Capítulo 16

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Lay encarava o céu azul fascinado. O dia estava tão belo. Era quase como uma afronta à tristeza que lhe esmagava o coração.

Depois de tanta insistência de Sehun para ir para casa descansar, Lay cedeu a vontade do mais novo e assim voltou para sua casa. Porém seus pensamentos não saía de sua avó. Tinha medo de o pior acontecer e não estar lá. Apesar do corpo exausto, Lay não conseguia dormir e tudo o que lhe restou foi se sentar na calçada de frente a sua casa e observar o céu. Tudo dentro de casa o fazia lembrar de sua avó e lhe fazia sentir vontade de chorar.

Durante toda a noite tivera que suportar o mal humor de Sehun. O mais novo não quis contar para Lay o que havia acontecido, mas o chinês deduzira que havia sido algo que Baekhyun falou ou fez que deixou Sehun irritado. E também havia reparado no incomodo de Baekhyun com menção de Xiumin, e sabia que algo havia acontecido entre os dois. Era tão complicado aquelas situações para Lay que ele preferia ficar na sua e não perguntar.

Além da cara feia de Sehun, o que deixou Lay ainda mais angustiado foi saber da conta do hospital... Precisava pagar uma parte das dívidas hospitalares para manter a avó até sexta no leito. Mas de onde arranjaria dinheiro? O pouco que tinha foi juntando enquanto trabalhava em seus três empregos, mas depois que teve que se demitir para ajudar a avó doente, o dinheiro só ia embora e não era recolocado. Tinha que dá um jeito para pagar a conta do leito...

- Ei! Yixing, certo?

Lay olhou para o lado e viu Kris parado encostado na cerca de sua casa.

- Kris. - cumprimentou educadamente. Mesmo que não gostasse do outro, não via o porque de ser mal educado.

- Eu vi você aqui solitário e me fez querer vir aqui dar os meus pêsames.

- Minha avó não morreu Kris, mas mesmo assim obrigado.

- Oh! Me desculpe. - Kris deu de ombros aparentemente nem um pouco arrependido. - Deve ser uma barra o que está passando. Olhe, acredite, somos irmãos de pátria, então conte comigo para qualquer coisa.

Lay olhou para Kris e viu, o que parecia sinceridade nos olhos do outro. Se sentiu grato. Nunca imaginou que Kris pudesse estender o braço quando mais precisava...

- Bem, eu preciso de algum emprego. Minha avó precisa do leito no hospital então preciso pagar a metade da conta até o final da semana. Se souber de alguém que está precisando de funcionário...

- Ei Yixing ! Está falando com a pessoa certa. - Kris sorria com malicia e se sentou ao lado de Lay. - Eu posso te ajudar nisso! E olha, posso até te arranjar um trampo para conseguir a grana certinha para o hospital.

- Jura? - Lay o olhou sorrindo esperançoso. - Diga-me.

- Bem, eu tenho uns amigos que podem te arranjar um trampo para hoje mesmo. Basta você me confirmar que vai querer...

- Espera. - Lay o interrompeu começando a entender do que Kris estava dizendo. - Eu não vou cometer nenhum crime...

- Ei! Ei! - chamou Kris sorrindo passando o braço em volta dos ombros de Lay como se fossem amigos íntimos - Veja Bem Yixing, vou jogar limpo com você. Eu não sei exatamente o que poderão te arranjar, pode ser qualquer coisa, seja algo simples ou algo realmente grande, ir, talvez, cobrar uns acertos de contas... Variam.

- Eu sinto muito Kris. - tirou o braço do outro dos seus ombros. - Mas eu não quero me envolver em crimes e violência. Tenho uma auto promessa de ficar longe de violência...

- Yixing, escute. - Kris suspirou exausto - Prioridades são prioridades, prefere poupar sua honra ao invés de salvar sua avó? - Então o rapaz se levantou - Pense nisso Yixing, pode me responder sua decisão até amanhã de manhã.

TroubleMaker // ChanBaek Onde histórias criam vida. Descubra agora