Olívia POV:
Mais um dia naquela semana, eu acordei pela madrugada. Essa rotina era recorrente desde o dia em que fui raptada, fazia muito mal tanto para mim, quanto para o meu bebê. Eu sabia disso, mas era inevitável. Como eu poderia dormir em paz se ao meu lado estava o ser que eu mais desprezava?Durante a noite, quando ele se deitava ao lado oposto na cama, em algum momento suas mãos repugnantes tocavam o meu corpo. Tentar afastá-lo era muitas vezes inútil, mas eu não o deixaria ficar sequer a milésimos de mim!
Me levanto tomando cuidado e com a mão na barriga. Pobre, Chiara.
"Eu juro que oque eu mais quero é dar o melhor para você minha filha, e juro que não vou permitir que esse monstro nos faça infeliz ou consiga nos ferir. Prometo!"
Vou até a pequena janela trancada e observo a rua vazia, todos os quartos disponíveis, vazio, não havia uma alma que pudesse, de alguma forma, me ajudar.
Noah tinha um sono pesado, mas qualquer barulho de ferro o acordava. Chegava a ser bizarro, desde quando éramos namorados isso acontecia. Então caso eu tentasse abrir, seja a janela ou a porta, ele me ouviria.
Não sei dizer ao certo há quanto tempo estou presa aqui, para mim parecem séculos. Ele não me informa nada, nem as datas ou horários. Eu me sentia totalmente perdida, em todos os sentidos.
Sentia muitas dores e o fato de ficar trancada e impossibilitada de fazer curtas caminhadas ou qualquer outra atividade física, me prejudicava. Já que são essenciais e beneficiam a mim e ao bebê. Me afasto da janela e opto por fazer um leve alongamento, já era de grande ajuda.
- Que bela visão. - Me assusto e levanto rapidamente fazendo o pescoço doer - Cuidado, amor.
- Não me chama assim!
- Calma, calma. Que bom que você acordou cedo. - Também se levanta
- Por quê? - Dou um passo para trás
- Vamos gravar um vídeo? - Pega um celular de dentro do banheiro
Como eu não vi isso? Revirei esse quartinho todo ontem.
- Eu me recuso a te ajudar em qualquer coisa! Não vou fazer nada!
- Vai sim!
- Você não pode me obrigar! - Descanso as mãos na barriga fazendo carinho
- Ou você colabora ou eu desconto na sua mamãezinha.
- Onde ela está? Noah, o que você fez com a minha mãe? - Seguro sua camisa
- Nada. - Ri - Eu não fiz nada, mas posso mudar de ideia, caso você não obedeça.
- Que porcaria de vídeo é esse? - Pergunto irritada
- Diz "oi" pros nojentinhos da escolinha cara! - Aponta a traseira do celular em minha direção
Makayla POV:
- Hannah. - Apoio minhas mãos em sua mesa- Makayla, está querendo ser expulsa?
- Há um tempo atrás eu queria.. - Confesso em voz baixa e escuto David rir
Era sexta de manhã e eu o obriguei a me acompanhar à direção. Na verdade, ele me encontrou no caminho e se ofereceu.
- Pois não?
- Nada. - Balanço a cabeça - Tem novidades sobre o caso da Olívia?
- Nen..
- Hannah, preciso que tire uma cópia de cada documento e reúna os professores no auditório. - A diretora nos ignora e após dar o aviso, entra novamente em sua sala.
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Anything Can Happen
Teen FictionDepois da morte da mãe e a privação de acompanhar o funeral, Makayla pensou que nada mais pudesse surpreendê-la, até ser mandada sem aviso prévio para um dos internatos mais caros da região. Mas os problemas só estavam começando. *Sinopse Atualizad...