Descrente Da Promessa Boba

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Makayla POV:
Eu já me sentia bem melhor, acho que o passeio realmente surtiu efeito.

- Obrigado pelo lanche, Ian. - Agradeço enquanto saímos do estabelecimento

- Por nada. - Balança o copo com o resto do refrigerante que antes bebia - Sabe, Macki.. Tem uma coisa me incomodando.

- O quê?

- Você não me chama mais de pai. - Sorri balançando a cabeça

- Que susto, achei que era algo mais grave. - Brinco vendo-o rapidamente me olhar - Eu sei que sempre te chamei assim, desde que passei a aceitar o seu relacionamento com a minha mãe e nos tornamos mais próximos. Mas, o que acontece é que.. É estranho, entende? Você é o meu padrasto, eu já tenho um pai. - Gesticulo com as mãos sem tirar os olhos de um ponto não fixo na rua - Sem querer te ofender, é claro. Ainda tenho alguns momentos que te chamo assim, bem lá no fundo, eu sei que me incomodo um pouco e principalmente ao Enrico, o meu verdadeiro pai.

- Tudo bem, eu entendo. Deve ser complicado mesmo. - Ele parecia triste

- Desculpa, não quis te chatear.

- Não tem problema, Macki. - Sorri fraco - Mas eu ainda posso te chamar de filha? Ou também estou proibido?

- Eu sempre serei a sua filhinha. - O abraço de lado - Ian, posso te fazer uma pergunta? - Penso de repente

- Fique a vontade.

- Você é divorciado, certo? - Ele concorda lentamente - E teve filhos enquanto estava casado?

Sempre tive curiosidade de descobrir, mas acabava me esquecendo de perguntar.

- Eu.. Bom, não. Não tive nenhum filho com a minha ex mulher.

- Sério? Nenhum mesmo? Lembro-me de uma vez você ter dito que tinha.

- Talvez eu tenha me precipitado ou devia estar de cabeça cheia e acabei falando uma mentira, desculpa. Apesar de querer muito, minha ex companheira é bem ocupada e não queria saber de filhos, então achei melhor deixar para lá. Afinal, por que insistir em uma pessoa se ela não tem os mesmos sonhos que você?

- É, você está até que certo. - Dou de ombros - Você quis ter filhos com a minha mãe?

- Oh sim! Eu e a Carlye tínhamos esse sonho. Mas então, ela descobriu a doença, tudo foi se adiando e no fim acabou não acontecendo. Mas eu tenho você, que gosto muito e trato como filha. Para mim é suficiente e já basta. - Sorri mostrando os dentes

Após a lanchonete, Ian quis que fossemos ao parque. Haviam algumas luzes que enfeitavam o local de noite e ele decididamente queria que eu visse.

- Macki, me conta.

- Contar o quê?

- Ainda está namorando? - Sorri

- Não. Terminamos na Itália.

- Hum. - Finge não demonstrar interesse - Mas está gostando de alguém?

- Já que você quer tanto saber.. Sim. Posso dizer que.. Gosto de um menino do colégio.

- Ah.. E quem seria esse menino?

- Seu nome é Enzo.

- Guarnieri? - Arregala os olhos

- Sim. Conhece ele? - Estranho

- Não, não. Não conheço. - Ian aparentava estar nervoso - Mas já ouvi muitas coisas desagradáveis, tanto dele, quanto do irmão e da mãe.

- Tipo?

- Que eles são loucos, tem a pior das famas, a casa deles é cheia de homens armados e que eles são muitos perigosos. Por favor, não quero você tendo absolutamente nada a ver com aquela família.

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