CAPÍTULO 50

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•Carson Axel•

Tínhamos encontrado o esconderijo de André graças as coordenadas de Ben. Ele disse que desde que começou a investigar André Huet pelo roubo das drogas, ele descobriu que o canalha tinha um imóvel na França. E que provavelmente, Madison teria sido trazida para cá.

E ele estava certo.

Todo o perímetro do castelo estava sendo vigiado por seis seguranças armados. Sem contar os que deveriam estar la dentro.

Charlotte, eu e Ben estavamos escondidos nas árvores, ao longe, analisando o local. Ainda era dia e eu encarava as janelas do castelo, procurando por qualquer sinal de Madison. E quando a vi pela janela do andar de cima, meu coração parou.

_ Ele está alí! - Charlotte sussurra, chamando minha atenção quando André pisa do lado de fora. Ele vai em direção a um de seus homens e conversa com ele. Imediatamente, aponto meu revólver em sua direção, sabendo que eu precisaria apenas de um disparo para destruí-lo. Eu queria matá-lo. Explodir seus miolos ali mesmo. Mas Ben me impede.

_ Se o matar agora, irá alertar os outros a fugirem, com a garçonete. - ele me avisa. - Tenha paciência. - ele pede e eu mordo minha língua, sabendo que ele estava certo. Com um suspiro, abaixo o revólver e espero. Charlotte puxa seu walkie talkie e avisa seus homens para se prepararem. Iríamos invadir assim que anoitecer.

E assim fiizemos.

De trás das árvores, atiramos contra os seguranças do lado de fora, então dois dos homens de Charlotte instalaram explosivos na grande porta de madeira na entrada e em segundos, ela estava no chão.

_ Agora! - grito e todos corremos para dentro do castelo. Somos recebidos por tiros e revidamos. Ben atira bombas de fumaça e Chalotte dispara contra dois seguranças de André. O lugar vira um caos. Balas para todo lado, fumaça e explosões. O castelo começa a tremer e a cair aos pedaços. Alguns são atingidos por pedaços de mármores e os explosivos fazem com que o jardim do lado de fora comece a pegar fogo. - Temos que achar Madison! - grito para Charlotte. Ela assente e ambos corremos para o andar de cima, sendo seguidos por mais dois de seus homens.

Assim que chegamos ao topo da escadaria, nos dividimos e vasculhamos cada quarto, porém, ela não estava ali. Madison não estava em nenhum dos quartos.

Merda!

Chuto uma mesa de vidro e a peça se estilhaça no chão.

_ Vamos encontrá-la, Carson. - sinto a mão de Charlotte no meu ombro - Mas não podemos ficar aqui em cima. - Ela tinha razão. A fumaça estava ficando mais densa e o teto estava rachando rápido demais. Assinto e corremos de volta para a escada.

Porém, antes que pudéssemos chegar no primeiro degrau, uma porção de tiros é disparado contra nós. Me atiro contra Charlotte, nos jogando para o chão e ambos rolamos escada a baixo. Quando paramos no primeiro piso,  abro os olhos e me sinto dolorido. Olho para o lado e volto minha atenção para minha amiga.

_ Você está bem? - pergunto e ela assente. Charlotte se levanta grunhindo e eu faço o mesmo. Olho ao meu redor tentando enxergar algo através da fumaça cada vez mais densa. Vejo Ben lutando contra um dos seguranças de André. Ambos estavam desarmados e o homem parecia estar tendo a melhor na briga. Charlotte me encara apreensiva quando não faço nada. Cerro meus punhos quando Ben cai e o homem sobe sobre ele, o socando.

Ele iria matá-lo.

Mordo minha língua decidindo se eu queria ajudá-lo ou se eu deixaria meu irmão morrer...

_ Vai atrás dela. - Charlotte me tira dos meus pensamentos. Ela corre até Ben e tenho tempo de vê-la atirar contra o homem antes de correr para longe deles. Pulo alguns corpos caídos no chão e passo por um salão de jantar. Seguro a arma firmemente em minha mão e aperto meus olhos contra a fumaça.

