CAPÍTULO 45

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•Carson Axel•

Bufo quando novamente o telefone de Madison cai na caixa de mensagens. Já se passava das seis da tarde e eu não havia tido nenhum tipo de noticias dela. Eu também havia tentado contactar Ben, mas ele também parecia ter desaparecido.

Ando de um lado para o outro no meu escritório, pensando no que deveria fazer. Se Ben e Madison haviam sido sequestrados por André eu precisava agir rápido. Eu precisava pensar em um jeito de encontrá-los...

Meu celular apita e eu o checo quase que imediatamente. Era o número de Ben.

"Venha até a casa de seu pai."

Pisco um pouco confuso. Era possível que meu pai havia pegado Ben e Madison para me dar alguma lição? Definitivamente era um opção! Então, não espero mais um segundo e deixo minha casa, levando apenas minha jaqueta e uma arma.

•••

Quando paro em frente a porta, retiro a arma do cós da minha calça e giro a maçaneta. Preparado para uma emboscada com os diversos homens do meu pai, no entanto, tudo que vejo é ele e Ben, sentados no sofá da sala. Eles tinham um copos de uísque em suas mãos e pareciam ter sido atrapalhados no meio de sua conversa.

_ Oh, filho. Que bom que resolveu aparecer... - o Diabo se levanta e vem até mim, colocando a mão em meu ombro. - Acho que isso não é necessário. - ele indica minha arma. Abaixo-a, confuso. Olho para o meu irmão que encarava o líquido em seu copo.

_ Onde você estava? - questiono-o e ele ergue seu olhar para mim.

_ Aqui. - ele responde simples.

_ E não pensou em atender a droga do telefone? - exclamo e Ben apenas da de ombros. - Madison sumiu. - comento e ele não parece surpreso. Na verdade, não demonstra nenhuma expressão.

_ Nós sabemos. - meu pai da dois tapinhas nas minhas costas e volta a se sentar ao lado do loiro. Minha cabeça girava e eu sentia o sangue nas minhas veias ferver. Eles sabiam mais de algo e eu estava, definitivamente, sobrando na sala!

_ Você deveria ter a buscado na faculdade! - acuso meu meio irmão que assente se servindo de mais uísque.

_ E eu busquei. - ele diz por fim.

_ Então onde caralhos ela está? - rosno e os olhos de Ben encontram os meus. Meu pai sorri de lado, se divertindo com meu desespero.

_ Não se preocupe, filho. Ele não vai machucá-la! - o Diabo anuncia e o ar parece fugir dos meus pulmões.

_ O que você fez? - meus olhos ainda estavam presos nos do meu do loiro. Minhas mãos firmes contra o cano da arma.

_ Não fique bravo com seu irmão, Carson. Ele apenas estava seguindo minhas ordens... - meu pai volta a se levantar e começa a caminhar pela sala. - André me prometeu que não tocaria em um fio de cabelo dela, afinal, seria um desperdício destruir aquele rostinho, não acha? - ergo minha arma em direção a sua cabeça. Meus sentidos estavam todos ofuscados pela irã fervente que eu sentia.

_ Porque fez isso? - exclamo - Porquê caralhos a entregou para ele? - minha voz tremia pela raiva

_ Fizemos uma troca. - ele explica - O dinheiro da minha mercadoria roubada, com juros, pela garota. Pareceu um ótimo negócio para mim! - ele toma um gole de sua bebida - Além do mais, eu precisava te ensinar uma lição, não acha? Ela estava sendo uma distração para você, filho.

_ E a porra do nosso acordo, hm? Você não deveria chegar perto dela! - berro e meu pai sorri de lado, não parecendo muito preocupado com a arma apontada para sua cabeça.

_ Mas eu não toquei, Axel. Ben fez todo o trabalho. Minhas mãos estão limpas. - cerro meus dentes sentindo fogo sair pelo meu nariz.

_ Ele estava apenas seguindo suas ordens, não? - relembro suas palavras. Meu pai me olha como se eu o tivessse pegado em uma mentira.

_ Touché. - ele ri - Mas acho que é o preço que se paga ao fazer um acordo com o Diabo.

_ Eu vou te matar caralho! - rosno destravando a trava de segurança. Ben se levanta do sofá.

_ Carson, isso não vai resolver nada! - ele diz e eu o fuzilo.

_ Cala a sua boca! Eu devia matar você também seu filho da puta! - grito com ele - E matar esse merda vai ajudar muita gente. - comento voltando meu olhar para o meu pai. Ele me analisa de lado e termina seu uísque.

_ Se me matar nunca vai encontrar sua namoradinha. - ele ergue a sobrancelha e depois estrala seu pescoço, como se nossa conversa o estivesse cansando. - Vou deixar vocês resolverem entre si, mas... - ele sorri diabólico - Foi divertido, não foi? Um pouco dessa dinâmica entre pai e filho. - travo meu maxilar enquanto ele lança um último olhar para Ben e sobe as escadas. Abaixo a arma me sentindo derrotado.

_ Podemos ir atrás dela... - Ben propõe e eu o interrompo socando seu rosto. Ele cai no chão, cuspindo sangue no tapete branco.

_ Você a entregou e agora quer resgatá-la? - exclamo, socando-o novamente quando ele tenta se levantar.

_ Seu pai me pediu para entregá-la e pegar o dinheiro. Foi a maneira que encontrei de pagar nossa dívida com ele... - o chuto na barriga.

_ Eu não dou a mínima para a droga da nossa dívida! Eu me importo com a Madison! - quando estou prestes a chutá-lo novamente, Ben agarra meu pé, me derrubando.

_ E você pode trazê-la de volta, Carson. Eu sei pra onde ele a levou!

_ E você acha que vou acreditar em você seu traidor de merda! - rosno, subindo sobre ele e socando seu queixo. Tento repetir meu ato, mas Ben desvia, socando meu estômago e invertendo as posições. Ele segura meus braços, me impedindo de acertá-lo novamente.

_ Que opção melhor você tem, hm? - ele pergunta e eu expiro forte, parando de relutar. Ele sai de cima de mim e da alguns passos para trás, limpando o sangue que saia do seu nariz. Me sento no chão, com o maxilar travado.

_ Não pense que isso muda alguma coisa. Depois que acharmos ela, quero que suma da minha vida. - me levanta, caminhando até a porta. Paro no batente e volto a encará-lo - Se depois de tudo isso eu o ver de novo... Eu juro por Deus, que te mato!

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