Passos Arcanos: Caminho da Honra

Capítulo 29 - Novo Detalhe

- Esse é um Sumona – Carla estava em cima de sua égua, cerca de alguns metros de seu pai. O vento frio era mais forte aumentavam a cada metro em direção ao norte. As árvores já não eram tão mais altas, e eles estavam perto do Porto de Lior, onde uma das maiores refinarias e exportação de carvão se encontravam.

Ainda assim, a mulher arriscava conversar com Orion, mesmo que sua voz chegasse ao seu pai.

- Eu sei que é. – Orion, sentado dentro de seu quarto de pedra, depois da longa noite de sono, despertou e sem nem comer, foi para o objeto. O cajado do velho Mago. - Eu ainda não sei como ele conseguiu isso, mas teve que ir bem longe.

- Sumonas são objetos raros, mas eu nunca entendi o que eles fazem.

- Depende muito do estilo da pessoa. Um Sumona é só um objeto qualquer utilizado pelos Homens dos Números, mas duvido que o velho soubesse como usar isso. Devia carregar aquilo só pra mostrar certa superioridade e dar medo nos outros.

Orion deixou objeto no chão frio. Correu seu dedo de uma ponta a outra com a mão direita, do mesmo jeito que utilizou contra a barreira no Lago do Céu. Nada aconteceu. Aborrecido, cruzou os braços, organizando seus pensamentos.

- Sem instruções, não posso fazer nada. Sem o código natural, ela é só um pedaço de madeira bruto e resistente.

- Tente usar mana para acioná-la – Carla se deixou levar, falando mais alto do que o normal, chamando atenção de seu pai.

- Disse algo, filha?

- Não, meu pai. Estou apenas pensando alto sobre algumas questões Arcanas, nada demais.

Diminuindo a velocidade, Amug se endireitou ao seu lado, com um sorriso quebrado, porém, convencido.

- Pode falar com seu velho pai sobre Arcana, eu sei bastante.

- Pergunte a ele se um Sumona tem dono por registro de Mana.

Carla tossiu, rivalizando o pedido descortês.

- Ah, sério isso? - os olhos de Orion se reviraram com a falsa tosse. - Por favor, você pode pedir para ele?

- Pai – Carla coçou o nariz, fingindo uma falsa questão, como se fosse de longo prazo, a incomodando -, saberia me dizer se um objeto Sumona tem algum dono por registro de mana?

Assustado pela pergunta um tanto quanto complexa, Amagus esperou um pouco, virando seu nariz para a estrada, perdendo o sorriso do rosto.

- Você está pensando em objetos há muito tempo deixados de lado. Os Sumona foram destruídos pelo Papa quando tivemos a chance de expurgar os Homens dos Números da terra, mas eles eram muito mais complexos do que isso.

Carla e Orion possuíam a mesma expressão de tédio. Essa era uma história contada mais de cem vezes para ambos. E como a memória deles era quase destemida, as outras 99 vezes foram irrelevantes.

E Amagus riu, lembrando do fato.

- Acho que já falei muito sobre elas, para você, mas eu só poderia dizer que sim ou não.

- Isso não é um resposta muito objetiva, pai.

- Sim, porque existe uma necessidade de despertar o objeto, e Não, a marca não torna o Sumona em sua propriedade não o torna vitalício. Então, a resposta até que faz sentido, não acha?

Por mais que fosse estranho concordar com seu pai, Carla fez que sim.

- Era só isso? Ainda estou confuso do motivo da pergunta.

- Não é nada, eu estava pensando se conseguiríamos achar algum desses objetos por ai. Sabe como é, explorar um pouco durante nossa viagem.

- A estrada para o Norte é longa, e teremos muito, muito caminho pela frente, mas sim, podemos parar para estudar algumas coisas relacionadas aos nossos antigos arqui-inimigos. Se é o Sumona que quer aprender, então vou te ensinar várias coisas deles.