Emboscada

6 0 0
                                    

Narrador:
Ian deixa a sua casa com o coração apertado, não queria se afastar da enteada, não gostava de deixá-la para trás. Entrou no táxi que o levaria até o aeroporto e aguardadou ansiosamente. Após pagar o motorista, checou novamente o celular e, por fim, desligou o aparelho. Tudo estava certo, não havia nenhuma reclamação do trabalho ou da sua casa, portanto não haveria problemas em se manter longe da conectividade do celular.

Fez todo o processo do check-in, para poder embarcar no avião, às 6:00 am com destino à Boston. Logo já havia pousado. Ian confiante pega a mala pequena de mão e segue novamente em busca de um táxi. Tomando a frente de um passageiro que esperava mais duas pessoas, ele se adiantou adentrando o veículo e mudando a rota de destino, o que causou revolta nos estrangeiros que também dependiam do transporte.

Rindo, ele ligou o celular, havia acabado de receber uma mensagem com o endereço exato do hotel em que se hospedaria por dois dias e todas as instruções sobre o motorista que o aguardaria e se encarregaria de levá-lo à empresa. O motorista do táxi estacionou em frente há uma casa de dois andares. Ian confuso abriu a janela para analisar onde estava.

- Esse é o endereço certo?

- Foi o que você me passou. O senhor pode descer logo? Eu tenho que voltar ao trabalho, não posso ficar perdendo tempo, nem dinheiro.

- Mas eu não sei aonde estou! Poderia ser mais compreensível?

- Infelizmente isso não faz parte do meu currículo. Pode descer?

Rolando os olhos e indignado com a ignorância do motorista, ele saiu do veículo com a mala em mãos. O carro foi embora e ele tratou de ligar rapidamente para um dos responsáveis por cuidar da sua hospedagem, enquanto estivesse em Boston. Estava em uma rua deserta, haviam algumas outras casas e muitas árvores, o final da rua era um beco sem saída. Não parecia nada com o hotel cinco estrelas que foi dito por telefone. E para piorar a situação, seu celular parecia estar sem sinal, ninguém lhe respondia.

- Ninguém atende!

Bufou e olhou a caixa de entrada, oito ligações perdidas da Ava.

- O que essa mulher quer agora? Será que ela não vê que eu estou ocupado demais resolvendo a droga em que me meti, para ter que resolver os problemas bobos de vaidade dela?

Logo observa outro táxi passar estranhamente pela rua aparentemente sem saída, deveria ter se perdido e faria o retorno ali. Mesmo sendo suspeito, Ian optou por não permanecer ali e entrar na casa a sua frente, algo nisso tudo estava muito errado. Ele fez um sinal chamando o táxi que prontamente parou.

- Poderia me levar para o hotel mais próximo? - Pergunta da janela

- Claro. - Com um sorriso esquisito nos lábios responde

Ian volta a colocar a sua bagagem no porta malas e se acomodar no banco do passageiro. Assim que entrou as portas foram automaticamente travadas. O motorista saiu da rua, fez o retorno e voltou a estacionar na frente daquela mesma casa de dois andares.

- Está de palhaçada com a minha cara? Isso é uma pegadinha? Que brincadeira de mal gosto! Eu exijo que me leve para qualquer lugar que não seja aqui!

Ouviu o motorista gargalhar e em seguida o carro ser cercado. As portas foram destrancadas e Ian arrastado para fora do veículo. "Maravilha, um sequestro." pensou.

×××
Domingo, 10:00 AM

- Esse colégio está um tédio! - Dulce reclama se jogando em sua cama

- Deveríamos arrumar algo interessante para fazer. - Apollo bufa

Após o café da manhã, estavam todos reunidos no quarto das meninas, aonde teriam mais privacidade.

Anything Can Happen Onde histórias criam vida. Descubra agora