Anything Can Happen

Descuido

Dias Depois:
- Bom dia alunos, e bem vindos de volta. - O professor de música inicia a sua aula - Eu sei que bem antes das férias prometi uma música especial para o nosso amigo, Ethan Latgé. Fui bastante cobrado e como sempre honro minhas palavras, aqui está. - Exibe uma folha, provavelmente com a letra da música - É um segredo para quase todos. - Entrega o papel para Ethan - Quero ela decorada e pronta para a apresentação na próxima aula, entendido?

- Professor, é sério isso? - Questiona arqueiando a sobrancelha

- Muito sério, senhor Latgé. Digamos que isso contará também como nota na minha matéria para você. Como uma espécie de ponto extra. - Sorri maldoso - Pois bem, segundo ano. Peguem os instrumentos sobre a mesa. - Cada um pega um objeto, eu acabei ficando com o xilofone. - Ainda bem que essa sala tem isolamento acústico. - Reich grita com as mãos nos ouvidos, nos fazendo rir - Vocês estão me escutando? - O barulho predominante era uma completa bagunça, todos fora de ritmo, tocando de qualquer jeito. Eu não me encontrava diferente, estava me divertindo. - Ok, eu desisto de vocês!

×××
Com a volta das aulas, os professores pareciam estar bem mais dispostos, principalmente na questão do dever de "casa". Aparentemente tudo parecia ter voltado ao normal.

- Moretti! - Me viro fechando a porta do armário - Seu pai passou aqui e pediu para que lhe entregasse isso. - Cármen me entrega uma sacola - Aqui está a receita e os remédios que você tem que tomar, qualquer dúvida fale com a enfermeira do colégio.

- Você disse o meu pai?

- Perdão, seu padrasto. - Se corrige, logo saindo.

Antes de ser deixada no colégio, após chegar em Britton City, Ian me levou ao hospital para uma check up completo e para termos uma noção de como se encontrava o meu estado pós traumático. O médico receitou tudo o que eu deveria tomar para o caso de sentir dor e uma pomada para passar no corpo, que ajudaria na cicatrização dos cortes.

Guardo a sacola na mochila, depois deixaria no quarto.

- Olívia! - Grito ao vê-la sair do banheiro feminino - O que aconteceu? Onde você estava? Por que não me atendeu? Está querendo me matar de preocupação? Eu te liguei mais de..

- Makayla, calma! - Sorri - Eu estou bem, mas tive que sumir com o meu celular, soube que ele estava sendo rastreado. Desculpa, porém, eu não podia me comunicar com ninguém ou colocaria tudo a perder. Eu e minha mãe ficamos em um hotel, na cidade em que ela está morando, a sua casa não seria segura se o Noah descobrisse. - Sussurra

- O importante é que vocês estão bem. - Sorri colocando discretamente a mão em sua barriga

- Estou me sentindo cada vez mais enjoada com tudo. - Reclama fazendo careta - É ruim, mas bom ao mesmo tempo. Você me entende? - Ri

- Acho que sim. Er.. Ávila e eu terminamos. - Decido lhe contar antes que ela fique sabendo por outras pessoas

- Por quê? Vocês eram tão fofos juntos, apesar de tê-los visto poucas vezes.

- Nós não damos certo como casal. Mas foi bom termos descoberto cedo, ou as coisas poderiam ter tomado rumos.. Esquisitos. O bom é que continuamos amigos como antes.

- Talvez seja melhor mesmo. E agora que está novamente solteira.. Irá dar uma chance aos gêmeos?

- Descarto Filipe, conhece bem a fama dele. - Ela ri concordando - E eu estou cansada do Enzo. - Suspiro

- Por quê?

Lhe explico sobre o que conversamos mais cedo e sobre os seus ataques de ciúmes, desde quando conheceu o Romeu e até mesmo sobre o Daring.