Marta
Estava prestes a sair daquele inferno, quando Rodolfo me grita:
- Marta.
Nessa hora eu congelo, respiro, tomo coragem, me viro e ele diz:
- Onde você pensa que vai ?
- Lugar nenhum, é, é...
- É o quê?
- É que eu vi um cachorro, aí resolvi chegar mais perto, só isso.
- Você acha mesmo que eu acreditei nessa desculpinha? Você ia é fugir.
- Eu não, imagina.
Ele vem, me pega pelo braço e está me levando de volta ao casarão:
- Não tente me enganar e muito menos fugir, porque nem que eu tenha que te buscar no inferno, eu vou.
- Eu não ia fugir.
Chegamos em casa, ele me joga no sofá, chama Maria e fala :
- Maria.
- O que desejo senhor?
- Quero que você chame todos os empregados dessa fazenda, sem exceção de nenhum.
- Sim senhor.
- O mais rápido possível.
Ela apenas diz que " sim" com a cabeça e vai enquanto eu fico no sofá com um dos meus braços doloridos. Alguns minutos depois Maria chega e diz:
- Senhor, estão todos esperando aí fora.
Rodolfo me pega novamente pelo braços, aperta minha cintura na frente dos funcionários e diz:
- Essa aqui é a senhora Marta, minha esposa, vocês devem respeita-lá, fazer o que ela manda, exceto sair, vocês não podem levá-la ou deixá-la sair para lugar nenhum sem a minha autorização, estamos entendidos?
- Sim senhor.(todos respondem)
- Agora voltem todos para seus trabalhos.
Todos vão e eu falo:
- Já acabou com seu teatrinho? Agora me solta que você está me machucando.
- E se eu não quiser?
- Para, me deixa em paz, o meu braço já está dolorido por sua culpa, não me diga que além de mal caráter, você também é um covarde.
Nessa hora vejo que seus olhos enchem de raiva, ele me aperta mais e diz:
- Nunca mais me chame de covarde.
Ele me solta e saí. Se esse idiota acha que vai me amedrontar ele está enganado, resolvo ir para a piscina, mas primeiro vou ao meu quarto, coloco um biquíni e aqui estou eu na piscina, fico tomando um sol, até que vem uma moça que eu nunca vi, com uma cara bastante fechada e diz:
- A senhora quer alguma coisa ?
- Quero um suco de maracujá por favor.
- Tá( ela diz com uma cara fechada).
Juro, não entendi o comportamento dela, eu nem a conheço. Quase uma hora depois ela aparece com o suco e eu digo:
- Aconteceu algo?
- Não, por quê?
- Porque a senhorita demorou quase uma hora para fazer um suco.
- Desculpe.
- Sem problemas, coloque aqui por favor.
Então ela derruba o suco em mim e diz:
- Desculpe, foi sem querer, se quiser eu faço outro.
- Não precisa, pode ir.
Que garota insuportável, até parece que eu não sei que ela derruba de propósito, entro em casa para trocar de roupa, dou de cara com o Rodolfo que diz:
- Onde você estava ? E por que está vestida ?
- Estava tomando Sol.
- E por que você está pigando?
- Porque caiu suco em mim.
- Entendi, vai logo se trocar.
- É isso que eu ia fazer, até você vir com seu interrogatório.
Então ele puxa, me beija a força, não senti nada só nojo, quando ele para limpo a minha boca e falo:
- Já acabou?
- Já, isso é para que você saiba que é minha e que eu faço o que bem entender de você.
- Isso não significou nada pra mim, agora com licença que eu vou trocar.
Rodolfo não fala nada e eu vou para o meu quarto me trocar. Ele está achando o quê? Que ele vai me dar um beijinho nojento e eu vou respeita-lo ou me apaixonar por ele? Rodolfo está muito enganado porque tudo que eu sinto por ele é raiva.
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...