Capítulo 97 - O Terceiro Grolldon

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Orion deslizou pelos tubos recém construídos para o setor de esgoto, conseguindo partir pelo outro lado. A água que descia pela tubulação ajudou até o final. Ao segurar a borda, levantou rapidamente, encontrando Ovette e Gârno apreensivos.

O Exilado bateu no peito de Orion, rindo, mas não contendo o nervosismo.

– Foi uma luta e tanto.

– Não temos muito tempo – Orion apontou para frente. Os tuneis construídos por debaixo da muralha eram curtos, mas poderiam ser muito bem interceptados pelos guardas do outro lado. – Temos que continuar.

Eles foram em frente. Separados por uma passarela nos dois lados, a água do esgoto corria ao meio, tochas estavam estacionadas em cada esquina, liberando para que corressem sem problema. Demoraram três minutos para virarem 10 esquinas e chegarem a uma porta de madeira.

Orion não deixou que nenhum deles se aproximasse. Esticou a mão direita e nada ocorreu.

– Acha que eles colocariam magias de proteção logo aqui? - Gârno cuspiu. – Eles são arrogantes demais para acharem que alguém iria sair por aqui.

– Eles podem ser estúpidos, mas são precavidos – Ovette o rebateu. – Estivemos pensando em uma forma de fugir faz dois anos, e só agora, com a ajuda de um deles, conseguimos.

– Não tivemos tanto sorte quanto ele.

A porta foi aberta pelo Cavaleiro, que levantou seu capuz logo em seguida.

– Não vamos direto para a montanha. A única passagem que eles conhecem está sendo protegido, eles devem querer nos parar antes de sumirmos. Vamos usar os túneis da montanha.

– Jilmo deve ter feito algo nesses dois anos para ocupar a montanha. Quer mesmo tentar entrar lá dentro?

– Você mesmo disse que eles são arrogantes. - Os três atravessaram a porta, a escadaria os levou para o outro lado da muralha. As florestas completavam o outro lado do espaço. O frio ainda era quase tão insuportável, senão pior do que dois anos atrás, os dois Exilados abraçaram seus peitos, arfando uma fumaça cinzenta.

A parte destruída da muralha estava sendo destruída por criaturas menores, nenhuma delas prestava atenção ao redor, atacando um único ponto. A maior delas, com mais de 15 metros, balançava sua cauda contra a saraivada de magias, não as deixando tocar sua pele mais sensível.

Dando uma curta olhada, Orion também viu sombras por cima da muralha, se locomovendo na direção deles três.

– Corram para dentro da floresta, eu encontro vocês – ele puxou o cajado e apontou para a muralha.

Gârno viu os soldados se direcionando para cima deles, e deu um passo para trás.

– São muitos.

– Sei disso.

A mana acumulara na ponta do cajado e a runa colorida emergia. O ar afinou, sendo muito mais raso, com uma pressão liberada logo em seguida, uma névoa estufou como uma bomba de fumaça, alterando a visão de todos os presentes.

Depois da explosão de fumaça, Ovette e Gârno correram para dentro da floresta. Caminhar pela mata era mais simples do que manejar uma espada, para ambos. Cruzaram um espaço de 100 metros em 9 segundos, parando para olhar para trás.

Ambos esperaram Orion, mas a névoa expandiu até onde eles estavam, espessa e volumosa. Quando se deram conta, um vulto pulou de um dos galhos e pousou ao lado de ambos.

Era Orion, um pouco molhado.

– O que é isso na sua capa?

– Água. Vamos.

Passos Arcanos: Caminho da HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora