Rodolfo
Já faz alguns dias que eu contratei o detetive particular, ele não descobriu muita coisa. A única coisa que ele descobriu que uma moça com a características da Marta comprou uma passagem na rodoviária para o centro do estado, mas não se sabe se realmente foi ela. Tentamos puxar pelas imagens das câmeras, mas como elas ficam ligadas 24 horas, os vídeos só ficam armazenados por no máximo uma semana, ou seja, não existe mais imagem, o que tem dificultado bastante.
Estava em casa, mais um dia desanimado, procurando por notícias da Marta porque isso é a única coisa que ando fazendo. Quando uma empregada diz:
- Patrão?
- Oi?
- O senhor André quer falar com o senhor.
- Eu não estou com vontade de conversar agora, diga pra ele voltar outro dia.
- Mas ele disse que é sobre a patroa.
Nem esperei ela dizer mais nada e fui em direção ao André. Ele estava sentado no sofá, assim que me vê diz:
- Oi Rodolfo, como você anda?
- Nada bem e você?
- Mais ou menos, meu filho está à dias de nascer e a Marta não está aqui.
- Mas está tudo bem com a Juliana?
- Está sim, só queria que a Marta estivesse aqui. Falando nela, agora mais cedo ela me ligou.
Nessa meu coração quase saltou pela pouco e desesperado eu falo:
- Ela está bem? Onde ela está? Quando ela pretende voltar?
- Calma Rodolfo. A conversa foi curta. Ela não quis me falar onde está, mas disse que está bem, tanto ela quanto o bebê. Ela quase não me deixou falar.
- Como assim ela não disse onde está? Foi só isso que ela disse?
- Ela disse que era pra avisar todos que ela estava bem, que não quer ser encontrada e ela disse mais uma coisa.
- O quê?
- Que quer o divórcio e também disse que logo entrará em contato comigo novamente.
Nessa hora eu me altero:
- Como assim ela quer o divórcio? Eu não vou dar, se ela quiser isso realmente vai ter que aparecer. Você tentou retornar à ligação?
- Tentei, mas pelo que me parece ela ligou de um orelhão.
- Esperta. Eu estou aqui morrendo de preocupação com ela, para ela ligar pra você e não falar quase nada? E ainda por cima pedir o divórcio? Não é possível.
- Olha Rodolfo, eu entendo que é duro, também sinto falta e me preocupo com ela. Mas talvez devêssemos respeitar à decisão dela pelo menos por agora.
- Você enlouqueceu André? É fácil falar porque não é com você. Ela é a mulher da vida e está carregando um filho meu. Você conseguiria viver longe da Juliana? E principalmente do seu filho?
- Eu acho que não.
- Pois é, eu também não consigo. Eu sei que a maior culpa dessa situação é minha, mas eu não vou desistir de nós e muito menos do filho. Nem que eu tenho que ficar 20 anos procurando, nem que seja necessário torrar todo o meu dinheiro para procura-los, mas eu vou achar esses dois e o mais rápido possível.
- Eu entendo, me desculpa pelo que eu te disse. Pode contar comigo, nós vamos achar ela juntos.
- Obrigado pelo apoio André e da próxima vez que ela ligar, me avise e peça pra ela ligar pra mim.
- Pode deixar. Já vou indo, mas fique bem e qualquer novidade me avisa.
- Ok, obrigado e igualmente.
Ele vai embora. Volto para às minhas buscas, onde que essa mulher se meteu? Será que o amor dela por mim acabou ou a raiva está falando mais alto? Não quero ter mais um filho que não tenha o pai presente. Eu faria tudo para ter os dois de volta, tudo menos. Eu fui um idiota por ter cometido o mesmo erro duas vezes, o erro de não acreditar nela. Esses dias eu não falei com à minha mãe, ela até me mandou mensagem falando que queria ajudar à procurar à Marta, mas à ignorei. Tudo o que importa agora é achar minha família. Ela já deve estar com 3 meses de gravidez, será que ela já descobriu o sexo do bebê? Ou que a pressão dela melhorou? E será que já tem outro alguém na vida dela fazendo tudo que não estou podendo fazer? Dando o devido valor que eu não soube dar?
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...