Prisioneira de um fazendeiro

Recepção

Marta
Ele responde:
- A minha mãe voltou, então resolvi fazer um pequeno almoço de recepção.
- Voltou de onde? Você nem se quer podia me consultar antes?
- Olha Marta, eu sei que temos bastante  coisas pra conversar, mas deixa isso pra depois do almoço. Agora vamos que temos convidados nos esperando.
- Tá bom.
  Esse " pequeno" almoço que de pequeno não tinha nada me irritou um pouco porque ele podia ter falado comigo antes, mas já foi. Fomos para onde estava acontecendo a recepção, falo com algumas pessoas, tem tanta gente que não faço ideia de quem é a mãe do Rodolfo. Estávamos juntos conversando com algumas pessoas, quando alguém o chama e eu fico sozinha. Estava apenas observando tudo, quando Douglas aparece e diz:
- Oi priminha, não sabia que exs apareciam na casa do ex.
- Para o seu governo nós voltamos, ou seja não sou ex, mas sim atual.
- Que notícia boa. Ainda bem que você está de volta na família.
- Pois é né.
- Acho muito bacana o jeito que você lida com as coisas. Por exemplo acho super madura você aceitar que a Roberts tenha organizando tudo e esteja aqui.
- O que? Ela está aqui?
- Ops, você não sabia? Me desculpa.
- Tchau Douglas.
Viro às costas pra ele. Não vejo a hora dessa festinha acabar, eu entendo que a Roberta seja mãe do filho do Rodolfo, mas não vejo a necessidade dela estar por dentro de eventos da família, desnecessário demais. Fiquei mais algum tempo na festa, até que não aguentei e fui para meu quarto. Saí de lá não só pelo fato de estar insatisfeita, mas também pelo fato de estar cansada com a viagem que foi super longa e estressante ao lado da minha mãe. Vou para o nosso quarto, tomo um banho muito relaxante e vou dormir.
Acordo, noto que já escureceu, lavo meu rosto e desço. Vejo às empregadas limpando tudo, pelo que vi já foi todo mundo embora, até que eu falo:
- Meninas, alguma de vocês viu o Rodolfo?
Uma delas responde:
- O patrão está no escritório.
- Sozinho?
- Sim senhora.
Nem bati na porta, já cheguei entrando. Rodolfo quando me vê, vem me beijar e diz:
- Boa noite meu amor, estava morrendo de saudades.
Eu o afasto e falo:
- Não tô no clima Rodolfo, precisamos conversar.
-  Eu sei que precisamos conversar, mas o que aconteceu pra você não estar " no clima"?
  - Primeiro o fato de você nunca ter falado nada sobre sua mãe. Segundo ter viajado sem me avisar. Terceiro não ter me avisado sobre essa festa, nem ter me consultado.
- Meu amor, foi uma emergência, saí às pressas. Eu não te avisei sobre a festa porque foi de última hora e foi um desejo da minha mãe.
- Mas não dava pra esperar eu voltar?
- Como eu disse foi um desejo dela.
- Me diz por que sua ex tinha que organizar tudo? E por que ela estava aqui?
- Foi a minha mãe que insistiu e eu não ia negar. Fora que eu vejo nenhum problema nisso.
- Eu tenho consciência de que ela é mãe do seu filho, mas ela continua sendo sua ex, não acho bacana toda essa presença dela ainda mais quando eu não estou e você nem parou de pensar como eu me sentiria com tudo isso.
- Me desculpa Marta, mas você também não tenta entender  meu lado, minha mãe está de volta cara, eu nem pensei nessas coisas. A minha mãe conhece a Roberta desde pequena, ela à vê como uma filha. Nós acabamos de voltar, melhor a gente ir deitar, amanhã conversamos e eu te conto tudo.
- Está bem, isso é melhor porque do jeito que eu estou é capaz de sair  uma briga feia.
Fomos para o nosso quarto. Eu estava realmente um tanto irritada, nem dirigi mais a palavra com o Rodolfo. Fomos dormir brigados...