Reconciliação

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Marta
Estamos com o exame na mão, estou tentando criar coragem pra abrir o envolope porque tenho medo. Respiro fundo, abro o envolope, leio tudo com muita calma e Rodolfo diz:
- E aí Marta, qual foi o resultado?
- Não aconteceu nada entre nós dois.
- Ainda bem. Mas mesmo ele assim temos que conseguir provas contra ele pelos outros crimes que ele cometeu.
- Eu concordo totalmente com você, mas vamos pensar nisso quando estivermos em casa.
- Podemos viajar amanhã de manhã, o que acha?
- Ótimo. Rodolfo, quero te falar uma coisa.
- Fala.
- Eu não quero mais minha mãe quero tomar frente no nosso relacionamento.
- Eu concordo com você, até porque você sabe que eu nunca gostei disso, mas quando soube da sua fuga não tive outra escolha.
- Eu entendo, não vamos mais brigar. Eu te amo e é isso que importa.
- Eu também te amo, preciso resolver umas coisas, mas o que acha de um jantar à noite? Eu passo na sua tia pra te buscar.
- Mas é claro, temos que ter lembranças boas dessa cidade também. Que horas você passa pra me buscar.
- Verdade. Umas 19:30 estou passando lá, mas até  agora não ganhei meu beijo de reconciliação.
- Não seja por isso.
Eu o beijo. Conversamos bastante, até que Rodolfo me deixa em casa. Estou muito feliz com a minha reconciliação com Rodolfo, mas tem uma coisa que não sai da minha cabeça, como o Joao soube onde eu estava? Alguém deve ter dito e são poucas pessoas que sabem disso.
Entro em casa, pelo horário só minha mãe  deve estar em casa, dou de cara com ela que diz:
- Onde você estava?
- Com o Rodolfo.
- Que coisa boa, vocês finalmente se resolveram?
- Sim, amanhã voltamos pra casa.
- Caraca que notícia boa, eu pensei que vocês não iam voltar mais.
- Pois é. Então foi por isso que você avisou o João, um cara que você nem conhece onde eu estava?
- João?
- Não precisa fingir tá, eu te conheço muito bem.
- Filha, ele é seu patrão, imaginei que fosse alguma coisa relacionada ão trabalho.
- Para de mentir vai mãe.
- Tá, você quer a verdade?
- Quero.
- Como eu achei que você não voltaria mais com Rodolfo, fiquei preocupada. Até que ontem esse rapaz me ligou, senti muito interesse dele em saber sobre você, fora que eu já sabia de boatos sobre você e ele... Também descobri que ele um homem inteligente, como uma ótima condição financeira... Aí só juntei o útil ao agradável.
  - Eu não acredito nisso sério. Você queria me vender de novo, pra qualquer um.
- Qualquer um não, muito menos te vender. O rapaz me parece gostar muito de você e ser uma ótima pessoa.
- Ah sim. Ele é tão boa rapaz que tentou destruir meu relacionamento com o Rodolfo, que me drogou, tirou fotos de mim pelada totalmente drogada.
- Filha, eu não sabia disso.
- Você nunca sabe de nada porque só se importa com o dinheiros e nada mais.
- Isso não é verdade filha.
- Você sabe que é, mas eu cansei disso sabe. Daqui pra frente nada de dinheiro, de luxos...
- Mas filha...
- Eu não vou mais perdeu meu tempo com você, com licença que vou arrumar minhas malas.
Ela percebeu o quão irritada eu estava, por isso nem foi atrás de mim. Começo a arrumar minhas coisas e assim se passa a tarde. Conversei com a minha tia sobre a minha volta pra casa, a mesma ficou muito feliz por mim, agradeci a ela e ao meu "primo" por tudo.
Já estou pronta para ir jantar com o Rodolfo, vou para porta porque já estava no horário que ele combinou de ir me buscar. Espero, 10, 15, 30 minutos, mas nada, até que eu resolvo ligar.
" Ligação on
- Rodolfo, cadê você?
- Oi meu amor.
- Aconteceu alguma coisa?
- Nada grave, só tive que voltar pra casa.
- Como assim? Sem me avisar nada?
- Mil perdões, você não vai acreditar em quem voltou para cidade.
- Quem Rodolfo? Deve ser muito importante pra você ir assim sem me avisar nada.
- É muito importante,  a situação é delicada. Faz muito tempo que eu não a vejo.
- Diz logo quem é Rodolfo, você está me deixando agoniada....

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora