Venho-lhes contar a história da doce e solitária Angeline Clark, que vê sua vida mudar totalmente quando sua mãe Nicolle a obriga a morar com seu até então desconhecido pai biológico, o Governador de Nova Iorque Jonathan Zhimerman. Mesmo contra sua...
Boa tarde pessoal. Vamos saber da outra parte o que se passa? Tudo tem o outro lado não é? Desculpem a demora. Tive alguns percalços essas semanas e não pude postar. Mas bora continuar não é? Espero que curtam o cap.
"Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos agora você vai dar pra frente"
Provérbio Chinês
Jonh
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Me encontrava pálido, completamente chocado plantado no meio da sala de estar de casa, por causa de tudo que acabei de ouvi da minha própria filha. Meu bom Deus, o que eu estava fazendo? Eu merecia ouvir tudo aquilo, sei disso, todavia, mesmo sabendo, não estava preparado.
Olivia já havia me alertado quanto a achar minha filha muito tristonha e carente. E também sempre me aconselhou a resolver minha situação o mais rápido possível, antes que fosse tarde demais. E agora de fato a realidade me nocauteou, e tenho certeza que ela tem toda razão.
Algumas vezes, tive o vislumbre desses momentos de tristeza da minha filha, e infelizmente, e como um bosta de pai que eu sou, nunca fiz nada. E a única vez que tentei fazer o certo deu tudo errado. Me tortura saber que sou uma das pessoas a causar alguns desses momentos tristes a minha filha. Tudo por causa a minha covardia, apreensão e despreparo.
— Deus, eu sou um péssimo pai! - murmuro pesarosamente para mim mesmo.
— Eu não disse meu filho? Sua filha está sofrendo e precisando de você – Olívia afirma, me encarando seriamente — Minha Nossa Senhora das Dores. Fico imaginando, o que a menina Nicolle fez a filha para ela ser tão tristinha e pensar dessa maneira da própria mãe? Mas quer saber de uma coisa? Angeline não deixa de ter razão do que acaba de lhe acusar, pois é exatamente isso que você está dando a entender para sua filha Jonathan. Você, com essas suas neuras, preocupações infundadas e acatando os conselhos desses assessores que tem, está se tornando realmente um pai muito ruim e relapso. Agora, eu estou ordenando, ouviu? – ordena raivosa, apontando um dedo na minha cara — Você vai resolver essa situação com urgência! Pode parar com esses medos e apreensões bobas, e começar a ser o pai que essa menina precisa – vocifera, se virando e indo em direção á cozinha.
Recebi sua ordem calado, pois Olívia era a única pessoa no mundo que tinha coragem e podia me repreender, afinal, ela é como uma mãe para mim e praticamente foi quem me criou. Completamente arrasado, me arrasto até meu quarto com o coração aos frangalhos, para tentar pensar em como reverter essa situação com minha filha, e enfim, merecer seu perdão.
Pensar, era o que mais vinha fazendo nesses dois meses, desde quando descobri que era pai. Entretanto, para que tanto pensar, se não tomava nenhuma atitude sensata? Sento-me na cama, abro a gaveta da cômoda onde escondia uma foto desgastada pelo tempo e por tanto que a manipulo nas mãos.