Assim que entro em um corredor, sinto alguém bater contra meu peito. Ambos nos afastamos bruscamente e apontamos nossas armas. Mas então, vejo os olhos verde jade que conheço tão bem. Arfo reconhecendo os cabelos castanhos imediatamente.

Madison abaixa sua arma lentamente, deixando-a cair e me olha aliviada. Seus olhos marejam e ela corre até mim, enfiando seu rosto contra meu peito, me abraçando.

_ Eu fiquei com medo que não viesse... - ela choraminga, com a voz abafada. A aperto contra mim, seu perfume me inundando. Eu não acredito que estava realmente abraçando-a!

_ É claro que eu viria, amor. - digo e ela ergue sua cabeça, seus olhos encontram os meus. Deposito minha mão em sua bochecha, me inclinando em sua direção, mas paro, quando noto um hematoma em sua bochecha. Meu corpo enrijece quando encontro marcas de dedos em seu pescoço também. Engulo em seco e travo meu maxilar.

Eu iria matá-lo!

_ V-Você está bem? - pergunto com dor em minha voz. Só de imaginar alguém a machucando...

_ Foi apenas de raspão. - ela murmura e eu não a entendo, até que vejo sangue em seu coxa. Aquele desgraçado atirou nela? Eu podia sentir a veia no meu pescoço pulsar de raiva.

_ Madison... - eu queria me desculpar, mas eu não sabia o que dizer. Mas eu tinha consciência... Era minha culpa tudo isso! Era minha culpa ela estar aqui!

Porém, antes que eu pudesse dizer algo, uma silhueta surgi através da fumaça e eu puxo Madison para trás. André aparece na nossa frente, um sorriso debochado em seu lábio.

_ Carson Axel, finalmente apareceu, hm? - ele ri e noto uma pistola em sua mão. - Acredito que temos assuntos pendentes... - ambos erguemos nossas armas um para o outro.

_ Digo o mesmo... - rosno. Eu iria destruí-lo por tudo que fez a minha garota.

_ Não vai tirá-la de mim, Axel. Ela me pertence. - André me alerta com raiva em seus olhos. - Madison vai vir comigo. - Sinto-a apertar minha mão.

_ Só por cima do meu cadáver... - então, André parece prestes a disparar, mas Madison corre até o meio de nós dois. - Não... - tento impedi-la, mas ela é mais rápida.

_ Não faça isso, André! - ela pede, se pondo como escudo à minha frente - Por favor... - ele volta seu olhar para ela e parece abalado. Seus olhos ficam confusos e ele abaixa a arma imediatamente. Assisto tudo sem entender.

_ Q-quem fez isso com você? - ele murmura incrédulo, se aproximando dela. Aperto o cano da arma, ainda direcionada a ele.

_ Hugo. - ela o responde séria e André para. Ele engole em seco, seus olhos ainda presos nos machucados de Madison. Ele guarda sua arma quando para em frente a minha garota e a toca no rosto com as mãos trêmulas.

Aproveito sua distração para puxar Madison para trás e socá-lo no maxilar. André cai no chão e eu jogo sua arma para longe, subindo sobre ele, deferindo vários socos contra seu rosto. Ele consegue se defender, me socando na mandíbula, mas minha raiva não me faz recuar. Eu sentia como se algo estivesse me dominando. E tudo que consigo pensar é em como ele machucou Madison. Como ele bagunçou sua vida. Como a sequestrou e a manteve longe de mim. Como ele causou todos aqueles machucados nela...

Eu estava cego!

André já estava sangrando por todo rosto e tentava revidar desesperado, mas aperto seu pescoço, o enforcando, querendo que ele sofra assim como fez Madison sofrer.

Eu não iria precisar de arma.

Eu o mataria com minhas próprias mãos.

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