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Marta
Acordo junto com Rodolfo, me arrumo e desço para tomar café. Estávamos tomando café quando Rodolfo diz:
- Quer eu te espere?
- Não, eu vou demorar. Já podemos ir?
- Claro.
  Entramos no carro e fomos. Chegamos na frente da casa do André e eu falo:
- Obrigada meu amor, bom trabalho pra você.
- Calma, eu vou descer pra falar com o André.
- Não pode ser outro dia?
- Não, eu já estou aqui.
- Tá bom então.
Chamamos André que abre o portão e diz:
- Que surpresa boa.
Rodolfo olha pra mim e diz:
- Surpresa?
Eu falo:
- Podemos entrar André?
Ele responde:
- Mas é claro.
Rodolfo meio desconfiado diz:
- Eu queria muito entrar, mas só vim pra trazer a Marta mesmo, deixa para outro dia.
Eu dou um beijo nele e falo:
- Tchau amor, bom trabalho pra você.
Rodolfo diz:
- Obrigada e em casa conversamos.
Entro na casa de André e ele diz:
- Quanto tempo em dona Marta.
- Pois é, eu até queria vir, mas tem o Pietro e agora a bruxa da minha sogra.
- Eita, me conta essa história.
- É longa viu, vou deixar para outro dia, mas e o meu afilhado quando nasce?
- O médico disse que até o final do mês que vem.
- Eu trouxe umas coisas pra ele da minha viagem, nem tive tempo de entregar.
- Obrigada Marta, mas você sabe que não precisava né.
- Imagina.
- Mas e você está bem? Como anda as coisas com o Rodolfo?
- Eu estou bem. Nós também, temos altos e baixos como todo casal.
- Isso é normal. As coisas com a Poliana também são assim, ainda mais com ela grávida com os hormônios à flor da pele.
- Eu imagino em. Me mande notícias viu, quero ver meu afilhado nascer.
- Você também em, vamos tomar um café?
- Ah obrigada, eu acabei de tomar e já tenho que ir.
- Mas já?
- Já, eu vou para a cidade comprar umas coisas.
- Eu te deixo lá.
- Não precisa André.
- Isso não foi uma pergunta, eu tenho que passar por lá mermo porque vou para a cidade vizinha.
- Tá bom então, vamos.
Chegamos na cidade, me despedi de André e fui para o consultório. No consultório, a recepcionista fala:
- Bom dia senhora Medeiros.
- Bom dia, meu exame já está pronto?
- Já sim senhora. O doutor já te atende em um minuto.
- Ok, obrigada.
Sento, espero alguns minutos, até que me chamam. Entro e o médico fala:
- Bom dia Marta, tudo bem?
- Bom dia, tudo sim e com você?
- Estou bem, obrigada. Melhorou?
- Mais ou menos, o enjoo diminuiu, mas o resto.
- Entendo, mas vamos abrir o exame para saber o que você tem.
Ele abre o exame, analisa tudo e aflita eu falo:
- O que eu tenho Santos?
- Parabéns Marta, você vai ser mamãe.
Nessa hora sinto meu chão cair, nem sei o que pensar ou sentir. Claro que eu sabia que existia essa possibilidade, mas eu estava torcendo para não ser nada além disso, eu não tinha planos de ser mãe nesse momento da vida, eu ainda sou tão nova e tem tantas questões não resolvidas no momento. Santos me tira dos meus pensamentos e diz:
- Marta, você está bem?
- Estou sim, só foi o choque da notícia e que eu não esperava por isso.
- Entendo. Temos que fazer alguns exames para saber se o bebê está bem, o tempo da gestação... As vitaminas necessárias, começar seu pré-natal....
- Podemos fazer isso outro dia, é que eu ainda estou tentando aceitar a notícia.
- Mas é claro, só vou te receitar algumas vitaminas, mas não demore muito para voltar viu.
- Pode deixar.
Ele me receita alguns vitaminas e diz:
- Mas uma vez meus parabéns para vocês, tome tudo certinho e apareça alguém o mais rápido possível.
- Muito obrigada e pode deixar.
Saí do consultório ainda sem chão, chamo um uber e vou para no casa. No caminho penso em como eu não quero ser mãe agora, não sei oque vou fazer e nem como vou dar a notícia ao Rodolfo se é que vou dar.
Vou direto para meu quarto e choro bastante. Maria me chama para o almoço, mas eu falei que estava sem fome, Rodolfo está trabalhando e não vai almoçar em casa melhor assim. Passo a tarde no meu quarto.
Rodolfo chega e fala:
- Você está bem minha vida?
- Estou.
- Certeza? Fiquei sabendo que você não saiu do quarto e nem quis comer nada.
- Estava indisposta, mas estou melhor.
- Que bom, trouxe umas coisas pra você comer.
Ele coloca uma bandeja no meu colo e diz:
- Come tudo em. O que você acha de jantar fora?
- Hoje?
- Sim.
- Não estou com vontade.
- Por quê?
- Por nada, só não estou com vontade.
- Tá bom então, podemos ficar aqui vendo um filminho, o que acha?
- Tudo bem então.
- Ótimo, vou mandar a Maria preparar algumas coisas e nos trazer.
- Tá bom.
- Meu amor?
- Oi?
- Já desceu pra você esse mês?
Meu corpo estremece com essa pergunta, respiro fundo e falo:....

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora