Rodolfo
Estou aqui em frente à casa da tia dela, espero do fundo do coração que ela esteja aí dentro porque se não estiver juro que não sei o quê vou fazer. A tia dela aparece e diz:
- Rodolfo que surpresa boa. A Marta também está aqui?
- A senhora sabe que não, eu já sei que ela está aqui, não precisa mais fingir.
- Rodolfo, você está enganado. Marta não está aqui e faz tempo que não tenho notícias dela.
Eu à empurro, entro na casa,eu começo à procurar e à gritar por ela. Mas nada, nenhum vestígio dela.
- Eu falei pra você que ela não estava aqui.
- Que droga, é tudo culpa minha.
- O que aconteceu dessa vez? Tome um chá, sente-se e se acalme.
- Bem, eu até queria, mas não vai dar preciso achar à Marta. Mas me desculpa por tudo.
- Imagina, dá pra ver que você está desesperado, mas minha sobrinha está bem?
- Espero que sim, mas ela está longe de mim, então deve estar melhor do que antes.
- Não diga isso, não sei o quê aconteceu, mas o pouco que vi de vocês é notável o quantos vocês se amam.
- Não sei se depois de tudo ela continua me amando, mas bem agora tenho que ir, se ela entrar em contato com a senhora me avisa por favor.
- Pode deixar e vai me informando por favor.
- Ok então.
Volto para o meu jatinho e faço uma ligação.
" Ligação on.
- Boa noite senhor.
- Boa noite Alves, preciso de um favor seu.
- Qual senhor?
- Que você contrate o melhor detetive particular do país, não importa quanto vai custar só quero que ele seja o melhor.
- Sim senhor.
- Ok então, me avise quando encontrá-lo.
- Pode deixar senhor.
Ligação off"
Estou voltando para casa, não vai ser fácil achar a Marta porque dessa vez parece que ela se foi mesmo. Não atende o celular, apagou todas as redes sociais e não avisou para ninguém onde iria. Essa busca vai ser difícil, nem sei por onde devo começar.
Alguns dias depois.
Marta
Faz alguns dias que estou trabalhando com o Lucas e tem sido dias ótimos. Apesar de tudo sinto falta do Rodolfo, mas não tenho certeza de que ainda o amo. Não é fácil sabe, talvez eu ainda esteja com raiva ou às atitudes dele aos poucos foram matando o meu amor por ele, não sei, estou confusa. Hoje completo 3 meses de gravidez, estou louca para ver o rostinho do meu bebê, mas já pensando em como vou explicar para ele porque o pai não está presente. Imagino que todos devem estar preocupados comigo, então decidi ligar para o André de um orelhão, antes de ir trabalhar.
Me arrumo. Vou para a cozinha para fazer um café, mas noto que o fogão está quebrada, tenho que ver isso depois. Tomo só um suco e vou ao orelhão.
" Ligação on
- André?
- Quem está falando?
- É a Marta.
- Marta, você quer nos matar? Está tudo mundo preocupado com você, onde você está?
- Eu não posso falar, mas só quero avisar que estou bem. Avise isso para todos e fale que eu não quero ser encontrada.
- Marta...
- André, eu não tenho muito tempo. Não esqueça o que eu disse, avise para todos que estou bem e o bebê também. Inclusive para o Rodolfo e diga pra ele que quero o divórcio também. Agora tchau, tenho que ir. Em breve entro em contato de novo.
Ligação off"
Vou para o escritório. Estava quase no final do expediente, e eu estava procurando alguém que conserta fogões, mas não estava achando ninguém, até porque eu não conhecia muito bem à cidade mesmo ela sendo pequena. Lucas vem e fala:
- Está pronto o documento sobre o caso Sales?
- Está sim, toma.
- Obrigada.
Ele pega o documento e se vira para voltar pra sua sala:
- Lucas?
- Oi?
- Você conhece alguém que conserta fogões?
- Conheço.
- Quem?Estou precisando com urgência.
- Eu mesmo.
Nessa hora começo à rir, ele me olha sem entender e diz:
- Do que você está rindo?
- De você.
- Por quê?
- Você sabe conserta fogão Lucas? Por favor né.
