Prisioneira de um fazendeiro

Bônus

João
Um dia resolvi ir para uma balada aqui da cidade, estava lá curtindo com uns amigos, quando vejo o querido Rodolfo da Marta cheio de mulheres em volta, mas o pior é que ele nem estava dando tanta moral para nenhuma delas, então digamos que eu dei um empurrãozinho e mandei uma mensagem para Marta no celular de um dos meus amigos é claro. Esperei, me escondi, em questão de minutos ela apareceu, eles foram lá pra frente da boate discutir, isso é ótimo, mas parece que ele ficou meio mexido com isso.
No dia seguinte Marta diz que vai aceitar a viagem o que foi uma ótima notícia, assim ela fica um tempo longe daquele traste e mais perto de mim. Essa viagem vai nos aproximar, vai mostrar pra ele que eu mudei e que eu sim sou homem pra ela.
A viagem não estava correndo conforme o esperado, a Marta não me dava uma chance se quer, ela estava tão determinada a voltar com Rodolfo, eu sabia que tinha que agir logo, mas não fazia a mínima idéia do que fazer para impedir isso. O chato do Noah insistiu tanto para fechamos o contrato na droga daquela boate, eu nem queria, o meu plano era assinar o contrato à tarde e levar a Marta para um jantar de noite.
Estávamos na boate, o contrato foi fechado, até que Noah me pede para buscar uma bebida, insistimos bastante para a Marta aceitar outra, estava na fila esperando às bebidas ficarem prontas, quando um cara aparece e diz:
- E aí cara tá afim de ser divertir?
- Não, obrigada.
- Certeza, eu tenho um negócio muito bom, sem perigo, te dá uma brisa boa e amanhã você nem lembra que usou.
- Jura? Você não lembra de nada?
- Jura, nada meu parceiro.
- Funciona como um " Boa noite Cinderela"?
- Até melhor.
- Dissolve em bebida?
- Sim e sem deixar gosto nenhum.
- Vou querer um.
Ele me dá e fala:
- Se você quiser mais alguma coisa é só me procurar.
Foi ai que eu tive a idéia de colocar isso na bebida da Marta. Logo a droga fez efeito, ela ficou meio alterada, começou a chamar pelo Rodolfo, levei ela para hotel porque eu ainda não tinha um plano em mente, até que eu tive a idéia de tirar umas fotos dela e falar que eu transei com ela. Claro que eu não fiz nada disso, eu levei ela para meu quarto que dormiu na hora, eu passei à noite toda fazendo as fotos, os vídeos... Passei à madrugada em claro, pensando se o plano realmente ia dar certo, também vendo se ela estava viva porque depois parei pra pensar o quanto esses negócios são perigosos. Quando ela acordou, contei toda a história e ela caiu feito uma patinha. Não vou mentir que eu me senti um lixo fazendo isso, mas foi necessário, dessa forma ela não voltaria com o Rodolfo, pelo menos não por hora.
Marta
Bem, hoje finalmente vamos embora desse lugar horrível que só me trouxe momentos péssimos, mas eu tomei uma decisão em relação à toda essa situação.
Arrumo minhas malas, pego todos os meus documentos, João está me esperando no taxi. Desço, entro e nem olho para cara dele. Durante toda viagem não abrimos a boca, melhor assim, até que quando chegamos finalmente ele diz:
- Não esquece o nosso combinado.
- Eu sei.
- Agora vamos.
- Não, minha família está na cidade e eles já estão vindo me buscar.
- Espero que seja sua família mesmo, não o Rodolfo.
- Adeus.
Ele me olha desconfiando e vai embora.
Eu vou embora dessa cidade, vou morar com uma tia que tem uma casa no interior, já estou com todos os meus documentos, tenho um dinheirinho na minha conta... Nessa cidade não tem mais nada pra mim, não estou disposta a ficar me submetendo às ameaças do João, muito menos correr atrás do Roldofo, tentar explicar toda a situação pra ele. Já está decidido vou embora, pego o chip do meu celular, jogo no mato, ao lado do aeroporto tem uma rodoviário onde estou comprando minha passagem pra ir embora. Ninguém sabe disso, só vou contar para algumas pessoas quando eu chegar lá, só vou falar que estou bem, não onde estou, mesmo distante eu vou arranjar um jeito de fazer o João pagar por tudo que ele me fez disso eu não tenho dúvidas.
Com às poucas roupas que tenho na mala, com o coração apertado, sem nem saber se minha tia ainda mora lá ou se vai me aceitar, eu entro no ônibus com a cara e a coragem.