Se gostar, favorite 🥰 boa leitura.
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Aquela tarde começou normal, era sexta feira e não havia aula pelo motivo de haver uma breve reforma na caixa de força do colégio, nos dando um dia à mais de descanso. Portanto, minha mãe achou a ocasião perfeita para acertamos os preparativos de seu casamento.
- O que achou desse? - Girou olhando-se no espelho, ao mesmo tempo em que me mostrava o vestido por completo.
Eu a olhava encantada, ela estava tão linda.
- Tão belo quanto os anteriores.
Carlyle então, voltou para o provador retirando o vestido de noiva cheio de babados, tule e adereços brilhosos.- Obrigado. - Se despediu da moça que se encarregou de nos atender durante o período em que a fizemos esperar, pegando e levando vestidos para a prova. Sorri acenando e saímos do ateliê, seguindo o caminho para casa.
- Mãe, posso lhe fazer uma pergunta? - Com receio pergunto balançando a mão levando juntamente a sua que estava entrelaçada com a minha
- Pergunte. - Tosse um pouco antes de me encarar
- Você o ama? - Ela franze a testa incomodada com a pergunta
- Quem?
- Ian. Você o ama?
- Sim. Claro que o amo, por quê não amaria?
Dou de ombros sem graça
- Apenas acho que está um pouco cedo, já armaram um casamento.
- Filha, estamos juntos à seis meses. E eu tenho certeza de que o amo - Tinha mesmo? - E que quero passar o que me restar de vida ao lado de quem amo. Que no caso, são vocês.- "Restar de vida"? O quê quer dizer com isso?
- Até os meus cento e quatro anos. - Sorriu - Como combinamos.
- Podemos passar na praia, antes de voltarmos?
- Está se sentindo bem?
Assinto de cabeça baixa
- Apenas preciso colocar a cabeça no lugar.
Seguimos então rumo a praia, que ficava à uma hora de distância de onde morávamos.
Sentei-me na areia branca e observei o quebrar de ondas ao mar. Como já estava perto do anoitecer, a movimentação era fraca. Então, poderíamos desfrutar da calma e tranquilidade que o local trazia.
Lado a lado demos novamente as mãos e fechamos os olhos ouvindo o som d'água se chocando com pedras, pedestres nadando, pássaros de passagem cantando ou simplesmente o silêncio. A brisa fresca gélida batia em meu rosto, dando a sensação de liberdade que precisava.
- Pronta? - Abro os olhos ao ouvi-lá chamar-me
Ela observou ainda meio alienada, eu me levantar e limpar a parte traseira da roupa que vestia me colocando ao seu lado.
- Eu preciso encomendar as flores. - Anotava atentamente os pedidos de minha mãe em um bloco de notas
Tinha receios em questão ao casamento mas não estragaria a felicidade da mulher que contava alegre seus sonhos com o dia do casório.- Checar o coral - Trocou a bolsa que carregava de ombro - Conferir com o padre se está tudo certo.. - Sua tosse volta, mais intensa
- Você está bem, mãe? - Questiono preocupada
- Sim, só me engasguei com saliva. - Sorri fraco - Precisamos ter certeza se não à problemas com a data e nem com o lugar. -
- Nós faremos isso tudo ainda essa semana, mãe. Se acalme e respire, assim irá pirar.
- Tem razão, mas precisamos ver as roupas das madrinhas e o seu vestido que é especial.. - Parou de repente na calçada - Vamos voltar ao ateliê!
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Era tarde quando voltamos para casa, antes que abrissemos a porta fomos recebidas pelo meu padrasto, encostado perto da mesma nos encarando com um sorriso. Já mais perto se aproximou de minha mãe.- Boa noite, mulheres que eu amo. - A cumprimentou com um beijo - Onde estavam?
- Tivemos que voltar na loja para acertar os últimos detalhes do vestido da Macki. Uma correria sem fim, hoje.
- Vejo bem. - Observa - Macki, o seu pai ligou, disse que irá te buscar para passar o final de semana na casa dos seus avós. - Sorrio abertamente contente com a notícia
- Que incrível! Estou com tanta saudades deles.
- Filha, por que não começa a arrumar sua mochila? Você sabe que o seu pai gosta de viajar cedo.
- Sim, estou indo. Boa noite.
- Não vai jantar? - Ian pergunta
- Nós fizemos um lanche no caminho, estou sem fome, obrigado.
Subo rapidamente as escadas, entro no meu quarto e fecho vagarosamente a porta
Eu não compreendia esse "caso" da minha mãe com Ian. Eu gostava dele, mas.. Não sabia o que pensar ou até mesmo o que dizer quando me perguntavam sobre a relação de ambos, tudo aconteceu tão rápido.
Pego três peças de roupa, as arrumando dentro da mochila de costas lilás, após tirar livros e cadernos de escola. Pego mais alguns objetos e me deito com o celular em mãos, mando uma mensagem para a minha prima e soube que a mesma também estaria presente no final de semana, o que me aliviou. Eu simplesmente amava a companhia do meu pai, meus tios e avós, mas ter alguém da minha idade por perto era essencial, fazia tanto tempo desde a última vez que nos vimos.
"Tenho novidades." - Mando, logo desligando o celular.
Puxo a coberta e me cubro por inteira.
Narrador:
Ian ao vê-la subir se voltou para a noiva.- Como você está?
- Seguindo, tentando seguir a vida normalmente.
Quando sentiu que precisava tossir urgentemente, Carlye correu para pegar uma almofada e afundou o rosto na mesma, abafando o som
- Ela não desconfia de nada?
- Estou tentando disfarçar, mas está se tornando cada vez mais frequente e não é sempre que consigo segurar. A vontade é maior que eu. - Solta um longo suspiro cansado
- Quer que eu conte? Ou podemos chamar o seu ex marido e..
- Não, prefiro que tudo permaneça como está. Mas talvez tenhamos um outro problema.
- Há algum outro sintoma preocupante?
- Não é isso. É a Macki.
- Se você diz que ela não desconfia.. Eu não entendo. - Ele franze o cenho confuso
- Ela é esperta Ian, não vai engolir essa por muito tempo.
- Ao que se refere?
- Ela veio me perguntar se eu o amo, diz que está muito cedo para um casamento. - Fala se aproximando do homem quase sussurrando
- Essa mentira não vai durar por muito mais tempo, Carlye. Ela tem que saber!
- Eu não consigo, Ian! - Nega balançando repetidamente a cabeça - Enquanto puder, vou evitar esse momento. Não vou suportar vê-la sofrer. - Ele segura suas mãos - Olha, está tudo bem. Amanhã ela vai para a casa dos avós, logo nós vamos nos casar e eu já tenho o futuro dela já está todo planejado.
- Ela vai se zangar quando descobrir a verdade por terceiros.
- É o melhor a se fazer, eu prefiro assim.
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Anything Can Happen
Teen FictionDepois da morte da mãe e a privação de acompanhar o funeral, Makayla pensou que nada mais pudesse surpreendê-la, até ser mandada sem aviso prévio para um dos internatos mais caros da região. Mas os problemas só estavam começando. *Sinopse Atualizad...