CAPÍTULO 7

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•Carson Axel•

A polícia já tinha aparecido e retirado os corpos e levado o babaca para a delegacia. Ben também tinha chegado, um pouco antes da polícia, mas eu o dispensei, por tudo já ter se resolvido.

Madison estava sentada dentro do meu carro. Ela parecia em choque. Termino de falar com os policiais e caminho de volta para o carro. Assim que abro a porta, a garota da um pulo.

_ Desculpe. - ela diz e abraça o próprio corpo. Olha para o banco de trás e procuro pela jaqueta que sempre deixo ali.

_ Aqui. - ofereço e ela aceita, vestindo-a. - Está tudo bem? - Madison parece pensar bastante sobre minha pergunta, então ela se vira para mim.

_ Você matou duas pessoas. - ela afirma e eu concordo - Porquê sou eu que estou surtando se você matou duas pessoas? - suas mãos começam a tremer e ela as esfrega contra sua perna. A ação deixa sua pele branca avermelhada. Pego suas mãos e as seguro, fazendo-a me olhar.

_ Eles eram pessoas ruins, Madison. Iam machucar você.

_ Eu sei, mas você atravessou uma bala na cabeça dos outros dois... - ela parece sofrer ao relembrar a cena em sua mente.

_ Eu precisei. O que acha que ia acontecer quando eu pegasse a arma daquele idiota? Acha que os parceiros dele iam apenas assistir. Eles também estavam armados! - ela parece assentir como se a informação ainda estivesse sendo processada em sua cabeça. - É melhor esquecer, quanto mais pensar nisso, pior será. - a aconselho e então piso fundo, em direção a sua casa.

•••


_ Seu pai quer falar com você. - Ben entra no meu quarto me entregando o telefone.

_ Eu sei, imaginei que era esse o propósito dele quando me ligou duas vezes essa manhã. - respondo não tirando os olhos do videogame.

_ Carson, sabe que é pior pra você ignorá-lo. Apenas atenda a merda do celular! - Ben exclama sério e sai do quarto. Pauso o jogo e bufo me atirando contra a cama. Agarro meu telefone e retorno a ligação do número que estava gravado como "Diabo".

_ Finalmente, Carson. Pensei que teria que mandar alguém aí para ver se ainda estava vivo ou se te matava. - reviro os olhos quando sua voz atende o telefone.

_ O que você quer? - pergunto. Ouço seu suspiro no fundo do telefone.

_ Fiquei sabendo de um incidente em uma lanchonete ontem a noite. Você matou três pessoas, certo?

Vou matar o Ben!

_ Dois, na verdade! - sei que não posso vê-lo, mas a imagem dele sorrindo do outro lado da linha é muito clara na minha mente.

_ Está mais preparado para assumir os negócios do que imaginava, filho. - ele comenta e eu me sento na cama bruscamente.

_ Não! Não estou. - minha voz sai firme. - Só fiz aquilo porquê um deles ia me matar. - Matar Madison, na verdade. Mas meu pai não precisava saber disso.

_ Necessário ou não. É sempre a mesma coisa no final. Sangue. E você os matou, filho. Não poderia estar mais orgulhoso! - ele parece ser honesto e eu o odeio por isso - Vou moldar você para assumir os negócios, logo, logo...

_ Sabe que não quero isso! - o corto. - Sabe que odeio fazer parte das entregas. Odeio tudo isso! - meu pai suspira do outro lado da linha.

_ Vai aprender a gostar, ou pelo menos, engolir. Senão, você é inútil para mim, filho. E sabe o que eu faço com quem não me serve para nada! - ele desliga. Fecho os olhos e coloco minhas mãos contra minhas têmporas. Bufo.

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