Marta
Acordo cedo como todos os dias, faço o de sempre, estava descendo para ir ao carro, quando vejo Rodolfo na sala, fingi que não vi, então ele fala:
- Não vai falar comigo mesmo?
- O que eu tinha pra falar com você já falei.
- E nós?
- Não existe mais nós, não me espere pra almoçar e nem precisa mandar o motorista me buscar.
- Pra onde você vai?
- Tchau Rodolfo.
Saí, entrei no carro e fui para estudar.
Agora já está na hora da saída, quando Giulia fala:
- Cadê seu motorista amiga?
- Eu vou almoçar aqui no centro, fazer umas coisas até dar o horário de ir pra sua casa.
- Nem pensar, você vai almoçar lá em casa.
- Amiga, não precisa.
- Precisa sim e sem discussão.
- Tá bom então,
João está esperando a Giulia no carro, eu peço licença, entramos no carro e João fala:
- Você vai ficar em algum lugar Marta?
Giulia diz:
- Não, ela vai lá pra casa.
- Ah tá, mas me diz aí mudou de idéia sobre a festa?
- Não.
Giulia fala:
- Ah amiga, você tem que ficar para a festa, vai ser tão legal, fora que você está precisando depois desse término.
Na mesma hora João diz:
- Terminou com o seu marido?
- Não, nós apenas brigamos.
- Foi mais que isso amiga, nem de aliança você está mais.
Antes de eu falar qualquer coisa, nós chegamos. Entrei, era uma casa muito bonita, os pais deles não estavam em casa, a mesa já estava servida, me sentei, quando João fala:
- Se sinta em casa Marta.
- Obrigada.
Almoçamos, o João não parou de me olhar o almoço inteiro, então quando terminamos, eu e a Giulia fomos para quarto dela fazer o trabalho.
O trabalho já estava quase terminando, quando Giulia fala:
- Amiga, vou fazer um lanche pra nós duas, beleza?
- Beleza, não quer que eu te ajude?
- Não, fica aí terminando o trabalho.
- Ok então.
Ela sai, mas deixa a porta aberta, eu estava tranquilamente finalizando o trabalho, quando João entra sem eu perceber, fecha a porta, nessa hora eu noto a presença dele e falo:
- O que foi? Por que você fechou a porta?
- Marta, desde do primeiro dia que te vi, eu quero você, esse seu cabelo cacheado, seu sorriso.
- Para, não fala mais nada, eu não quero nada com você.
- Eu sei que você quer, agora não tem mais impedimentos você não está mais com aquele cara.
- Nós só brigamos, mas ainda estamos casados.
- O divórcio é só uma questão de tempo.
- Tá bom, eu não vou insistir, se você não quer bom, mas por favor fica pra festa pra pelo menos você se distrair e quem sabe assim seu marido veja o que ele está perdendo.
- Não sei, não acho uma idéia.
- Pensa com carinho, eu prometo que não vou falar essas coisas nunca mais.
- Tá.
Ele saí do quarto, Giulia entra e fala:
- O que meu irmão estaca fazendo aqui?
- Nada, ele só estava insistindo pra eu ficar para a festa.
- Você realmente deveria ficar, mas abre o olho com meu irmão viu, João não tira o olho de você.
- Eu notei isso também.
- Você ficaria com ele?
- Lógico que não.
- Você deveria ficar, pelo menos pra esquecer um pouco o Rodolfo.
- Não amiga.
- Por que não amiga?
- Porque eu gosto do Rodolfo.
- Então tá, mas pense bem em, se não quiser pegar meu irmão ok, mas pelo menos fica para a festa por favor, por mim vai.
- Não dá, eu não tenho nem roupa aqui.
- Isso não é problema, eu te empresto.
- Rodolfo não vai gostar nada, fora que depois não tem como eu voltar pra casa.
- Dorme aqui, todo problema que você der, eu vou te dar um solução.
- Tá bom então, eu desisto vou nessa festa.
- Aaa, vem vamos escolher o look.
- Tá bom.
Então Rodolfo me liga e falo:
- Um minutinho amiga.
Ligação on
- O que você quer?
- Que horas você vai voltar pra casa?
- Eu vou dormir aqui.
- Não, eu vou te buscar agora mesmo, me fala o endereço agora.
- Não Rodolfo.
- Eu vou descobrir sozinho, mas aí você não dorme.
- Tchau.
- Não desliga.
