Max

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"A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza"

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"A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza"

Erich Fromm

Maximus

— Não. Por favor tia. ESTA DOENDO. SOCORRO – grito em desespero, implorando. Mas uma vez me encontrava amarrado, chorando desesperadamente em uma sessão de bruxaria. Estava todo cortado no peito e barriga, todavia, a bruxa má não se compadecia com o meu sofrimento e veio em minha direção com algo nas mãos para aspergir em minhas feridas — NÃO..... NÃO, POR FAVOR. PARA. DÓI MUITO. EU SOU BONZINHO. EU JURO.

— Você bonzinho? – a velha bruxa feia indaga gargalhando, aproximando seu rosto do meu, fazendo-me sentir seu hálito fedorento — Então me diga diabinho, o que você faz com aquela garotinha inocente, é exemplo de um menino bonzinho? Tsc, tsc, tsc – estrala a língua nos dentes amarelados e abana a cabeça em negação — Acho engraço você vomitar para os quatro cantos do mundo que somos os monstros da história, no entanto, você é igualzinho a nós. Você não passa de um monstrinho que não merece perdão Max. É o meu diabinho preferido, que adora causar dor naquele anjo. E nada mais justo que eu devolva toda sua maldade, não concorda?

— NÃÃÃOOO.

No mesmo instante que me questiona, a bruxa jogo o líquido do frasco em cima de mim, que ardia e queimava minhas feridas. Continuei gritando de dor, implorando por ajuda e desesperado, entretanto, como sempre, ninguém se importava e muito menos me socorria.

No entanto, desse vez, algo milagroso aconteceu na sessão de tortura. Como se por um milagre, senti que meus braços estavam livres das amarras. Quando me dei conta desse fato, aproveitei da minha liberdade para me defender e por sua vez me vingar de uma vez por todas daquela bruxa asquerosa que tanto me causava dor e sofrimento.

Peguei-a de surpresa e avancei sobre ela com todo meu ódio contido dentro de mim por todos esses anos de sofrimento, e com minhas próprias mãos a inforco fortemente. Agora eu não era mais uma criança indefesa e sim um homem forte que podia se defender, e iria mandar aquela bruxa má nojenta para o inferno que é o seu lugar, para nunca mais me fazer mal algum e a mais ninguém.

— GOSTA DE MACHUCAR CRIANÇAS INDEFESAS, NÃO É SUA BRUXA ASQUEROSA? VAMOS VER QUEM MACHUCA MAIS? IREI LHE MATAR E TE MANDAR PARA O QUINTO DOS INFERNOS PUTA DESGRAÇADA – rosno com ódio, enquanto estrangulava com toda minha força aquela velha desgraçada.

Estava quase conseguindo mandar a maldita para o inferno, apesar de não enxergar bem seu rosto com clareza em meio a escuridão, tinha certeza que havia chegado seu fim. Todavia, algo me tirou a atenção e me desviou da missão de dar fim nela, quando senti um toque delicado e suave em meu rosto, e uma voz doce como de um anjo, soou distante demais e sussurrou:

— Maximus Archer. Eu te amo.

— Ãh? Quem está aí? – indago surpreso e em alerta, ao ouvir alguém dizendo que me amava em meio a aquele pesadelo terrível, e procurei pela pessoa em minha volta — Quem disse isso? – torno a perguntar enquanto procurava pela voz angelical, não encontrando ninguém.

ESCRAVA DO AMOR (trilogia Escravos) Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora