TroubleMaker // ChanBaek

Capítulo 39

Minseok avaliava atento o modelo da cama que havia comprado, mais uma vez. Não sabia nada sobre escolher móveis; qual era a melhor marca, ou qual era a diferença entre cada tipo de cama, não sabia absolutamente nada. Só havia comprado o mais barato, compatibilizando com a quantia que tinha.

Depois de tanto trabalhar extra e juntando a quantia que sobrara de sua conta no banco, foi à loja de móveis comprar o único móvel que precisaria na nova morada. Uma cama. A Kitnet que alugara vinha mobiliado, para o seu alívio, já que se dependesse apenas do seu salário atual para mobiliar a kitnet, teria que trabalhar por anos para consegui mobilizar tudo. Porém mesmo vindo toda a kitnet mobiliada, a cama que tinha em seu quarto era completamente velha e suja. Minseok simplesmente a jogou no lixo e colocou como objetivo comprar um novo. Nunca que iria dormir em uma cama daquela, quem sabe que tipo de sujeiras e doenças estavam impregnadas nela?

- Nós entregaremos amanhã no endereço que nos forneceu. - disse o vendedor o entregando a nota fiscal, sorrindo. Minseok o olhou saindo de seus pensamentos, e pegou o papel. - Obrigado por comprar conosco.

- Ah... Obrigado. - agradeceu fazendo uma reverência e se virou para sair da loja dando uma última olhando para o modelo de sua futura cama.

Estava empolgado por tudo estar dando certo por enquanto. Mesmo que estivesse sentindo falta de sua família, sentia que sua vida de algum jeito estava indo muito bem. Ainda morava, por enquanto, no quartinho do terraço do prédio, e já conseguia se virar sem necessitar de Chen. Já estava se sentindo um fardo para o outro por sempre precisar dele, e foi realmente um alivio começar a ser independente, comprar sua própria comida, e comprar suas próprias roupas (em um brechó perto de onde morava, que vendiam roupas bem baratinho). Agora teria sua própria morada, e nada o deixava mais empolgado do que isso. Só faltava pegar todas as suas coisas novas do quartinho, e se mudar.

Quando já saia da loja, viu, ainda dentro da loja, uma pessoa conhecida. Parou na entrada e olhou bem para aquele rapaz, e sorriu se aproximando.

- Ãhn... Luhan? - Perguntou se aproximando, e o cutucou no ombro receoso com sua reação.

O rapaz olhou para trás rapidamente franzindo as sobrancelhas confuso, e ao ver Xiumin, sua expressão mudou de confusão para surpresa.

- Ah... Oi? Xiumin, certo? - Luhan perguntou o encarando com expectativa.

- Sim! Lembra de mim! Naquele dia, do parque. - o rapaz de olhar de felino sorriu alegre pelo outro se lembrar dele.

- Isso! Você é amigo do Sehun. - sorriu fraco.

- É, sou. Vocês ainda se falam?

O outro sorriu sem graça olhando para os lados como se quissese conferir se não tinha ninguém por perto.

- Não ultimamente... O que aconteceu com ele que ele não atende ligações e nem responde mensagens? Desde do dia que a avó do amigo de vocês morreu, eu não tenho mais falado com ele. Aconteceu algo com Sehun?

Minseok o olhou avaliador, e Luhan parecia ansioso por uma resposta. O Kim sentiu um pouco de pena do outro, e esperava sinceramente que não fosse mais uma tática de chute na bunda que Sehun estava dando em mais um iludido depois de conseguir sexo.

Mas então refletiu mais profundamente sobre o assunto. Realmente no dia depois da visita ao hospital de apoio ao Lay após a morte de sua avó, Sehun estava estranho. No dia seguinte, quando foi o velório e enterro da senhora Zhang, Sehun parecia distante. Interagiu pouco com os amigos e sem suas típicas piadas ácidas, ficou o tempo todo distante e até chorou junto de Lay. Claro que ele tentava mostrar o máximo de naturalidade o possível, rindo com ele e com Baekhyun sobre algumas coisas, e até interagindo com Chen (quem Xiumin sabia que ele não ia muito com a cara). No dia Minseok não parou para perceber que havia algo de errado. Na verdade já havia se passado uma semana e meia, e Xiumin estava percebendo somente naquele momento que Sehun não havia mostrado as caras durante aquela semana. O Kim estivera tão ocupado com seu trabalho e sua mudança para o kitnet, que nem percebera. Se sentiu culpado por não saber o que estava acontecendo com o seu dongseng e não ajudá-lo.