- Olívia, quer merda é essa? - Noah pergunta ao retirar a pele falsa que estava sobre a barriga da grávida - Você estava disfarçando a sua gravidez?
- Sim.
- Por quê? Os mauricinhos não permitem grávidas na escolinha de ricos? Afinal, que lugarzinho que você foi arrumar hein. - Joga a pele para algum canto do carro que acabará de estacionar - Foi difícil, bem difícil, mas eu achei você! - Exibe um largo sorriso
- A intenção foi essa desde o início, eu quis um lugar que você jamais imaginaria me encontrar.
- Uma pena que o seu plano deu errado, amor. - Sai do carro sendo seguido pelos companheiros - Bem vinda ao lar. - Puxa Olívia para sair do automóvel
- Não por muito tempo..
Olívia POV:
- O que disse?- Nada.
Não queria diálogo com ele, então me limitei em dar respostas curtas. Torcia para que alguém chegasse logo e me tirasse daqui. Tantos anos que eu implorei e fugi, mas agora estou novamente presa, ao meu pior pesadelo.
- Vamos entrar, você deve estar faminta. - Segura minha cintura tentando me guiar - Não dificulte as coisas. Não sabe como estou louco para descontar em você todos os dias em que eu passei raiva te procurando que nem um maluco! - Sinto um arrepio passar pelo meu corpo - Se não quiser que nada aconteça com essa criança é melhor você me obedecer! - Diz ameaçador - Vamos? - Respiro fundo antes de acompanhá-lo até o interior do estabelecimento.
Se tratava de uma espécie de pensão, ou hotel, não sei dizer ao certo. A localização é distante pelo tempo em que permanecemos dentro do carro, não há nada em volta a não ser um pequeno mercadinho, lembrava muito uma cidade fantasma.
- Bem vinda ao lar temporário. Muito em breve nos mudaremos para uma casa própria. Eu só tenho que resolver alguns assuntos pendentes e despistar todos que você conheceu, incluindo a sua mãe.
- Noah, por favor, não faz nada com a minha mãe!
- Não irei se ela não se meter, e você cooperar.
Na recepção não havia ninguém para nos receber. Portanto, ele pegou uma chave com numeração que eu não pude identificar e subimos um lance de escadas até parar em frente a uma porta. Ele a abre, me deixando entrar primeiro. O ambiente era pequeno, cheirava a mofo e possuía poucos móveis. Uma cama de casal, uma cômoda com televisão, uma mesa redonda e duas cadeiras de madeira. Havia também uma porta que provavelmente se tratava de um banheiro.
- Como não iremos ficar tanto tempo, eu não vi necessidade de um quarto com armários. Também não tive oportunidade de pegar sua mala, mas não se preocupe, logo trarei todos os seus pertences. - Me sento na cama - Antes tenho que te apresentar uns amigos. - Diz animado - Esses são Evan, - Alto, moreno e olhos pretos, com o porte físico forte - Benin, - Esse era mais baixinho, mas também forte e com os olhos esverdeados - E Christian. - Já o último era muito parecido com o Noah, bronzeado, alto e olhos cor de mel. - Olívia, pode prestar atenção em mim? - Reclama bravo e só então notei que eu encarava descaradamente o seu amigo, enquanto os comparava.
- Desculpa.
- Eu tenho que sair agora, vou deixar você descansar. Quando voltar trago o jantar e uma roupa limpa para que durma confortável. - Permaneço quieta - Não demoro, amorzinho. - Tenta me beijar - Nós iremos voltar a ser como antes. - Segura o meu rosto apertando minhas bochechas - E ninguém vai me impedir! - Deixa claro, antes de sair com os amigos em seu alcanço.
Aguardo alguns segundos, logo me dirigindo à porta, girando a maçaneta.
- Óbvio que ele não iria facilitar deixando a porta aberta, não seja burra, Olívia. Você está perdida! - Me deito na ponta da cama - Só Deus pode me salvar..
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Anything Can Happen
Teen FictionDepois da morte da mãe e a privação de acompanhar o funeral, Makayla pensou que nada mais pudesse surpreendê-la, até ser mandada sem aviso prévio para um dos internatos mais caros da região. Mas os problemas só estavam começando. *Sinopse Atualizad...