Ele me olha indignado:
- Sei sim dona Marta, você vai ser só. Posso passar na sua casa depois do expediente?
- Pode, mas você tem certeza que realmente sabe?
- Você vai ver só. Só vou precisar passar em casa para pegar algumas ferramentas e já vou pra lá.
- Então está bem, quanto você vai cobrar?
- Depois eu falo meu preço, anota o endereço em um papel e deixa comigo.
- Pode deixar.
Anoto o meu endereço, entrego e ele diz:
- É pertinho daqui.
- Pois é, eu já havia te dito isso.
- Verdade. Vou arrumar minhas coisas para ir buscar às ferramentas, daqui uns 30 minutos estarei na sua casa.
- Ok então.
Guardo minhas coisas e vou para casa. Tomo um banho, troco de roupa e vou para sala esperar o Lucas. Me sinto tão estranha, deve ser porque é esquisito receber o chefe em casa, ainda mais para ele consertar seu fogão. Estava distraída com meu pensamentos, quando alguém bate na porta e vou atender. Abro à porta, vejo que é o Lucas. Ele está totalmente diferente do que eu costumo ver, com uma roupa de ficar em casa e com uma das mãos segurando uma bolsa de ferramentas. Fico o observando e ele fala:
- Posso entrar?
- Claro, entra é que eu estava distraída. Como você está diferente.
Ele entra e eu fecho à porta:
- Diferente como? Mais bonito?
- Diferente Lucas, bonito você já é.
Ele olha surpreso e diz:
- Não sabia que você me achava bonito.
- Pois é.
Levo ele até à cozinha e falo:
- Aqui está seu problema.
Ele analisa o fogão e fala:
- Eu adoro um problema.
- Então aí está um pra você. Você quer um suco? Uma água?
- Por enquanto não. Vou começar que o serviço me aguarda.
Ele começa a mexer no fogão, eu me sento na mesa, o observo e enquanto ele está consertando o fogão diz:
- Sua casa é muito bonita.
- Obrigada. É alugada, então aos poucos estou tentando deixá-la do meu jeitinho.
- Você mora sozinha?
- Não, tenho meu bebê para me fazer companhia e você mora sozinho?
- Moro sim. Falando no seu bebê, você já descobriu o sexo?
- Ainda não. Você tem parentes pela cidade?
- Não, a maioria mora na cidade vizinha e você?
- Não tenho ninguém por aqui.
- O que te fez escolher essa cidade então? Se não for muito intromissão da minha parte é claro.
- Bem, eu não escolhi ela por um motivo especial, apenas porque ela distante e pequena.
- Entendi. O pai do bebê não se incomoda de você morar longe?
- Bem, acho que ele não se importa muito com o filho quem dirá com isso. Mas já falamos muito sobre mim e você?
- O que você quer saber?
- O que um homem estudado como você, faz aqui nessa cidade pequena?
- Eu amo essa cidade, fui criado aqui.
- Nunca pensou em sair daqui?
- Já, mas não consigo.
- Entendi. Por que não casou até hoje? Porque pelo que ouvi falar você é o solteiro mais cobiçado da cidade.
Ele ri e fala:
- É isso o que às pessoas dizem?
- Sim.
- Eu estou procurando a pessoa certa.
- Interessante.
- Terminei.
- Sério?
- Sim, vem conferir.
Testo o fogão e falo:
- Ficou ótimo.
- Eu te disse que sabia e você não teve fé em mim.
- Minhas humildes desculpas Lucas.
- Aceitas.
- E quanto custou?
- Um valor pequeno.
- Fala, tenho até medo.
- Um jantar comigo amanhã e eu não aceito "não" como resposta.
- Mas Lucas...
- Mas nada, é apenas um jantar.
- Tá bom, você venceu.
- Agora deixa eu ir que você deve estar cansada.
Abro à porta e falo:
- Muito obrigada por tudo.
- Imagina. Amanhã te pego às 19:30.
- Vou estar pronta.
- Ótimo.
Ele me dá um beijo na bochecha e diz:
- Até amanhã.
- Até.
Fecho à porta e penso " O que foi isso"?
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...