Órfã

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- Prontinho. - Ian fecha a porta do passageiro e se senta no banco do motorista, ligando o automóvel.

Makayla estava inquieta, mas silenciosa. Tinhas muitas perguntas, porém, seu padrasto prometeu que lhe responderia assim que chegassem em casa.

- Quer que eu ligue o rádio? - Ela o escuta perguntar

- Não, obrigado. - Apoia a cabeça na mão encarando a janela

- Hoje é terça. - Comenta ao lembrar que perguntou para a enfermeira mais cedo - Eu não devia estar no colégio?

- Você ficará alguns dias em casa, para a sua recuperação completa. Eu já conversei com o diretor e os seus professores, explicando toda a situação.

- Diretora. - Tenta corrigi-lo

- Oi?

- Você disse diretor, mas a direção da Goulart Academy, é uma mulher.

- O internato mais caro da cidade? Está sonhando ainda, filha?

- Você que está louco, Ian. - O encara rapidamente - Desculpa.

- Tudo bem. Sei que ainda deve estar confusa. Eu compreendo totalmente.
Passaram em frente a casa dos pais da garota e ela rapidamente arregala os olhos apavorada ao ver a casa em chamas.

- Ian, para o carro! Para onde está indo? - Ele estaciona no meio da estrada vazia por segundos

- Para a nossa casa, Macki. - Notando o que a menina observava, tratou de prosseguir - Nós nos mudamos há um mês.

- Como nós nos mudamos? Eu moro naquela casa desde que nasci! E também não acredito que a minha mãe algum dia concordaria com uma loucura dessas!

- Mas ela concordou. Aliás, a ideia foi dela.

- Mas, Ian.. A casa está pegando fogo! Chama os bombeiros, por favor! - Choraminga vendo-o voltar a ligar o carro

- Eu irei, não se preocupe.

Horas depois:
- Chegamos.

- Por que fica tão distante da cidade?

- Não fica distante, ainda estamos em Britton City.

Makayla cruza os braços encarando a "nova casa". O imóvel é grande, mas discreto ao mesmo tempo. A coloração era cinza, triste, sem vida. Diferentemente das demais três casas coloridas.

- É aqui?

- Sim. Linda, não acha? - Mais a frente havia uma trilha que curiosamente levava para um outro local - Aonde isso dá? - Aponta

- Não quero que vá para lá, já te disse milhares de vezes e volto a repetir.

- Por que não?

- Apenas obedeça! Venha, vamos entrar. - Ian a guia para dentro de casa

Makayla se senta no sofá, sem se dar ao trabalho de observar a decoração e todo o resto. Estava angustiada.

- E o meu pai? - Ele era a primeira pessoa que ela queria ver, e a única que poderia lhe esclarecer tudo - Já chegamos. Poderia por favor, me responder?

- Makayla.. - Hesita - Há um tempo nós não tínhamos notícia alguma sobre o paradeiro do Enrico. A Carlye dizia que ele estava trabalhando demais, sobrecarregado com tudo e por isso não dava tanto as caras, mas eu me preocupava com você, a ausência dele te fazia muito mal e eu via o quanto isso a deixava desapontada. Então, eu mesmo tratei de ir atrás e dizer a verdade a ele. Mas.. Através de uma vizinha, soube que após uma saída de carro ele..

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