Ligação off
- Amiga, acho melhor eu ir embora.
- Não amiga, fica pra festa, você fica um tempo e se não quiser mais vai embora.
- Tá.
- Agora vamos pegar uma roupa pra você.
Escolhemos uma roupa, eu me arrumei toda, passei maquiagem... Já é 20:00, a festa já começou, tem algumas pessoas já, estava sentada no sofá, quando João diz:
- Que bom que resolveu ficar, garanto que você não vai se arrepender.
- Assim espero.
- Vai ficar aí sentada, não vai beber nada ou dançar?
- Eu realmente bebi em toda minha vida, mas como hoje é uma ocasião especial pode me trazer um drink por favor.
- Só se for agora.
Ele me trás um drink, senta ao lado e diz:
- Vamos conversar?
- Sobre o quê?
- Sobre seu marido, ele nunca te traiu?
- É complicado.
- Tô com tempo.
- Mais ou menos, mas era em uma fase totalmente diferente do nosso relacionamento.
- Será que ele não te trairia de novo?
- Não sei, acho que não, será?
Nessa hora passa um garçom e eu já pego outra bebida:
- De repente, por que vocês brigaram?
- Porque ele fica desconfiando de mim.
- Será? Não, não, melhor eu ficar quieto.
- Não, fala.
- Será que ele não desconfia de você porque tem medo de você aprontar o que ele apronta?
Outra garçom passa e eu viro mais uma, aquelas perguntar estavam realmente me deixando pensativa e confusa:
- Acho que não, ele me ama e não faria isso.
- Certeza? Meio estranho essa desconfiança toda em.
- Isso é verdade.
Então eu começo a beber bastante, danço igual uma louca, eu estava meio fora de mim, aquelas perguntas do João realmente mexeram comigo, me fizeram duvidar do Rodolfo.
Depois de muitos drinks mais do que eu posso contar, me deu uma vontade de vomitar, eu saí correndo para frente da casa que aquela hora já estava lotada, vômito no gramado, estava meio tonta, quase não me aguentava de pé, João aparece, me levanta, me segura e fala:
- Vem que eu vou cuidar de você.
- Não, eu tô bem.
- Não está não, vem.
Marta
Ele pegou na cintura, eu estava totalmente apoiada dele, com a cabeça dando voltas, quando eu farol bem alta de carro aparece, quase me cega, uma pessoa saí do carro e grita:
- SOLTA AGORA A MINHA MULHER.
Eu acho que é o Rodolfo, ele me pega no colo, me coloca no carro, fecha a porta, vai fazer uma coisa, volta, entra no carro e fala:
- Você ficou louca? Essa não é você.
- Me deixa, você é falso.
- Não vou discutir com você, se eu não apareço não quero nem pensar no quê aquele babaca ia fazer.
Eu acabo pegando no sono, só acordo quando noto que estou em baixo do chuveiro gelado com o Rodolfo me dando banho, eu o efeito do álcool está passeando um pouco, depois de alguns minutos ele fala:
- Deixei sua roupa aí no banheiro, se troca e depois me chama.
Eu me troco, sai do banheiro, Rodolfo me dá uma xícara de café, um remédio, eu tomo, deito e ele fala:
- Agora dorme porque amanhã precisamos conversar.
Eu não falo nada, apenas durmo.
Rodolfo
Assim que a Marta desliga o telefone na minha cara, começo a fazer ligações pra saber onde essa tal de Giulia mora, faço muitas ligações, mas nada, até que uma colega dela me passa o endereço e eu vou na mesma hora.
Quando eu chego lá, vejo aquele cara de aproveitando da minha mulher fico fora de si, coloca ela no carro, volto para dar um soco nele que caí no chão e falo:
- Nunca mais se mete com a minha mulher porque dá próxima vez vai ser pior.
Entro no carro, falo algumas coisas, mas parece que ela nem sem quer está escutando, então notei que ela dormiu. Eu não entendo, ela não é dessas coisas, não sei porque ela fez isso, bebeu dessa forma, mas nao adianta nada discutir com ela bêbada. Dou um banho nela, wue etava dormindo, deixo ela se trocando, enquanto arrumo a cama dela, faço um café, pego um remédio, dou pra ela, que toma, e dorme e em seguida vou para o meu quarto dormir.
Oi galerinha? Estão gostando do livro?
Nos próximos capítulos teremos uma grande revelação em. Bjos.
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...