Prisioneira de um fazendeiro

Descoberta

Marta
Já se passaram umas duas semanas desde que descobri que estou grávida, Rodolfo não sabe porque não tive coragem de contar e acabei mentindo falando que minha menstruação havia vindo. Juro que não menti por maldade, é que eu estou tentando processar tudo isso, assim que eu tomar um decisão quanto ao bebê vou avisar Rodolfo sobre isso. Até agora não tive nenhum problema para esconder a gravidez porque como eu sou magra a barriga está demorando para aparecer, mas logo vou ter que contar tudo, pois essa omissão não irá se sustentar por muito tempo.
Rodolfo
Acordo, desço e encontro minha mãe que diz:
- Bom dia meu filho lindo.
- Bom dia mãe.
- Onde você vai?
- Vou para o centro resolver algumas coisas.
- Tá bom. Tchau então.
- Tchau mãe, beijos.
Peguei o carro e fui ao centro. Já se aproximava a hora do almoço, estava indo embora, quando encontro Santos, um amigo meu que é médico e sempre cuidou da nossa família. Vou até ele e falo:
  - Quanto tempo em meu amigo.
  - Verdade em Rodolfo, como você está? Como andam os negócios?
  - Está tudo muito bem e você?
  - Tudo bem também. Agora estou com pressa porque tenho um paciente, mas vamos marcar algo, o que acha?
  - Acho uma ótima idéia, vamos marcar sim.
  - Tá bom então meu amigo vou indo.
  - Tchau Santos.
  - Quase me esqueci. A Marta está tomando as vitaminas? Isso é muito importante para o bebê, ela está passando em outro médico? Porque ela não retornou no meu consultório.
  - A Marta?
Como assim a Marta está grávida? E ainda por cima não me contou?
  - Ela mesma, você vai se pai Rodolfo, não sabia?
  - Não, eu não fazia idéia.
  - Perdão, eu não deveria ter falado nada.
  - Não Santos, você fez bem. Até onde eu sei ela não está tomando nada e muito menos indo ao médico esses dias ela não anda nem saindo.
  - Isso não é bom Rodolfo, traga ela no meu consultório o mais breve possível. Agora preciso ir, parabéns e mais um vez desculpas.
  - Obrigada Santos, pode ir em paz.
Mas a Marta vai me ouvir, se não fosse o Santos quem sabe quando eu iria descobrir. Além de ter me escondido tudo isso, ela não anda se cuidando. Vou para casa imediatamente.
Chego em casa e começo a gritar feito um louco  pela Marta, até que ela aparece e diz:
- Qual o motivo dessa gritaria toda?
- Quando você pretendia falar que está grávida?
Ela fica completamente estática e eu falo:
- Marta?
- Rodolfo, eu ia te dizer, mas não sabia como.
- Faz quanto tempo que você descobriu?
- Umas duas semanas.
- Tudo isso Marta, você nem me informou das suas suspeitas.
- Eu ainda estou sem acreditar Rodolfo, nem sei o que vou fazer quanto a isso.
- Quanto ao o quê?
- A gravidez.
- Não tem o que fazer Marta, tem uma vida dentro de você e nós vamos cuidar.
- Rodolfo, eu não queria ser mãe agora.
- Eu sei, mas você já está grávida e agora o que podemos fazer é amar essa criança.
- Está sendo difícil aceitar isso.
- Nós estamos nessa juntos. Você está tomando as vitaminas ou indo em algum médico?
- Não, eu nem lembrei disso.
- Marta, você tem que se cuidar e por dois agora.
- É, eu sei. Você está bravo comigo?
- Estou e muito. Mas o nosso filho não tem culpa disso e estou aqui para te apoiar nesse momento delicado. Amanhã mesmo vamos ao médico, isso não significa que eu te perdoei em.
- Obrigada meu amor, eu te amo.
- Eu também te amo, mas ainda estou irritado viu.
  - Eu sei, mas logo vai passar.
  - Agora vem aqui e me dá um abraço.
  - Não quer um beijo também?
  - Para que eu estou bravo.
Ela me abraça, chega perto da minha boca e diz:
- Tem certeza?
- Que se dane a raiva.
Acabo beijando ela. Lógico que eu fiquei bravo por ela não ter me contado, mas eu entendi o lado dela. Ela estava com medo, confusa, perdida, brigar  com ela não ajudaria nada, pelo contrário só iria piorar às coisas, estou dando o que ela precisa nesse momento que é apoio. Agora precisamos conversar sobre tudo, principalmente sobre o bebê e  como iremos contar isso para os outros...