Concorrente?

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Marta
Hoje eu vi o Rodolfo, depois de tudo o que houve entre nós, não vou mentir que aquilo mexeu comigo, principalmente porque eu não esperava vê-lo tão cedo. Mas não sei se ainda tem espaço pra ele na minha vida. Lucas, me ligou mais cedo para nos encontramos em uma cafetaria, então estou me arrumando. Eu andei pensando muito nessa questão do Lucas e já tomei a minha decisão.
Ele já estava na cafeteria, me sento e falo:
- Boa tarde Lucas.
- Boa noite Marta, tudo bem?
- Tudo e você?
- Estou bem também, queria falar à respeito da noite de ontem.
- Eu também, posso começar?
- Claro Marta.
- Eu acho que esse não é o melhor momento para eu me envolver com ninguém. Não quero ser injusta com você que sempre está comigo e me ajuda. Ainda mais porque o Rodolfo está na cidade também.
- Então você voltou com ele?
- Não, nada disso.
- Então pretende voltar?
- Também não. Mas preciso de um tempo só, estou confusa e você não merece estar no meio de toda essa bagunça.
- Eu te entendo Marta, mas também quero te dizer algo. Eu realmente estou sentindo algo por você e não vou desistir enquanto achar que tenho chances.
- Lucas..
- Calma, deixa eu terminar. Justamente por entender seu lado, quero te falar que independente de tudo vou estar com você para tudo, como amigo é claro, pois é isso o que você está precisando no momento. Mas não vou desistir de lutar por você não importa o quanto você peça.
- Muito obrigada Lucas. Você não sabe o quanto eu sou grata por ter você na minha vida e eu vou aceitar sim a sua amizade.
- E vou te ajudar em tudo o que precisar, principalmente com o bebê, se você me permitir é claro.
- Lógico que eu permito. Você é uma pessoa extraordinária Lucas.
- Você também é Marta, só não enxerga  isso.
  Conversamos mais um pouco e ele me levou para casa. Estávamos em frente à minha casa, quando eu falo:
- Você não quer entrar?
- Não, eu marquei de ir jantar com os meus pais. Deixa pra uma próxima.
- Está bem então. E amanhã eu tenho uma consulta, vamos tentar descobrir o sexo do bebê, se você quiser ir será bem-vindo.
  Ele sorri e diz:
- Claro que eu vou. Que horas?
- 07:00.
- Ok então, passo aqui amanhã esse horário e vamos juntos, pode ser?
- Pode sim. Tchau e um bom jantar.
- Tchau, fica bem e qualquer coisa mesmo pode me ligar.
Ele me dá um beijo na bochecha e eu desço do carro. Estava entrando em casa, quando aparece um moço com um buquê de flores e diz:
- Boa tarde, a senhora é a Marta Medeiros?
- Sou sim, por quê?
- Essas flores são para a senhora.
Eu peguei o buquê e ele disse:
- Quem enviou?
- Um senhor chamado Rodolfo Medeiros.
Na mesma hora entrego o buquê de volta nas mãos do entregador e falo:
- Entregue de volta para ele ou ligue dizendo que eu não quero e muito menos preciso de algo que venha dele. Passar bem.
Antes do entregador conseguir responder qualquer coisa, entro em casa. Se o Rodolfo acha que com algumas flores vai conseguir resolver tudo, ele está muito enganado. Eu quero que ele sofra só um pouco do que eu já sofri por ele.
Estava fazendo meu jantar, quando meu celular toca.
"Ligação on
- Por que não recebeu às minhas flores?
- Porque eu não quis e não me envie mais nada. A não ser que seja os papéis do divórcio.
- Isso nunca vai acontecer Marta.
- Isso é o que vamos ver. Era só isso? Porque eu estou muito ocupada pra perder meu tempo com você.
- Quanto orgulho e não é só isso. Você está fazendo o pré-natal?
- Claro, porque diferente de você, eu me importo com o MEU filho.
- NOSSO filho. Quero saber quando é a próxima consulta?
- Pra quê?
- Para te acompanhar.
- Não precisa, tenho companhia.
- Quem?
- Um amigo meu.
- Como fez " amizades" rápido em. Não importa se um amigo vai ou não com você, eu sou o pai e quero estar presente em tudo o que diz respeito ao meu filho.
- Azar o seu querido, não vou te falar nada.
- Então eu vou descobrir sozinho.
- Só tente. Porque se você tiver um pouco que seja de amor pelo meu filho, não aparecerá lá ou você quer que a mãe dele se estresse por sua culpa?
- Você está jogando baixo Marta.
- Que dó.
- Eu não vou nessa, mas na próximas gostando ou não eu vou estar lá.
- Terminou?
- Sim.
- Agora com licença que eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui discutindo com você.
  Ligação off"
Querendo bancar o papel de pai preocupado para o meu lado? Não vai colar mesmo, já acreditei no Rodolfo diversas vezes e com certeza não vou cair nessa conversa de novo.

Prisioneira de um fazendeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora