Rodolfo
Acordo, vou tomar o café, chegando lá vejo que Marta ainda não está na mesa, fico irritado, mando Maria chama-lá, depois de uns 5 minutos Maria volta desesperado e diz:
- Senhor, senhor.
- O que aconteceu Maria? Cadê a Marta?
- Ela está na cama com a perna toda ensanguentada e acho que está desacordada.
Nessa hora vou imediatamente para o quarto da Marta, mando preparar o carro, pego ela no colo percebo que ela está queimando de febre, arrumo um pano na perna dela para tentar conter o sangue, coloca ela dentro do carro e vamos para o caminho. No caminho do hospital só consigo pensar em como a culpa é minha, ela deve ter se ferido com umas das coisas que eu quebrei, no meio tento acorda-lá, mas não estava conseguindo, ela estava delirando de tanta febre:
- André, André, me ajuda.
Ela começou a gritar o nome desse cara, mas aí lembrei que Marta está delirando, mas quem será esse André? Chegamos no hospital, um médico leva ela para a emergência, eu fico esperando na sala de espera, estou tão aflito será que ela vai morrer? Não, isso não pode acontecer, isso seria culpa minha. Depois de uma hora, o médico aparece e diz:
- Familiares da senhora Marta?
- Eu mesmo.
- O que o senhor é dela?
- Marido, doutor ela está bem?
- Agora está sim, ela teve uma infecção por conta do ferimento por isso a febre tão alta e a pressão dela também estava baixa. Como ela se cortou?
- Ela caiu e no chão tinha alguns pedaços de vidro.
- Entendi.
- Ela já pode ir para casa?
- O senhor só precisa esperar mais algumas horas porque ela está tomando medicação. Em casa ela não poderá fazer esforço nem nada, tem alguém que a ajude?
- Sim, temos empregados, com isso o senhor não precisa se preocupar.
- Ok, o senhor vai precisar trocar os curativos dela e conferi se ela está tomando a medicação certinho.
- Pode deixar.
- Com licença.
Resolvo tomar um café porque vou ter que esperar Marta ter alta. Agora já estamos indo para casa, estou levando ela até o carro de cadeira de rodas, quando eu ia pegar ela no colo para colocar ela no carro, ela diz:
- Não precisa me ajudar, eu me viro.
- Mas eu quero, você não pode fazer esforço.
Ela não diz nada, coloco ela dentro carro e vamos para casa. Chegamos em casa, levo ela até o seu quarto, ajudo a se deitar e saio do quarto, agora vou voltar ao trabalho, deixo avisado para Maria se acontecer qualquer coisa é para me chamar, daqui a pouco tenho que voltar para trocar os curativos.
Marta
Estou aqui deitada em minha cama pensando, se o Rodolfo acha que vou perdoa-ló ele está enganado, mas pelo menos ele está me ajudando né, por conta da medicação acabo dormindo. Acordo, vejo uma bandeja de comida, deve ter sido Maria que trouxe, almoço. Até que alguém bate na porta e eu falo:
- Quem é?
- Rodolfo, posso entrar? Tenho que trocar seus curativos.
- Pode.
Ele entra e eu falo:
- Olha Rodolfo, você não precisa fazer isso.
- Mas eu vou fazer, de certa forma isso é minha culpa. Então quer dizer que ele só está fazendo isso porque se sente culpado. Rodolfo começa a trocar os curativos:
- Rodolfo?
- Oi.
- Posso te pedir uma coisa?
- Pode.
- Olha, me deixa ir embora? Isso não está fazendo bem para nenhum dos dois, por favor.
- Isso é uma coisa que não posso atender e por favor não insista.
Não falo mais nada, ele termina e saí. O resto dos dias tem sido da mesma forma.
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...