4 meses depois

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Marta
Já se passaram 4 meses desde de que tudo aconteceu. Eu não voltei com o Rodolfo, pelo contrário já entrei com o pedido de divórcio, mas ele não quer aceitar. O Lucas tem me ajudado muito nesses meses, mas por enquanto só estamos na zona da amizade mesmo é o melhor. Mesmo brigados, o Rodolfo está fazendo o papel de pai do nosso bebê que aliás é uma menina, que daqui 2 meses nasce. Agora eu estou indo encontrar o Rodolfo em um restaurante para conversamos.
Cheguei no restaurante, ele já estava lá sentado, me sento e falo:
- Pra quê você me chamou?
- Boa tarde para você também. Marta, será que podemos conversar com duas pessoas civilizadas?
- Tá bom Rodolfo, fala o que você tem pra  dizer, sou todo ouvidos.
- Eu realmente me cansei de tudo. Já assumi meus erros um milhão de vezes,  mas você não me perdoa. Nesses meses o que eu mais tenho feito é tentar te reconquistar, abandonei minha vida, a fazenda pra lutar pela nossa família, claro que eu sei que isso foi uma escolha minha. Mas não dá mais, eu aceito seu não, por isso daqui dois dias vou voltar para a fazenda e assinar os papéis do divórcio.O nosso único vínculo vai ser a nossa filha porque dela, eu não vou abrir mão.
Fui pega de surpresa com a notícia de que ele iria embora, eu não esperava por isso, não mesmo. Eu nem sei o que dizer. Ele observa o meu silêncio e diz:
- Não se preocupe que eu volto para o nascimento da nossa família. Pode ficar  tranquila que eu não vou tentar pegar a guardar dela e eu vou cumprir meu papel de pai. Em relação à tudo isso você pode ficar despreocupada.
- Tudo bem. Você já tomou sua decisão, então eu não tenho mais nada o que fazer aqui.
Me levanto da cadeira, mas ele me puxa e ficamos frente à frente e ele sussurra:
- Você sabe que pode mudar a minha decisão né? É só você pedir que eu faço o que você quiser.
Sinto sua respiração profunda tão perto, naquele instante eu só queria dar um beijo nele, esquecer tudo e ouvir um " vai ficar tudo bem". Mas isso não é possível. Me afasto dele e falo:
- Com licença que eu preciso trabalhar.
Eu já estava na porta esperando um ônibus, mas nada. Rodolfo aparece com o carro e diz:
- Entra que eu te dou uma carona.
- Não precisa.
- Para de marra e entra Marta.
- Tá bom.
Entro no carro e ele fala:
- Ainda bem  que o seu chefe é um " anjo" e não vai se importa com seu atraso.
- Pode ir parando Rodolfo, sei muito nem o que você quer dizer, se você começar eu desço agora mesmo.
- Tá, não está mais aqui quem falou.
Estávamos em frente ao escritório, quando ele diz:
- Marta, você sente algo pelo Lucas?
- Rodolfo, abre logo esse carro por favor.
- Me responde, diz que quer  ficar com ele e quê não sente mais nada por mim.
- Me deixa, abre logo esse carro.
- Não precisa responder agora, mas se você mudar de idéia sabe onde me encontrar.
Desço do carro, bati do carro com força e falei:
- Obrigada pela carona.
 

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora