- Então, esse é o acordo? - Georferd estava olhando para o pergaminho, sentado distante de sua cidade, do seu ducado, enfiado dentro de uma pequena com homens e uma mulher que já conhecera. Ainda estava deprimido, mas Gena estava diante sua face, logo ali, esperando pelo seu pai.
A garota não conseguia se mexer, mas seus olhos pediam a suplica. Estava tão perto e tão longe da sua liberdade, mas os seus sequestradores nem mesmo faziam menção de liberá-la.
- Sabem que o que estão pedindo é algo que pode matá-los, não sabem?
Kioshi deu de ombros.
- Como se nosso chefe não nos avisasse todas às vezes que mandamos uma carta. Vamos, logo. Nos leve até a Essência Sagrada.
O Duque concordou olhando para Gena, o encarando de volta, com olhar suplicante.
- Posso pelo menos...
- Vai logo. Não faça nada estúpido.
Dando passagem, Kioshi deixou que Georferd abraçasse sua filha, mas a garota ainda não respondia. Estava selada com uma pequena corrente nos pulsos.
- Não tente sequer tocar nessas amarradas, entendeu? - Esmeralda o alertou, ficando ao lado de Kioshi. - Eles são feitas para suportar uma pressão que nem mesmo um Mago de Quinto Núcleo racharia. Então, não faça nada.
- Tudo bem. - Georferd passou as mãos nas costas de Gena e desceu, tocando a corrente, secretamente. - Eu vou te tirar daqui. Tudo vai ficar bem. Eu juro.
Ele beijou a testa de Gena e se levantou. A garota foi pega por Dorival que a colocou nos braços e começou a caminhar para fora.
- O tempo acabou, papai do ano. Vamos indo.
Georferd os seguiu.
- Tudo bem.
***
A escuridão já estava atormentando Orion fazia algumas horas. Ele achara uma posição no meio dos galhos para descansar, usando as folhagens para deitar e dormir um pouco. As runas avisariam caso qualquer um se aproximasse, e dentro do seus sonhos, ele sempre estaria atento ao Anel Kioko.
O deserto, como sempre, o esperava. Embora sempre estivesse fazendo um grande frio, e Orion continuasse apenas explorando a imensidão dele, naquele dia, estava diferente. Ao adentrar, o frio que tanto percorria pelos ventos estava muito mais quente do que o normal.
As areias estavam quentes e até mesmo a luz de Vieszk brilhava mais intensamente do que nos outros dias. Ao olhar para a águia, a viu pairar um pouco mais baixa do que o costume, rodopiando o céu em giros.
- Vieszk – Orion gritou, tentando chamar o Fogo, mas ele não respondeu. Nada além de um sussurro dos ventos. - Ela costuma chegar rápido.
Ele olhou ao redor, ainda perdido. Algo estava tornando o Deserto em uma área oposta. A noite estava quente e a águia parecia perturbada com seus giros. Depois de aperfeiçoar Vieszk ao redor de si, o frio não era nada além de uma palavra.
Ao deixar o mundo desértico, ainda estava de noite. Na mesma posição, buscou o anel e deu uma olhada. A cor ainda estava fraca. Se sentou. O Rio Caído, como chamou o local, ainda possuía suas águas fazendo a descida até o pequeno lago.
Orion abriu o manto e pegou um dos tubos com líquido amarelado e bebeu. Era Protará. Algumas ideias de como aperfeiçoar a poção rondava sua cabeça, então, abriu o painel de mana e começou a descrever vários dos efeitos, sem surtar muita luz na escuridão.
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Passos Arcanos: Caminho da Honra
FantasyCaveleiro e Escolástico desde sua infância, Orion Baker é membro de uma família desonrada de Magos. Sua história é regida por leis naturais, querendo desvendar o mundo a sua maneira, não limitado pelas leis. A Igreja e a Ordem conjuram suas forças...