Prisioneira de um fazendeiro

Pietro

Marta
  Chego em casa, Rodolfo está na sala assim que me vê, fala:
- Eu posso saber onde a bonita estava?
- Eu fui no centro comprar umas coisas?
- Por que não me avisou?
- Decidi de última hora?
- Por que você não avisou ninguém então? Eu fiquei preocupado? Por que não foi com o motorista?
- Pelo amor Rodolfo, chega de interrogatório.
- Chega nada Marta, se acontece alguma coisa que você, ninguém iria saber de nada.
- É, mas não aconteceu, eu estou aqui.
- Ainda bem né, espero que isso não volte a se repetir.
- Agora pronto, vai querer mandar em mim.
- Não é mandar, só estou pedindo para você me avisar antes de tomar decisões.
- Tá Rodolfo, não vou discutir com você.
- Melhor. Mas o que você comprou afinal de contas?
- Nada, não achei o que queria.
- E o que era?
- Um sapato, mas nenhum me agradou.
- Se  você quiser podemos sair amanhã pra tentar achar um sapato, o que você acha?
- Outro dia, amanhã não dá.
- Por que não?
- Porque amanhã vou ver o André.
- Tá bom então, eu te levo.
- Não precisa, eu vou sozinha.
- Eu faço questão ou tem algum motivo para eu não ir?
- Nenhum, agora vamos comer que eu estou com fome.
- Como você demorou muito eu acabei comendo e agora tenho que ir trabalhar.
- Tá bom Rodolfo, vai trabalhar.
- Hoje você está difícil em.
- Eu estou normal, agora eu vou me alimentar.
- Tá, tchau e daqui a pouco a minha mãe está aí com o Pietro.
- Onde eles foram?
- Ao supermercado.
- Tá.
   Ele fala isso e saí. Peço para Maria levar um prato para o meu quarto. Ela vem com o prato, percebeu que eu não queria conversar, deixou o prato e saiu. Eu comi, não coloquei tudo para fora, mas estou com uma tontura, então vou me deitar e acabo dormindo. Acordo com Pietro pulando na minha cama, eu falo:
- Pietro, para de pular você vai acabar caindo.
Ele continua pulando e diz:
- Para de ser chata tia, você não deixa eu fazer nada.
- Desce daí agora Pietro, não vou falar de novo.
  Ele desce da cama e fala:
- Você sempre estraga tudo, não me deixa brincar, não deixa meus pais ficarem juntos, você não faz parte da família sua bruxa.
Ele fala isso e saí correndo. Maria entra na hora e fala:
- Menina, o que aconteceu?
- O Pietro ficou bravo porque eu mandei ele parar de pular, ele não gostou e falou que eu não deixava os pais dele ficarem juntos que eu era uma bruxa...
- Esse menino está terrível, você tem que contar para o Rodolfo.
- Não Maria,  está tudo bem.
- Não está Marta, se você não contar, eu conto.
- Por favor Maria.
- Já está resolvido.
Vou tomar um banho, me visto e desço. Rodolfo chega me dá um beijo e diz:
- Mais calma?
- Um pouco.
- Que bom, como foi seu dia?
- Normal e o seu?
- Cansativo.
Maria aparece e diz:
- Já contou pra ele Marta?
- Me contar o quê?
Eu falo:
- Nada de importante.
Maria fala:
- Mais cedo Pietro falou que Marta impedia você e a mãe dele de ficarem juntos que ela era uma bruxa...
Rodolfo diz:
- Esse menino está impossível, não sei mais o que faço com ele.
Maria saí e eu falo:
- Rodolfo não é para tanto e alguém deve estar falando essas coisas pra ele.
- Quem?
- Não sei, ele anda passando bastante tempo com sua mãe que por coincidência não é muito minha fã.
- Estava demorando você acusar minha mãe, quanta implicância em.
- Implicância nada, só falo o que eu vejo.
- Eu vou fingir que nem ouvi isso. Vou agora castigar ele.
- Como?
- Vou o mandar para a casa da mãe dele.
- Rodolfo, isso não é forma de corrigir o menino, só vai deixar ele com mais raiva principalmente de mim.
- O que você sugere então?
- Outro castigo.
- Vou deixar ele sem brinquedos ou vídeo game até ele se comportar melhor.
- Melhor.
- Ok então, agora vou lá conversar com ele.
- Tá bom.
Estamos eu, Rodolfo e Olivia jantando, quando ela fala:
- Cadê meu netinho?
Rodolfo responde:
- Está no quarto de castigo.
Olivia diz:
- Por quê?
- Porque ele não comportou bem com a Marta.
Olivia ri e eu pergunto:
- Qual o motivo da risada?
Ela responde:
- Só acho engraçado que Pietro se comporta bem com todo mundo, menos com você que coisa engraçada né.
Eu falo bem irônica:
- Verdade em, que coisa, deve ter alguém colocando idéias na cabeça dele.
Rodolfo fala:
- Pode parar às duas, vamos jantar em paz.
Não falamos mais nada, terminamos o jantar e fomos para o nosso quarto. Estávamos deitados quando Rodolfo diz:
- Marta, você quer ter filhos?
- Talvez, mas daqui uns 10 anos no mínimos.
- Por que todo esse tempo?
- Não quero ser mãe tão cedo.
- Mas eu gostaria de ser pai de novo sabe, quero ver  essa casa cheia de crianças.
- Você já tem o Pietro, um só já está dando trabalho imagina dois.
- Você só vê o lado ruim das coisas Marta. Acho que faria bem para o Pietro ter um irmãozinho.
- Até parece.
- Eu estou falando sério. Que tal a gente fazer um agora mesmo?
Jogo uma almofada nele que acha graça e eu fala:
- Engraçadinho você em.
- Não custava pedir né.
- Vai dormir Rodolfo.
- Vou mesmo. Boa noite amor da minha vida e mãe dos meus futuros filhos que talvez nem esteja tão no futuro assim.
- Nem brinca Rodolfo, isso está muito distante.
- Tá bom chata.
- Boa noite chato.
- Boa noite mais chata ainda.
Ele me dá um beijo e vira para o lado para dormir. Amanhã tenho que buscar  o exame e estou com muito medo do resultado. Viro para o lado e vou dormir.