Início do pesadelo

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Marta
Depois de muita tempo chorando, acabo pegando no sono. Acordo, vejo que já está à noite, me levanto pois tinha alguém batendo na porta, abro, vejo que é a senhora de mais cedo, ela diz:
- Boa noite menina, está melhor ?
- Eu estaria melhor se estivesse na minha casa.
- Eu sinto por você, nem tive tempo de me apresentar, sou a Maria.
  - É um prazer Maria, me chamo Marta, o que a senhora faz aqui?
- Bem, eu faço de tudo um pouco.
- Você trabalha aqui faz muito tempo?
- Sim, desde que o senhor Rodolfo era uma criança.
- Sério?Como você aguenta esse homem insuportável?
- Ele não ruim, quando você conhecê-lo  melhor vai ver.
- Eu não quero conhecer ele.
- Bem, mudando de assunto o Rodolfo está te chamando pra jantar.
- Não vou, estou sem fome.
- Ele sabia que vc responderia isso, mas ele ordena à sua companhia.
- Ele não manda em mim, pode avisar que eu não vou.
- Menina, é melhor vc ir.
- Eu já tomei a minha decisão, muito obrigada Maria, uma boa noite.
  Fecho a porta e vou deitar. Até que passa uns 5 minutos, Rodolfo entra com tudo no quarto e diz:
- Levanta e vem jantar agora.
- Não quero.
- Isso não é um pedido, mas sim uma ordem.
- Não ligo, já disse que não vou.
Então, Rodolfo puxa meu braço, me levantando da cama e diz:
- Você vai querendo ou não, vou te mostra quem manda aqui.
- Me solta seu idiota.
Ele finge não me escutar, me leva até a sala de jantar e fala:
- Senta agora e come.
- Não.
- Acho que vou ter que fazer uma visitinha à sua família então.
Sem dizer nada, eu sento, mas não estava com come, por isso só observei ele comendo. Quando ele diz:
- Amanhã esteja pronta cedo, pois um empregado vai te levar para conhecer a fazenda.
- Não quero conhecer esse pedaço do inferno.
- Você ainda não entendeu? Isso não foi uma pergunta, mas sim um aviso.
- Quem você acha que é?
- O seu dono, por isso você fará o que eu mandar.
- Eu não sou cachorra pra ter dono.
Saí da mesa morrendo de raiva, estava indo em direção ao meu quarto, quando o Rodolfo me puxa e fica frente à frente comigo, começa à apertar meus braços e diz:
- Nunca mais faça isso, porque da próxima vez a sua família ficará no olho da rua e isso é só o começo.
Engolo seco, me sento novamente na mesa, até que o jantar termina, vou para meu quarto e durmo.

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora