Convivência

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- Makayla, nós revisamos o seu vídeo e deixamos a decisão com a Lívia. E bem..

- Você foi aceita, parabéns! - Lívia me abraça e sorri em seguida

Eu sorria também, não acreditando na notícia. Pela primeira vez faria parte de um grupo de torcida e eu estava tão ansiosa.

- Obrigado!

- Os treinos são de três à quatro por semana, os horários são variados e normalmente durante a educação física. Vez ou outra ensaiamos durante o tempo vago. Por isso, não se surpreenda caso seja chamada nesse meio período. Costumamos ser bem rigorosas quando se trata das cheeleader. Seu uniforme será entregue no primeiro treino. Você consegue conciliar as aulas do dia a dia com os ensaios?

- Consigo.

- Perfeito! Alasca vai lhe ajudar com os pontos que não conseguir ou sentir mais dificuldade. E também sei que ela ficou encarregada de te ajudar nas aulas da professora Rachel.

- Sim.

- Novamente, meus parabéns. Bom, nós temos mais dois vídeos de duas alunas do terceiro ano, sendo uma delas intercambista.. - A porta foi aberta

- Sabia que provavelmente estaria aqui. Makayla, tem visitas. - A inspetora Cármen entra nos encarando

- Estou indo. Obrigado, mais uma vez. - Saio a seguindo para a diretoria

Ao ver que me esperava, meus olhos automaticamente lacrimejaram e eu não aguentei segurar as lágrimas.

- Papai! - O abraço forte

- Oi, minha filha. - Diz afagando meus cabelos

- Eu achei que havia se esquecido de mim! - Faço drama

- Nunca, filha! Na realidade deveria ter vindo apenas no fim de semana, mas eu não suportaria. Eu precisava te ver e ter certeza de que não havia feito a escolha errada. - Olho para trás de dele e notei Hannah nos observando

- Vamos para outro lugar, tudo bem?

- Podemos?

- Hannah, posso conversar com o meu pai no dormitório?

- Você tem dez minutos. - Observa o relógio de pulso - Infelizmente já perdeu o horário do jantar. Portanto, tem que se aprontar logo e estar deitada porque já são quase nove horas. - Assinto e pego na mão do meu pai o levando para o dormitório

- Esse é o meu quarto.

Lucy e Giorgia conversavam quando chegamos

- Makayla, oi.

- Olá senhor, nós iremos sair um pouquinho. Com licença. - Sorrio em agradecimento e logo estávamos à sós.

Me sento em minha cama e ele faz o mesmo pegando em minhas mãos

- Como você se sente, filha?

- Eu quero ir para casa, papai. Por favor, me tira dessa tortura! - Imploro

- Não é nenhuma tortura, meu amor. E sabe que não pode, não ainda.

- E por que não? O que eu fiz para merecer estar aqui?

- Nada! Você não fez nada. Mas esse era o sonho da sua mãe.

- Eu não pude ir ao enterro, não pude me despedir como realmente se deve e me sinto péssima por isso! - Suspiro cansada

- Eu também me senti assim quando o Ian contou que já havia lhe trazido. - Diz triste - Me senti tão culpado.

- Não fale esse nome, eu o odeio!

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