CAPÍTULO 11

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•Madison Eden•

_ Mais um. - Ari pediu enquanto eu enrolava os brigadeiros e os passava no granulado.

_ Só mais um. - avisei a estendendo um. Ela enfiou-o inteiro na boca e fez uma carinha de satisfação. Parker dormia tranquilamente em seu bercinho e sua irmã, agora, assistia um desenho na sala. Já estava quase na hora do senhor Baraz voltar e eu ir para a faculdade. Então, terminei os docinhos e os coloquei na geladeira, eu havia prometido a Ari que os faria para ela levar para a escola amanhã.

Me sentei no balcão cansada e olhei meu celular. Havia duas ligações perdidas de Axel e três mensagens. Desde ontem eu não quis mais falar com ele. E não era por ciúmes nem nada do tipo, é claro que eu já imaginava que ele ficava com várias garotas. Eu já ouvi os rumores na faculdade. Carson era conhecido por destruir o coração de líderes de torcida e até algumas professoras. Eu não fiquei surpresa quando o vi com aquela morena na piscina. O que eu não podia entender era o porquê de ele ficar me perseguindo pela faculdade e me levando a todos os lugares. Minha única sugestão era de que ele queria me levar para a cama, como todas as outras. Mas infelizmente, não tenho tempo para seus joguinhos.

_ Madison! - acordo dos meus devaneios quando Ari me chama. Parker estava chorando em seu berço.

_ Estou indo. - avisei e o peguei no colo. - Você é tão lindinho quando dorme, porquê não volta a fazer isso, hum? - brinco com uma voz fina e ele diminui seu choro. A porta se abre e o senhor Baraz entra carregando uma maleta.

_ Papai! - Ari corre até ele e o beija na bochecha, quando o mesmo se agacha sorrindo. - Madison fez brigadeiros para mim! - ela conta animada. Solto Parker, que agora já estava mais calmo, em seu berço e pego minha bolsa no sofá. Me despeço de Ari e seu pai me paga a diária de hoje, antes de eu correr para casa pra me arrumar para a faculdade.

Assim que entro em casa escuto várias pancadas no andar de cima.

Mãe!

Subi as escadas o mais rápido que consegui e a encontrei abrindo todas as portas e gavetas do quarto e jogando todas as coisas dentro prlo chão. Corri até ela e segurei seus braços.

_ O que está fazendo? - perguntei e ela tentou se soltar.

_ Preciso da chave do carro. - ela responde se soltando e voltando a abrir a gaveta.

_ Você não pode dirigir, mãe. - digo cansada. Me sento na cama e a observo destruir o cômodo.

_ Preciso ir atrás do seu pai! - paro de respirar por um segundo - Ele saiu ontem a noite e não voltou, algo deve ter acontecido. - olho para o carpete no piso do quarto e suspiro caminhando até minha mãe.

_ Ele está bem. - digo a fazendo me olhar. Levo-a até a beirada da cama e me agacho a sua frente. - Papai nos deixou anos atrás, mãe. Não se lembra? - pergunto e ela me olha confusa por um momento. Então seus olhos demonstram uma tristeza profunda.

_ Ah. - é o que ela responde. Ela olha para a cama e se deita ali, começando a chorar. Engulo em seco e olho para o quarto bagunçado.

_ Posso trazer um remédio para dormir, o que acha? - pergunto e ela assente. Desço as escadas e caminho até a cozinha. Faço um sanduíche de presunto e coloco um copo de leite com achocolatado em uma bandeja, juntamente com o remédio. Deixo-a na cabeceira ao lado da cama. Organizo o quarto enquanto a observo comer e tomar o remédio, seu choro cessa e em alguns minutos ela cai no sono. Faço o meu máximo para ajeitar o cômodo, até que me lembro da faculdade. Troco de roupa rapidamente e escrevo um recado em um post it, pregando-o na parede ao lado da porta.

"Ligue se precisar de algo: xxxx-xxxx". Então corro para fora de casa.

•••

•Carson Axel•

Não pude ir para a faculdade hoje já que meu pai ligou para Ben e avisou que tínhamos que fazer uma entrega de última hora.

_ Eles estão atrasados! - Ben olha seu relógio impaciente enquanto esperávamos os compradores dentro de um estacionamento abandonado, fora da cidade.

_ Só espero que eu não tenha vindo paraa essa merda atoa. - resmungo e vejo Ben revirar os olhos. Ouvimos barulho de motores e saímos da BMW. Dois carros pretos aparecem e dois caras vestidos com uniformes iguais caminham em nossa direção.

_ Quem de vocês é Carson Axel? - um deles pergunta e eu olho para Ben erguendo minha mão.

_ Temos uma mensagem do nosso patrão. - franzo o cenho e o grandão me soca, me pegando totalmente desprevinido. O outro parte para cima de Ben e o derruba no chão. Massageio meu maxilar e revido o golpe, mas ele me da uma rasteira, me fazendo cair no chão e bater a cabeça. Ele me chuta na barriga e na costela algumas vezes antes de puxar o amigo de cima do Ben e saírem.

_ Quem é o chefe de vocês? -Ben resmunga tentando se levantar quando eles abrem o porta malas do nosso carro e pegam as drogas. Um deles leva a mercadoria até seu carro e o outro para à nossa frente.

_ Não se preocupem, vão conhecê-lo logo, logo. - então eles somem de vista.

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