Solto

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Marta
Chego na delegacia, vou imediatamente ver o Rodolfo, eles me levam pra uma salinha, espero algum tempo, até que Rodolfo aparece algemado como se ele fosse algum bandido, ele senta e diz:
- O que você quer aqui? Rir da minha desgraça?
- Rodolfo para, você sabe que eu nunca faria isso.
- Eu não te conheço mais, então não posso afirmar nada.
- Eu vim aqui para te ajudar.
- Mas eu não quero sua ajuda, vai pagar minha fiança com o dinheiro do seu namoradinho? Dispenso.
- Lógico que não, João não é nada meu e eu já chamei seu pai para resolver isso.
- Meu pai?
- Sim.
- Prefiro apodrecer aqui do que aceitar o dinheiro dele.
- Por que? Ele é seu pai.
- Um pai que não me apoia em nada, que nem liga pra mim e que quer tomar  o resto das coisas que tenho.
- Duvido Rodolfo, um pai sempre pensa no que é melhor para o filho.
- Você sabe que não é assim, os seus pais te venderam pra mim e isso foi o melhor pra você?
- Não, mas se não fosse por eles, eu não teria te conhecido.
- Acho que assim teria sido o melhor.
- Não fala assim Rodolfo.
- É a verdade Marta, você me destruiu de uma maneira.
- Você que preferiu não acreditar em mim.
- Não foi bem assim, eu só vi o que estava bem na minha cara.
- Não mais discutir isso aqui.
- E nem em lugar nenhum porque já falamos sobre isso.
Quando eu ia responder, um guarda aparece e diz:
- Você está livre Rodolfo, seu pai acabou de pagar sua fiança.
Rodolfo olha pra mim e diz:
- Não era pra você ter feito isso.
- É mas eu fiz, já que você está reclamando tanto depois só devolve o dinheiro para o seu e assunto encerrado.
- Eu vou fazer isso mesmo, mas você não devia ter se intrometido, não somos mais nada e eu não pedi sua ajuda.
Com lágrimas nos olhos, eu falo:
- Desculpa, só vim aqui pra ver como você estava e tentar te ajudar. Mas como não sou bem-vinda estou indo agora mesmo.
Eu falei isso e saí. Encontro o pai dele que diz:
- Oi minha filha, ainda bem que você me ligou.
- Nem sei se fiz bem, Rodolfo está mais bravo comigo do que antes.
- Isso vai passar, mas afinal o que houve com vocês?
- A história do filho o senhor já sabe, aí depois quando eu quis voltar, ele viu um cara me beijando, mas interpretou tudo errado,e o idiota do cara ainda foi lá na fazenda falar o monte  de mentiras e o Rodolfo acreditou.
- E o que ele fez?
- Assinou o papel do divórcio, até me proibiu de ir à fazenda, já tentei mil vezes explicar que foi o cara que me beijou, mas ele não acredita.
- E você vai lutar por ele?
- Estou tentando, nem assinei o papel do divórcio pra prova isso, mas não está adiantado muito.
- Se você o ama realmente não desista dele.
- Eu realmente o amo. Obrigada pelo conselho, agora preciso ir antes  que ele me encontre com ele.
- Vai em paz que eu cuido dele.
- Assim eu  fico mais calma.
Vou trabalhar. O dia no trabalho foi uma droga, João ficou aprontando para o meu lado e me pressionando para eu ir na tal viagem.

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora