Início do plano

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Marta
- Suas palavras não me atingem, você critica tanto a minha família, mas me diz aí cadê sua?
- Não te interessa.
- Quando você me mostrar sua família perfeita, você poderá criticar a minha, enquanto isso deixa que  decido se eu vou perdoar ou não eles.
- Você está muito abusada viu garota, olha o jeito que você fala comigo em.
- Estou olhando bem, eu te trato muito bem, suporto todos os dias os seus maus tratos, mas cansei de ouvir você falando da minha, o seu problema é comigo não com eles.
- Eu falo de quem eu quiser e agora me dá licença que tenho que fazer algo da vida ao contrário de certas pessoas.
- Eu não faço nada porque você não deixa.
- Verdade, porque eu mando em você  e sobre a faculdade pode esquecer que você não vai.
- Para Rodolfo, você falou que ia pensar e só deu essa resposta porque te falei umas verdades.
- Eu disse que ia pensar, já pensei e tomei minha decisão.
Ele saí da mesa, vou atrás  para tentar fazer ele mudar de idéia, mas não adiantou nada, ele não me escutou. Passei a tarde no meu quarto lendo uns livros, até que tenho a idéia de ir ao escritório do Rodolfo procurar alguma coisa sobre ele. Vou para o escritório, fecho à porta sem fazer barulho, começo a olhar os documentos, arquivos...Mas não encontro nada, vejo o computador, tento mexer, mas infelizmente tem senha, então começo a procurar nas gavetas, acho um talão de cheques com o nome " Roberta Silva Lopes", o valor era de 20.000,00, todo mês ele enviava essa quantia para ela pelo que vi, quando eu ia procurar mais, Maria entra, me assusta e diz:
- Menina, o que você faz aqui?
- Eu estava...(pensa rápido Marta). Eu estava procurando um livro para ler.
- Ah tá, achou?
- Não achei nenhum que me interesse.
- Dá próxima vez você pede o livro para o Rodolfo porque ele odeia que alguém mexa nas coisas dele, principalmente que entre no escritório.
- Tá bom ,pode deixar, posso te fazer uma pergunta?
- Claro menina, sobre o quê?
- Sobre o Rodolfo.
- Pode sim.
- Ele não tem família?
- Tem sim, ele tem pai, irmãos, primos...
- Por que ninguém nunca vem visitar ele?
- Porque ele não gosta muito de receber visitas.
- Entendi e mãe ele não tem?
- Essa história é complicada e longa.
- Eu tenho todo tempo do mundo.
- É melhor não eu não falar sobre isso porque se Rodolfo descobre ficará uma fera.
- Tá bom então Maria.
- Menina?
- Oi?
- Você gosta do Rodolfo?
- Sinceramente não sei, ele é muito difícil, não me trata bem e ainda por cima tem um caso com a Caroline.
- Olha, por mais que ele seja difícil, Rodolfo é uma pessoa e sobre a Caroline não se preocupe.
- Pessoas boas não fazem os outros de prisioneiros.
- Eu sei disso, mas meu menino é bom, ele só sofreu muito na vida.
- Isso não é desculpa para ser um péssimo ser humano, dá licença que vou para meu quarto antes que Rodolfo me pegue aqui.
- Tá bom menina, mas pense no que eu te disse.
- Ok Maria.
  Fui para o meu quarto, anotei o nome daquela mulher do cheque porque vou entregar esse nome para o André pesquisar, agora vou descer para jantar, Rodolfo já está mesa e antes que eu me sente ele diz:
  - Amanhã você não precisa me esperar para o almoço.
- Tá bom então.
- E sábado você precisa ser a esposa modelo.
- Por quê?
- Porque vamos em um casamento muito importante, lá terá fotógrafos, jornalistas... Não faça nenhuma graça e sobre a roupa eu já mandei comprar.
- Então tá bom.
- Vai estar alguns familiares meus, depois te passo os nomes, o que cada um é, na verdade vou te mostrar fotos para facilitar.
- Ok então, achei que você não tinha família.
- É, mas eu não tenho e isso também não é dá sua conta.
- Tá bom estressadinho.
- Estressadinho nada e o que você fez hoje?
- Andei pela fazenda, li um livro, o mesmo de sempre.
- Então tá.
Maria está servindo o jantar, quando Rodolfo pergunta:
- Maria?
- Sim patrão.
- Você entro no meu escritório hoje?( Nessa hora eu falei, será que Maria vai contar alguma coisa?)
- Sim, por quê?
- Porque às coisas não estavam muito bem organizadas, estava tudo fora do lugar e você sabe que eunão gosto que tire minhas coisas do lugar.
- Desculpa patrão, é que eu me atrasei com o jantar e não limpei direito.
- Sem problemas Maria.
Ela sai, eu finalmente consigo respirar aliviada porque se Rodolfo descobre me mata. Depois do jantar, fui dormir porque estava cansada.
  Acordei tarde hoje, me arrumo, faço uma cesta para o meu piquenique com André e vou para o estábulo. Chegando lá, encontro André que diz:
- Você não ia vir depois do almoço?
- Ia sim, mas Rodolfo foi resolver uma coisas e me liberou.
- Melhor ainda, assim teremos mais tempo.
- Sim, eu trouxe uma cesta cheia de coisas gostosas.
- Hum,  que delícia, então vamos?
- Vamos sim.
Subimos no cavalo e fomos. Já cavalgamos bastante, estamos numa parte bem distante da fazenda,  então vamos descansar e comer. Já tínhamos comido, estávamos descansando quando André diz:
- Marta?
- Oi?
- Você não sente vontade de ter alguém do seu lado?
- Eu tenho você ao meu lado, a Maria.
- Não estou falando nesse sentido. Estou falando no sentido de um namorado ou algo do tipo.
- Ah tá, tenho sabe, mas não tem como conhecer ninguém presa aqui.
- Tem sim.
- Como?
Ele vai  chegando mais perto e, me beija, eu paro o beijo e falo:
- André...
- Marta, não estraga o momento, depois nós conversamos sobre isso, só curte o momento agora.
Eu não falo mais nada, ele beija novamente, eu acabo correspondendo... Depois de um tempo, fomos embora, não falamos mais nada. Chegando em casa, fui direto para o meu quarto, não sei se fiz certo em beijar o André, acho que foi só um momento de carência e agora o será da nossa amizade?

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora