Rodolfo
Acordo decidido a ir falar com a Marta, não vai mais esperar, vou agir agora antes que as coisas fiquem fora de controle e ela vá além com esse fulano. Me arrumo, avisei o detetive que vou até lá, ele não achou muito bom, mas eu já estava determinado à ir, só avisei que depois da minha visita quero que ele fique muito atento para ver se ela não vai fugir novamente.
Chego no endereço, aperto á companhia e me escondi. Pois sei que ela iria me ver dentro da casa mesmo e não iria querer abrir. Ela abre o portão, olha para os lados, nessa hora eu apareço e falo:
- Surpresa.
Ela parece não acreditar, depois de algum tempo diz:
- O que você quer aqui?
- Conversar, eu posso entrar?
- Não, você não é bem-vindo aqui. Eu não pedi para você me deixar em paz?
- Você acha que eu iria desistir de te achar?
- Não, mas eu não esperava que seria tão cedo.
- Mas eu achei, você esqueceu que vamos ter um filho?
- Não e não precisava bancar o pai preocupado que não combina com você. Eu não quero mais te ver, pode ir embora que o nosso divórcio e a guarda do meu filho resolvemos no fórum.
- Você acha que eu abrir mão de tudo assim? Sem nem lutar.
- Você já fez isso outras vezes, o que mudou agora?
- Marta, eu sei que no fundo você vai me ama, esquece tudo e vamos para casa. Lá nós vamos achar uma solução juntos para tudo isso.
- Não quero. Você não é um homem de palavra? Você disse para o André que só iria me dar o divórcio, quando ficasse frente à frente comigo.
- Mas eu não vou dar, você está tão desesperada pra ficar livre só pra poder ficar com outro.
- Primeiramente, cuida da sua vida. Se eu tenho outro ou não, isso não é mais da sua conta. E pelo visto você anda me seguindo né.
- É da minha conta sim. Você ainda é casada comigo e carrega meu filho. Ando te vigiando mesmo.
- Já suspeitava, a mamãe sabe que você está aqui? Deixo eu adivinhar ela também está aqui? O bebê não pode ficar longe da mãezinha, trouxe até a Robertinha junta pra te ajudar nessa busca porque ela está sempre dispostas a ajudar né.
- Eu estou arrependido por tudo Marta.
- Que bom, mas isso não muda nada. Pegue o seu " arrependimento" e vá embora daqui. Mas pra não voltar mais de preferência.
- Marta, não faz assim. Eu te amo, estou aqui disposto a lutar pelo seu perdão.
Ela chega perto de mim, fica com o rosto frente à frente ao meu e diz:
- Isso não significa nada pra mim. Eu estou melhor sem você. Você foi fraco. Você não me abandonou na hora em eu mais precisava, mas sim o seu filho. Vou fazer questão de falar o tipo de homem que o pai dele é e como ele virou às costas pra ele por causa dos outros. Eu te desprezo Rodolfo, não quero te ver nunca mais.
Nessa eu engolo seco, às lágrimas nos meus olhos caem mesmo sem eu querer. Antes mesmo de eu conseguir falar ou fazer algo, ela entra pra casa e eu vou embora. Aquilo doeu de uma maneira inexplicável, ela nunca tinha falado desta forma comigo e muito menos dito que me desprezava. Vou para um bar da cidade mesmo. Peço um whisky, mas na hora que a bebida chegou, desisto de beber porque isso provaria que é verdade o que a Marta disse que eu realmente sou um fraco. Se eu quiser ter alguma chance com ela, o que vai ser bem difícil, tenho que amadurecer e provar isso pra ela. Mas não só por ela, por mim e por meus filhos principalmente esse que vai nascer...
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Prisioneira de um fazendeiro
RomanceMarta, uma garota de apenas 17 anos, durona que não acredita no amor e muito menos confia em homens. Sua família é muito humilde, tudo muda quando é mandada para uma fazenda muito distante de seu lar... Rodolfo, um dos fazendeiros mais ricos do pa...