Marta
Bem, hoje é o dia que o Rodolfo vai embora. Eu andei pensando sobre isso e é a melhor coisa à se fazer mesmo. Depois daquele dia do restaurante, não nos falamos, nem nos vimos mais, melhor assim, não tem porque fazer ambas as partes continuarem sofrendo.
Fui trabalhar, as horas parecem que não passavam, ainda mais que Lucas não estava no escritório porque teve um viagem de última hora. Então justamente por isso eu fui embora mais cedo. Fui direto pra casa, lá eu estava com uma grande aflição, pois estaca próxima a hora em que o Rodolfo falou que viajaria. Não conseguia tirar os olhos do relógio. Uma coisa eu sei que se ele realmente fosse embora não teria mais volta. Decidi sair, não sabia ao exato pra onde iria, mas simplesmente saí andando meio sem direção.
Até que chego em frente à rodoviária da cidade, pois lá não tinha aeroporto ou nada disso porque a cidade é muito pequena e não tem capacidade pra isso. Eu sabia que Rodolfo pegaria um táxi para conseguir viajar. De longe consegui vê-lo, colocando as malas dentro do táxi. Me aproximo sem que ninguém perceber, até que ele se vira e diz:
- Marta? O que você faz aqui?
- Eu não sei, passei por aqui por coincidência, mas já estou indo não quero te atrapalhar.
Me virei para ir embora, quando escuto:
- Espera.
Chego perto dele novamente e ele diz:
- Me fala a verdade, o que veio fazer aqui?
Não conseguia sair uma palavra se quer da minha boca, meu coração estava muito acelerado, eu não sabia o que dizer, à única coisa que eu queria era que ele não fosse embora. Percebendo a minha reação, ou a falta dela, Rodolfo pega em minhas mãos e diz:
- Fala Marta, eu sei o motivo pelo qual você está aqui, mas eu quero ouvir da sua boca.
Começo a pensar em uma desculpa, mas não encontro nada. Então permaneço em silêncio e ele fala:
- Já que pelo que vejo você não tem nada pra me falar, preciso ir porque se não vou perder meu vôo.
Ele solta minhas mãos, se vira e quando ele estava prestes à entrar dentro do carro. Eu falo:
- Rodolfo.
Ele se vira, me olha e eu chego perto:
- Você não pode ir embora.
Ele com um meio sorriso no rosto fala:
- Por que? Qual razão eu tenho pra ficar?
- Porque a nossa filha pode nascer daqui alguns dias.
Essa foi a única desculpa que passou pela minha cabeça, ele me olhou sem entender nada e disse:
- Mas você só está de 7 meses.E o médico conversou comigo ontem falando que estava tudo bem e quê não tem previsão nenhuma do bebê nascer agora.
- Você sabe como às crianças são, elas que decidem a hora de vir. Pode ser ainda hoje ou só aos 9 meses mesmo. Eu só vim te dizer isso porque como você disse que queria estar presente na vida dela e principalmente no nascimento.
- Marta, ainda tem 2 meses pra nossa filha nascer, dificilmente ela virá agora. Você está falando isso porque está com medo de ter um parto prematuro ou isso é apenas uma desculpa pra me fazer ficar?
Agora ele me pegou, claro que não era pela bebê porque ela realmente só iria nascer daqui uns 2 meses sem dúvidas, mas eu não conseguia dizer o real motivo de não querer que ele vá embora. Rodolfo diz:
- Vai Marta, o que aconteceu com você? O gato comeu sua língua? Me diz o real motivo de você não querer que eu vá ou entro nesse táxi agora mesmo sem nem se quer olhar para trás. Essa é sua última chance...
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...