Conversa

7.4K 514 10
                                    

Marta
Já se passou uma semana desde que me separei do Rodolfo, hoje finalmente eu começo a trabalhar. Vou para a faculdade, encontro Giulia que fala:
- Oi amiga.
- Oi, tudo bem?
- Tudo sim, é hoje que você começa no seu novo emprego?
- Sim, estou extremamente grata ao seu irmão por isso.
- Imagina, você merece, falando no meu irmão ele estava tão empolgado hoje.
- Sério? Deve ter alguma namoradinha ou sei lá.
- Namoradinha não, Martinha com certeza.
- Fala sério amiga.
- É sério, desde da semana passada quando ele te arrumou um emprego, ele não saiu a semana inteira pra festa ou balada, nem vi ele com ninguém.
- Ah de repente ele só resolveu mudar.
- Pode ser, mas que essa mudança foi por alguém foi.
- Uma coisa eu te garanto não quero me envolver com ninguém agora.
- Você não, mas será que é a vontade do destino?
- Vamos entrar pra sala que deu o horário.
Já estava na última aula, eu estava guardando meu material, quando a Roberta fala:
- Posso conversar com você Marta?
- Tem que ser rápido, porque preciso ir trabalhar.
- Tá, vou ser rápido.
- Ok pode falar.
- Se você ama realmente o Rodolfo, não se separa dele por causa disso.
- E o filho de vocês? Você não pensou nisso?
- Eu penso, mas não quero ser o motivo da separação de ninguém.
- Com isso você pode ficar despreocupada, licença que eu preciso ir.
- Tá bom, mas pense no que eu te disse.
Vou para a saída, João estava me esperando, ele me dá um beijo na bochecha e fala:
- Vamos?
- Vamos sim, desculpa a demora.
- Sem problemas.
Entro no carro, no caminho nós fomos conversando sobre algumas coisas, quando chegamos na empresa cada um foi para o seu lado. O dia passou super rápido, gostei muito do pessoal da empresa, todos super simpáticos, como o expediente já tinha acabado, fui para a porta pegar um ônibus, quando alguém me toca, me viro pra ver quem é, vejo que é o Rodolfo e falo:
- O que você quer?
- Conversar com você.
- Eu já disse o que tinha que ser dito.
- Mas eu ainda não, por favor vamos.
- Tá bom vamos.
Eu entro no carro, ele me leva para um restaurante, entramos, sentamos e ele diz:
- O que você querer pra comer?
- Nada, eu vim aqui pra conversar e não pra comer.
- Não me trata assim Marta, se você soubesse a falta que você está fazendo.
- A mesma falta que seu filho sentiu de você esse tempo todo.
- Eu sei que errei, mas estou tentando consertar isso.
- O que você está fazendo pra mudar isso?
- Eu sei que é um menino que se chama Pedro, vi ele outro dia, claro que não me aproximei porque as coisas tem que ser aos poucos.
- E a Roberta está ciente de tudo isso?
- Está sim, ela concorda com tudo.
- Que bom, fico feliz em saber que uma criança vai ter um pai.
- É, eu estou até gostando da idéia de ser pai.
- Espero que você seja o melhor pai desse universo.
- Vou ser. Mas me diz o que eu tenho que fazer pra ser o melhor marido? Pra te ter de volta?
- Eu já te disse que não dá, eu não consigo te perdoar.
- Você não me ama mais?
- Eu estaria mentindo se falasse que não.
- Então?
- Eu preciso de um tempo pra pensar.
- Tá, mas esquece um pouco menos na mentira e mais no que no nosso amor.
- Difícil, agora preciso ir porque estou cansada.
Tá eu te levo, ele mandou o garçom preparar uma marmita  pra mim e me levou para casa. Estou realmente pensando no que ele disse, mas não sei se sou capaz de esquecer...

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora