Anything Can Happen

Avião Particular

No dia seguinte, aparentemente eu fui a primeira levantar. Todos estavam jogados na entrada do quarto, na sala e ainda por cima, semi nus.

- Oh Meu Deus! - Pego uma toalha e jogo em Filipe que abre os olhos confuso e assustado - Se cubra, por favor. - Ele sorri de lado ainda sonolento e procura preguiçosamente por sua cueca

"Em que momento isso foi acontecer? E até que ponto as coisas chegaram nesse jogo?"

- Quem é aquela garota? - Aponto para uma mulher de cabelos curtos escuros.

- Não sei. - Entorta o rosto - Não faço a mínima ideia. - Se levanta indo até a menina que dormia apoiada em um puff branco

- Pessoal, hora de levantar! - Bato palmas propositadamente

- Makayla, cala a boca! - Sou atingida por uma camiseta

- Aí, a minha cabeça! - Ouço Alasca reclamar

- Beberam bastante ontem. - Digo o óbvio

- Por que estamos de roupa íntima? E por que o Filipe tá pelado? - Grita mas, logo exibe uma careta de dor.

"Ele ainda não se vestiu?"

- O que fizemos?

- Uma brincadeira boba.. Não me recordo o nome. - Tento lembrar

- Pelo nosso estado e cartas.. Jogamos strip poker. - Ávila conclui

Não havia de fato reparado, mas ele também estava apenas de roupa íntima. O encaro de cima abaixo.

- Que horas são? - Enzo pergunta com a voz rouca de sono

- Dez da manhã.

- O quê? - Alasca se levanta com rapidez - Aí, tá tudo girando. - Se segura na parede por alguns instantes - Nós tínhamos que ter ido embora ontem! O nosso voo ia sair às dez da noite e nós perdemos. Perdemos um voo! - Surta

- No estado que chegaram, não iríamos sair de qualquer jeito.

- Como deixamos isso acontecer? Logo nós que somos tão responsáveis.. Ou pelo menos alguns de nós.

- Qual é, Ally's? - Apollo, sem camisa, se senta na cadeira - Nós mal vivemos quando estamos em casa ou no colégio. Precisávamos de um tempo só nosso, para beber, gritar, dançar e nos divertir sem arrependimentos! Pode ser que não tenhamos feito tudo o que gostaríamos, mas ao menos curtimos ao máximo a noite passada.

- E como curtiu! - Sorri

- O que eu fiz? - Ele também sorria divertido

Já deveria imaginar

- Você e a Ally bateram em umas cinco portas, se agarrando pelo corredor à caminho daqui.

Noto seu rosto avermelhado.

- Quem é ela? - Dulce aponta para a menina ainda desconhecida.

- Ninguém parece saber. Vamos esperar ela acordar e descobrir. - Lorenzo diz - Vou tomar um banho.

- O que é estranho, já que a porta estava trancada. - Falo pensativa

- Será que ela é funcionária e tinha uma chave? - David pergunta dando de ombros

- Pode ser.

- Por que dormimos todos aqui? - Dulce volta a perguntar

- Eu ia deixar os rapazes aqui, mas alguém me empurrou e depois, Enzo e você não me deixaram sair. - Rolo os olhos - E por falar nisso, podem fazer o favor de procurar a chave para sairmos?