentala esse homem coitado. Senão, antes mesmo de conhece-lo e termos um pai ele irá cair duro ali no chão – pior que MMA novamente tinha razão.
E o homem pálido continuava tentando se expressar.
— Quem ... quem é ela? – pergunta gaguejando, com os olhos saltados e apavorados apontando um dedo trêmulo em minha direção — Ela... ela é idêntica a mamãe.
— Infelizmente – Nick sussurra lamentando, como se para ela mesma — Jonh essa é Angeline, sua filha. E sim, ela é uma cópia fiel da sua mãe. E não só isso. Angeline possui as mesmas manias que as suas. O chamei aqui porque chegou a hora de você saber que tem uma filha, e que ela irá passar alguns meses com você se aceitar me ajudar. Preciso fazer uma viagem a trabalho e não poderei levá-la comigo. Então, decidi que nada mais justo que você cuidasse dela nesse período que irei ficar afastada do pais.
— Para tudo. É isso mesmo produção? Angel, o cara nem sabia da nossa existência. Misericórdia Jesus! – estou estarrecida como MMA agora.
— Espera um pouco Nick. O homem nem sabia da minha existência e você já vai impondo isso ao coitado? Eu já disse que posso me cuidar sozinha – afirmo seriamente me virando para o tal Jonh e estendo minha mão para me apresentar como se deve — Olá. Sr. Jonh não é? Sou Angeline, filha da Nick. É um prazer conhece-lo.
O homem me estende sua mão tremula e gélida como de um cadáver e me cumprimenta.
— Oi. Você é tão linda – ele sussurra baixinho um elogio, quase inaudível, ainda com o rosto pálido e olhos arregalados vidrados em mim — Se parece tanto com minha mãe.
Está legal. Agora devo estar roxa de vergonha, pois nunca tinha recebido elogios de ninguém a não ser de minha avó.
— Obrigada pelo elogio Sr. Jonh – agradeço educadamente com um sorriso sem graça nos lábios e bochechas formigando de vergonha.
— Bom, ás apresentações foram feitas. Creio que tudo está resolvido – declara Nick, simples assim, como se ela fosse a manda chuva do pedaço — Eu irei viajar daqui a 02 dias. Amanhã cedo vou até o colégio de Angeline para pedir sua transferência e......
— Ei, ei, ei. Um momento, por favor. O que isso Nicolle? – creio que foi no momento que Nick estava decretando suas próprias decisões sem consulta-lo antes, que o tal Jonh acordou para a vida e se deu conta do que ocorria ali. Por isso o mesmo cortou severamente a fala de Nick na hora. Aquele homem branco que nem papel a alguns segundo atrás se transformou em um vermelho de raiva em fração de segundos — Como assim está decidido? Você me procura 19 anos depois e me joga essa bomba nas mãos e pensa que está tudo ok? Como você foi capaz de esconder uma coisa séria dessa de mim? Eu não posso ficar com essa menina assim do nada. Eu nem a conheço. Não tenho tempo e viajo muito. Não posso ficar de babá de uma adolescente.
