Momento

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Rodolfo
Bem, o que eu mais temia aconteceu, eu retamente estou sentindo algo pela Marta, não tem como negar, quando ela me perguntou aquilo não tive coragem de falar a verdade, porque sei que não pode rolar nada entre nós, por muitos motivos, a forma com que nos conhecemos, as coisas que eu disse pra  ela... Não dá pra apagar o passado, então é melhor as coisas continuarem como estão. Cara, quando vi ela naquele vestido senti meu coração disparar, tudo que eu queria era beija-lá, mas me contive. Morri de ciúmes de ver o meu primo dando mole pra ela na minha cara, me deu vontade de quebrar ele, mas ela me controlou, na verdade eu vivo morrendo de ciúmes dela, principalmente daquele amiguinho André, eu só não despedi ele porque sei da importância que ele tem para ela, não seria justo acabar com umas das poucas coisas que a faz feliz nesse lugar, mas sobre esse sentimento tenho que guardar pra mim até conseguir superar.
Marta
Acordo, faço o de sempre e vou tomar café. Por um milagre Rodolfo está na mesa, sento e falo:
- Bom dia.
- Bom dia.
- Que milagre você tomar café em casa.
- Pois é, hoje é domingo.
- Mesmo assim, na maioria das vezes até no domingo você trabalha.
- Mas hoje resolvi abrir uma exceção.
- Entendi, você está bem?
- Estou sim, por quê?
- Porque não parece, você está suando e nem está calor.
-  Não é nada, vou me deitar.
Notei que ele estava tremendo, se levantou com dificuldades, fui ajudar ele:
- Vem, eu te ajudo porque claramente você não está bem.
- Não precisa, estou bem sim.
- Não adianta discutir.
Ele não disse mais nada, levei ele até o quarto dele, o deito na cama e falo:
- Onde tem um termômetro?
- Na gaveta do banheiro, mas eu já disse que estou bem.
Peguei o termômetro, fui pedir a temperatura dele, esperei alguns minutos, vi que ele estava com febre e disse:
- Você está ardendo em febre, vou chamar um médico.
Ligo para Maria, para ela chamar um médico, ela ligou, me avisou que daqui uns 15 minutos o médico chega, que enquanto isso era para tentar abaixar a temperatura do Rodolfo. Vou e falo:
- O médico já está chegando, enquanto isso vamos tentar baixar sua temperatura, você consegue tirar sua camisa?
- Não, você pode me ajudar?
- Ajudo.
Tiro a camisa dele, molho um pano para colocar na testa dele, sento do medo seu lado e Rodolfo diz:
- Você não precisa cuidar de mim, eu chamo a Maria ou me viro.
- Eu sei, mas eu quero e pronto.
- Você tem um coração enorme, eu não mereço tudo isso.
- Obrigada, mas no fundo, bem lá fundo você tem um coração um coração bom.
Alguém bate na porta, vejo que é o médico, sai para ele examinar o Rodolfo, algum tempo depois volto e falo:
- E aí doutor, o que ele tem?
- Uma virose forte, mas pode ser tratada em casa, já passei os remédios que ele precisará tomar.
- E a febre?
- Já baixou, graças à ótima enfermeira que ele tem.
- Imagina e que cuidados ele tem que tomar?
- Sem esforços, ele precisa tomar os remédios direitinho, se daqui a uma semana não melhorar leve ele até meu consultório.
- Pode deixar doutor, muito obrigada.
O doutor foi embora, falei um pouco com Rodolfo que acabou dormindo, parece que agora vou ter que cuidar dele...

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora