CAPÍTULO 3

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•Carson Axel•

Madison. Combinava com ela.

_ Eu quero seu número. - Madison termina de preparar duas margueritas e entrega para duas garotas. Ambas me olham antes de sair. Ela se apoia no balcão e me encara por alguns segundos. Senti algo estranho no meu estômago quando ela sorriu de lado e me olhou de cima para baixo.

_ Sinto muito, você não faz meu tipo. - então ela se vira e começa a lavar os copos.

Como assim eu não fazia o tipo dela? Eu faço o tipo de toda garota!

Olho para meu grupo de amigos e percebo Ben e Charlotte me encarando com duvida e divertimento no olhar. Eles sabiam que se até agora a garçonete não estava saindo comigo para o banheiro, significava que eu estava me dando mal.

Mas não por muito tempo.

Pulei para o lado de dentro do balcão e Madison se virou assustada.

_ Não pode entrar aqui! - ela exclama me apontando a bucha cheia de sabão.

_ Saio assim que me der seu número. - ela nega com a cabeça e volta sua atenção para os copos.

_ Estou avisando para o seu bem, meu chefe não vai gostar de te ver aqui. Vai se dar mal. - me aproximo de seu corpo e me inclino contra seu pescoço, ela tinha um perfume suave que me fez arfar contra sua pele branca. Pude perceber os pelos de sua nuca se arrepiarem.

_ Sabe quem eu sou? - sussurro colocando minha mão em seu quadril. Ela não me impede. - Sou Carson Axel. Eu nunca me dou mal! - a viro bruscamente e ela me encara surpresa. Minhas mãos se fincam em sua cintura fina e eu encaro sua boca rosada e carnuda.

_ Não me importa quem seja. - ela sussurra de volta e eu a pressiono contra a pia. Ela morde levemente seu lábio inferior e eu me sinto ficar duro.

_ Vai se importar quando eu te fizer gozar várias e várias vezes. - meus dedos sobem até seu pescoço e eu fecho minha mão ali, erguendo seu rosto em direção ao meu. Seus lábios estavam entreabertos e suas pupilas me encaravam.

_ É uma proposta tentadora... - ela sussurra e aproxima seu rosto do meu - Mas eu passo. - então ela me empurra pelo peito e pega uma bandeija, caminhando para o salão.

Mas que merda acabou de acontecer? Quem essa garota pensa que é?

_ Que fora! - Charlotte comenta quando se inclina no balcão. Seus seios piscam como dois faróis para mim. - Pensei que não viveria para ver o dia em que Carson Axel leva um fora. - olho para o lado irritado e Charlotte me analisa - Ela até conseguiu te deixar duro, hum? - sua voz é ciumenta enquanto ela encara o relevo em minha calça. - Posso resolver isso para você, se quiser... - me inclino em sua direção e sorrio para ela.

_ Sabe que não repito no mesmo prato, amor. - ela estala a língua e se estica, pegando uma garrafa de gim.

_ Peça pra sua namoradinha anotar. - ela zomba antes de voltar para o sofá.

•••


Ben estava dançando com uma garota ruiva que ele tinha encontrado. Charlotte tinha ido para o banheiro com um cara moreno e eu estava sentado no sofá, enquanto Natasha se esfregava no colo de Jay.

_ Pelo amor, arrumem um quarto. - reclamo e Natasha me olha.

_ Pare de lamentar, Axel. Tem outras garotas na boate, vá encher o saco delas. - dito isso ela volta a enfiar a língua na garganta de seu namorado.

_ Tanto faz. - murmuro me levantando e caminhando em direção ao bar.

_ Isso não foi o que eu pedi. - uma garota loira exclama, enquanto empurra seu coquetel de volta para a garçonete.

_ Foi sim, um coquetel de morango. - Madison retruca

_ Você é burra, certo? Eu disse, maracujá. Quer que eu soletre para você? - a garota zomba e a amiga que está ao seu lado ri. Era claro que elas estavam apenas enchendo o saco. Madison suspirou e recolheu o copo, indo preparar outro. Me sentei ao lado das duas garotas e me tornei o centro da atenção.

_ Tatuagens legais. - a amiga me elogiou e eu apenas ergui a cabeça.

_ Aqui está! - Madison entrega seu coquetel de maracujá. As duas se entreolham.

_ Está bêbada por acaso? Eu pedi de morango. Onde está seu chefe? - a loira começa seu teatro. Madison parece abrir a boca, mas então se cala.

_ Tenho certeza que ouvi você pedir maracujá. Porquê não nos poupa de ouvir sua voz outra vez e apenas vaza? - comento e a garota se endireita constrangida antes de pegar sua bolsa e sair junto da amiga.

_ Você deve estar pagando babacas para aparecerem aqui hoje só pra se sair bem na fita, hum?

_Bem... Não. Mas é uma ótima ideia, na verdade! Tentarei nas próximas. - ela sorri e eu sinto aquela coisa estranha no meu estômago outra vez.

_ Ei, já deu o horário! - o barman de mais cedo, Andy, entra no balcão. Ele olha para mim com desprezo. Madison olha seu relógio e suspira aliviada.

_ Ainda bem, estou exausta! - ela da um beijo na bochecha do homem - Te vejo amanhã. - Então tira seu avental, ficando apenas com o vestidinho por baixo. Deus, preciso comê-la!

_ Ei, aonde vai? - pergunto seguindo-a quando ela caminha para fora da boate. Ela revira os olhos pela minha pergunta.

_ Não que seja da sua conta, mas estou indo para casa. Meu turno já acabou. - ela começa a caminhar em direção à um ponto de ônibus.

_ Não pode ficar um pouco na festa? - pergunto e ela nega.

_ Tenho aula amanhã. - seguro seu braço a impedindo de andar. Ela me olha impaciente.

_ Eu te levo pra casa. - falo e ela balança a cabeça.

_ Eu nem conheço você!

_ Estamos juntos a noite toda, já sabe meu nome. - a tranquilizo.

_ Sim, e tudo que você fez foi me perseguir a noite toda. Não me parece um bom sinal. - coço minha nuca achando-a complicada demais. Porquê ela simplesmente não era como as outras garotas?

_ Eu deixo você segurar minha arma no caminho. O que acha? - pergunto e ela me encara com o cenho franzido.

_ Que você é doido. - ela diz e eu suspiro - Tudo bem... - sorrio - Mas não pense que vou dormir com você. - ela avisa.

_ Um homem pode sonhar. - a levo até a BMW de Ben. Eu tinha uma chave reserva.

_ Uau! - ela exclama enquanto abro a porta para ela - Agora eu sei porque é tão metido. É um filhinho de papai, não é? - ela faz graça e eu reviro os olhos.

_ Sou um homem de negócios. - respondo.

_ Sei, deve estar envolvido com drogas. - ela ironiza e eu apenas sorrio torto antes de avançar com o carro.

•••


_ É aqui. - ela aponta para uma casinha amarela com um quintal florido. - Obrigada pela carona, Carson. - ela abre a porta do carro, mas eu seguro seu braço.

_ Espera...

_ Eu disse que não íamos transar! - ela é séria e eu ergo uma sobrancelha.

_ Pode apenas me passar seu número então? - estico meu celular para ela, que parece considerar enquanto encara o aparelho - Qual é, sou um cara legal, não sou? - a incentivo e ela me olha uma última vez, balança a cabeça como se não acreditasse no que estava fazendo e então, pega o celular das minhas mãos.

Madison Eden. Ela escreve no contato.

_ Boa noite. - então ela se despede, antes de deixar meu carro e entrar em casa.

O que estão achando?

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