Marta
Já arrumei minhas malas. Fui pra a sala e disse:
- Vamos Rodolfo?
- Vamos.
Me despedi do André, o agradeci por tudo e fui para o carro. Estávamos na estrada, quando eu disse:
- Vamos jantar fora hoje?
- Eu não estou no clima.
- Por quê?
- Por nada, só não estou com vontade.
- Nossa Rodolfo. Nós nem comemoramos a minha gravidez.
- Podemos comemorar outro dia.
- Tá, não quero discutir. Eu só estava com vontade de comer comida japonesa.
- Pede pra entregar lá em casa.
- Tanto faz.
Viro o rosto para a minha janela e não falo mais nada.
Chegamos em casa. Peço para um funcionário pegar minhas malas e vou para o nosso quarto. Pedi comida e enquanto não chegava fui tomar um banho. Me vesti, fui pegar minha comida que já havia chegado e comi. Já era tarde, mas nada do Rodolfo vir deitar, então fui até o escritório. Ele estava lá, analisando alguns papéis. Rodolfo disse:
- Aconteceu alguma coisa? Você está bem?
- Não aconteceu nada. Estou ótima. Por que você não foi deitar até agora?
- Estava olhando alguns papéis.
- Deixa isso pra amanhã, vem deitar.
- Já vou. Amanhã tenho uma reunião importante com meu pai.
- Tá, mas deixa pra pensar nisso amanhã.
- Tá, tá bom, você venceu.
Ele guarda os papéis e vamos para o quarto. Ele estava tirando a camisa pra tomar um banho, quando eu o beijo e depois falo:
- Eu já tomei banho, mas não iria me incomodar de tomar outro.
- Estou cansado hoje.
- Olha Rodolfo, você já deu tantas desculpas para tudo que eu peço ou quero fazer, mas para não brigar com você vou fingir que a justificativa para tudo isso é que você teve um dia ruim.
Falei isso e fui dormir.
Acordo, tomo um banho e desço para tomar café. Assim que Maria me vê, ela vem me abraçar e diz:
- Que bom que você voltou menina, eu estava com saudades em.
- Eu também Maria, fico feliz em estar de volta.
- E esse bebê como anda?
- Muito bem.
- Vou te servir o café.
- Chame uma empregada pra servir porque você vai tomar café comigo.
Ela vai avisar a empregada e toma café comigo. Pego um carro para ir ao centro, comprar umas coisas e ver se consigo voltar à faculdade.
Conversei com a coordenadora, ela concordou com a minha volta, mas me avisou que eu teria que me esforçar bastante e fazer muitos trabalhos. Já estava saindo da faculdade, quando encontro João que diz:
- Quanto tempo em Marta.
Eu engoli a minha raiva porque era só isso que eu sentia por ele e disse:
- Sai da minha frente.
Ele continuou no meu caminho, me olhou da cabeça aos pés e disse:
- Pelo visto você está grávida. Agora um questão, o bebê é meu ou do Rodolfo?
- Eu não vou ficar aqui ouvindo esses absurdos.
O empurro para conseguir passar, mas ele segura meu braço e diz:
- Ainda está tão cedo e você já vai?
- Me solta seu idiota.
Ele solta meu braço, eu saí andando e ele gritou:
- SAUDADES DA MINHA FUNCIONÁRIA.
Eu me viro e mostro o dedo do meio pra ele que grita novamente:
- CUIDA DO NOSSO FILHO.
Entro dentro do carro e vou embora morrendo de raiva. Chego em casa muito nervosa, vou para cozinha e Maria fala:
- O que foi menina?
- Nada Maria.
- Você não estaria assim por nada.
- Não é nada mesmo.
- Trate de se acalmar. Vai deitar que eu vou te levar uma água com açúcar. Vem cá que eu te ajudo.
Ela me leva para o quarto, eu deito. Ela volta com a água, eu tomo e acabo dormindo.
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Prisioneira de um fazendeiro
عاطفيةMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...