Prisioneira de um fazendeiro

Raiva

Marta
Na hora que eu disse isso, Rodolfo aparece e diz:
- Quais ameaças?
João vira na hora e diz:
- Ela tem medo de que eu te conte e te mostre umas coisas muito interessante.
Na hora eu falo:
- Rodolfo...
Ele me interrompe e diz:
- Eu não quero saber nada que saía da sua boca João, já errei de acreditar em você uma vez e não vou cometer esse erro novamente. Vamos para o meu quarto conversar Marta.
João diz:
- Quando você quiser realmente saber a verdade me procura Rodolfo porque duvido que ela vai te falar.
Rodolfo ignora o João, pega na minha mão, me conduz até o quarto dele, fecha à porta e diz:
- Eu não vou acreditar no que o João ou qualquer um diz, por isso te chamei aqui pra ouvir a verdade de você, o que o João pode usar contra você?
- Rodolfo, você vai ter que prometer que vai acreditar em mim, consegue fazer isso?
- Sim, eu prometo.
- Bem, vamos lá então. Durante toda a viagem João sempre tentava alguma coisa comigo, mas eu nunca dava bola nem nada, por mais que eu estivesse chateada com você, eu nunca teria nada com ele, ainda mais por saber o tipo de ser humano que ele é. Uma exigência do sócio que íamos fechar o contrato era que ele tinha que ser fechado em uma balada. Nós fomos, lá todos insistiram, eu bebi dois copos apenas, mas o segundo o João que foi buscar, não era uma bebida forte nem nada. Só sei que no outro dia quando acordei, estava completamente nua no quarto do João. Eu não conseguia me lembrar de absolutamente nada, mas tentei pensar que não tinha acontecido nada porque por mais que eu estuvesse bêbado nunca iria para cama com o João. Então como eu imagina que nada tivesse acontecido, pedi para ele me explicar tudo. Ele me disse que eu tinha bebido muito, ficado totalmente fora de mim, que eu insisti muito para transar com ele que disse que tentou resistir, mas João  disse  que eu fiquei provocando e então acabamos transando. Na hora que ele disse isso, já me alterei, falei o quanto ele estava errado que aquilo era abuso de vulnerável, que eu não tinha consciência... Falei muitas coisas, na hora que ele se sentiu confrontado, me mostrou umas fotos minhas nuas com ele, desacordada é claro, falou que ia mostrar pra você que acabaria comigo...
Na hora Roldofo levanta e fala:
- Como ele pôde? Vou matar esse desgraçado agora mesmo.
Ele saí furioso do quarto, eu vou atrás. Ele encontra João na recepção e começa a bater nele sem parar. Eu entro no meio, aparece alguns seguranças, separam a briga. Rodolfo tenta partir pra cima do João de novo e diz:
- Eu vou te matar seu verme. Isso não vai ficar barato.
João todo machucado, tem a coragem de rir e diz:
- Não fica assim seu corno, eu tratei ela muito bem, a Marta não tem do que reclamar.
Eu engoli aquilo seco, pois a minha vontade era de socar a cara dele também, mas fazer isso só iria piorar as coisas, fora que com a raiva que o Rodolfo estava, ali ia acabar saindo morte. Os seguranças levam João para algum lugar, suponho que um hospital, consigo acalmar o Rodolfo, vamos para o quarto. Tranco a porta com medo dele sair, ele respira fundo e fala:
- Você deveria ter deixado eu matar ele.
- Lógico que não Rodolfo, além do mais eu acho que não aconteceu nada, João deve ter me drogado e tirou aquelas fotos para me ameaçar.
- Isso já é motivo o suficiente, temos que fazer um exame para saber da verdade.
- Eu fiz um logo que cheguei, mas não tive coragem de ir buscar.
Mesmo todo nervoso, ele me abraça e diz:
- Se você quiser eu vou buscar junto com você e independente do resultado o João tem que pagar.
- Eu concordo, mas ele vai pagar dentro da cadeia e não dentro de uma caixão.
- É isso o que ele merece, mas tudo bem.
- Eu tenho quase certeza de que não aconteceu nada, eu só fiquei com tanto medo.
- Calma, não precisa ter medo, agora eu estou aqui.
- Eu sei, eu te amo tanto.
- Eu te amo muito, você não sabe a raiva que eu senti quando você me contou isso.
-  Eu imagino, temos tantas coisas para conversar.
- Teremos tempo para tudo isso.
- Sim, agora eu quero buscar logo aquele exame para esclarecer toda essa história de uma vez.
- Vamos agora mesmo.
- Vamos sim, acabar com isso que está me matando por dentro.
- Melhor, mas só por ter te drogado, tirado aquelas fotos, ele vai para preso.
- Eu sei, mas precisamos de provas.
- Isso eu dou um jeito, agora vamos meu amor.
- Vamos.