Capítulo 37 - Problemas

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Alfonso cansa-se do ócio. A filha dormia, Anahí no quarto...  Ele decide resolver as coisas na cidade, também precisava ir as compras. O leite da menina estava acabando... Deita a menina dormindo no carrinho e pede que Maria a vigie. Veste sua jaqueta jeans e sai de carro.

 Anahí ria com sua amiga na clinica veterinária.

- Me deixa trabalhar, tá! Vpcês são demais! - E batem á porta - Anahí, é D. Marichelo ao telefone.

- Obrigada...Deixa eu ver o que mamãe quer.

 - Eu vou pro meu consultório. Também tenho que trabalhar. - A amiga lhe dá língua - Qualquer caso cirúrgico mando pra você, não to afim hoje.

Anahí finge que vai tacar algo nela: Que abuso é esse? Com uma sócia assim meu pai não vai querer transformar em hospital veterinário! - retribui a lingua.

- Tchau! - sai fechando a porta deixando Anahí sozinha, que  pega o telefone:

- Fale, Marichelo, meu amor!

 - ...

E Anahí fica séria: COMO??

- ...

Seus olhos logo maream: Não é verdade, mãe, meu pai, porque está brincando assim comigo ?! 

- ...

Com seu choro copioso, suas amigas tentavam consolá-la e segura-la.

- Me solta! Eu tenho que ir vê-lo, por favor! 

- Any,  seu marido esta vindo buscá-la.  Você não pode dirigir nesse estado... 

E a porta se abre, entrando um Alfonso triste: meu amor... 

Anahí levanta correndo do sofá para os braços dele, onde desaba em choro. Ele lhe abraça apertado, lhe afaga os cabelos, lhe beija os lábios e seca suas lágrimas.

Anahí acorda assustada, ofegante e com o coração acelerado: Ela leva a mão ao peito:

- Que sonho estranho foi esse? Meu pai é morto? Minha mãe chama Marichelo?...Mas Marichelo é a marca de lingeries.. - esfrega a mão no cabelo tentando organizar os pensamentos - E Alfonso  meu marido? ... Talvez por isso que me chamaram de Anahí... - Sua mão subia e descia sobre o peito, ofegante - Estou confundindo muito as coisas. Cada dia minha mente esta pior!

Seus seios doíam menos do que pela manhã, apesar dela sentir um formigamento. Toma um banho e desce. Encontra Maria, limpando a casa:

- E aí, minha filha, melhor?

- Sim. - não conta do sonho - O patrão me deu um remédio pra febre, acabei cochilando, melhorei. E cadê ele?

- Ele saiu... 

 Anahí nota a menina no carrinho, que já estava acordada mais quietinha, chupava a chupeta segurando um boneco ao lado. Ela vira o rostinho ao ouvir alguém se aproximar, e ao ver Anahí estica os bracinhos. