Capítulo 96 - Vieszk + Air

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Os dois foram soltos de suas correntes, liberados de um inferno anual de queimaduras e açoites. Eles não eram tratados tão bruscamente por conta de serem valiosos para os Zilianos, mas por conta de serem Exilados, alguns dos soldados não o trataram como deveriam.

As marcas de queimaduras também eram antigas, mas estar arrumado, com vestes e um pouco de armadura coçava ao ponto mexerem seus braços e pernas de um lado para o outro. Desacostumados, Orion esperou o tempo necessário, ouvindo dos outros prisioneiros que não eram culpados, que estavam ali apenas porque os Zilianos os acharam culpados.

A chave de uma das celas foi jogado para um dos prisioneiros pela mulher já arrumada.

– Ninguém merece o destino selado pelas mãos de Jilmo Zilio.

– Eu cortaria as bolas do Rei de graça – com sua voz de volta, a risada angustiante o rouco tornaram a ser lançado da boca do Exilado. – Sou Gârno e essa é minha irmã Ovette. E seu nome é Orion Baker.

– Sim.

– Sou sincero, nunca esperei que vivesse esses dois anos de tortura. Impressionado estamos.

Orion tocou a barba e depois o cabelo. Dois anos faziam diferença.

Ovette se uniu ao lado do irmão depois de ajudar um dos prisioneiros a retirar as algemas e deixar que liberasse os outros, perguntando:

– E como iremos sair daqui?

– Iremos explodir uma das celas do andar inferior e saltaremos para um dos telhados. A descida é de apenas dois metros, podemos correr de lá para um dos esgotos. - Torcendo a manopla nos dedos calejados e doloridos, os sentidos de Orion se atiçaram diante a porta.

Sua espada foi sacada quando uma imenso machado voou da porta de madeira. Ele expeliu a lâmina com a sua, mas um homem gigante apareceu correndo. Ele quebrou a porta com uma mão e urrou.

Os prisioneiros se lançaram de volta para suas celas.

Gârno se afastou, a altura e a força daquele homem não eram humanas. Ele estava em um nível diferente, era ele quem tomava conta dos prisioneiros do terceiro andar, e quando alguém tentava algo, ele era acionado para matar quem estivesse presente.

– Pensei que já tivesse lidado com Toron.

– Não tive muito tempo para bolar um plano de fuga.

O machado girou nas mãos do gigante homem e ele atacou de cima. Seu pulo o fez chegar ao teto, mas quando encontrou a espada negra do magro prisioneiro, sua testa enrugou. O solo de pedra rachou embaixo dele, mas o homem não cedeu.

Orion fechou o punho e puxou uma das adagas, empurrou Toron para trás e girou a corrente entre seus dedos, jogando sua arma contra a garganta dele. O machado bloqueou, e se ergueu novamente.

– Se continuarmos lutando contra ele, nunca iremos sair – Gârno olhou ao redor, procurando por alguma coisa. Ao olhar para a sala de armas, um brilho chamou sua atenção. – Já volto.

As duas lâminas se encontravam, mas Orion não estava em sua melhor condição. Seus movimentos estavam lerdos e sua força quase esgotada. Usou os últimos dois dias sem tortura para arrumar um pouco de sua postura e recompor um pouco de seu sentido de batalha.

Dois anos foram o suficiente para tirar muito dele.

Quando Toron segurou os machado com as duas mãos, Orion guardou a adaga e também segurou sua arma com as duas mãos. Era o momento de deixar que todo o seu treinamento em Caldeiras, tanto com as espadas quanto com o Arcanismo fluísse.

Passos Arcanos: Caminho da HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora