Prisioneira de um fazendeiro

André

Marta
Acordo bem cedo, pois vou falar com a Caroline porque se ela não impedir a demissão do André, vou contar tudo sobre a chantagem para o Rodolfo, eu já não tinha muita coisa a perder, pois ele já sabia que eu tinha entrado no escritório dele. Vou para a cozinha onde encontro ela e falo:
- Caroline, preciso falar com você.
- Fala.
- O Rodolfo vai despedir o André.
- E eu com isso?
- Se você não impedir vou falar toda a verdade para o Rodolfo, sobre sua chantagem... Ele não vai me mandar embora, agora já você não garanto nada.
- Você não faria isso.
- Lógico que faria, ele já descobriu sobre eu ter entrado no escritório dele, ele quer despedir o André, eu não tenho nada a perder.
- O que você quer que eu faça?
- Que o impeça de demitir o André.
- Eu não tenho esse poder, não vou conseguir convencer ele.
- Dá seu jeito porque de uma coisa eu tenho certeza Rodolfo não vai me mandar embora daqui, mas já você não garanto nada.
- Tá vou ver o que posso fazer.
- Você vai conseguir porque eu fiz a minha parte do trato.
Ela vai atrás do Rodolfo, eu só falei com a Caroline por falar porque duvido que ela irá conseguir convencer ele do contrário. Estou no estábulo porque vou falar com André:
- Oi André.
- Oi Marta, você está bem? O que aconteceu?
- Não estou nada bem, você pode ser demetido por minha culpa.
- Por quê?
- Porque sem querer eu falei sobre a tal Roberta pra ele, aí você já sabe né, Rodolfo ficou furioso, quer te despedir é te expulsar da faculdade.
- Caraca meu, que otário, mas se culpe e nem se preocupe comigo.
- Não tem como eu não me preocupar, o que vai ser de você agora? E de mim?
- Eu vou ficar bem assim como você, vou fazer o máximo para sempre que puder vir te visitar.
- Mas e o emprego? A faculdade? E você sabe que o Roldofo nunca deixaria você vir me ver.
- Calma, eu vou arrumar outro emprego, vou terminar a faculdade em outro lugar e a gente vai dar um jeito.
Ele me abraça e eu choro muito. Depois de algum tempo, subi  para ver se Caroline conseguiu algo, vou para a cozinha e falo:
- E aí como foi?
- Ele não mudou de idéia, falei que o tal André era insignificante, fiz de tudo, mas ele não me escutou.
- Fim de acordo então.
- Fim de acordo nada.
- Fim sim, se você quiser pode ir lá contar toda a verdade pra ele.
  Saí de lá antes que ela falasse qualquer coisa, fui para o escritório do Rodolfo. Cheguei lá, entrei sem nem bater na porta e disse:
- O que você quer de mim?
- Primeiro que você comece a bater na porta, o que você quer aqui?
- Que você não demita o André, eu faço o que você quiser.
- Até onde você está disposta a ir?...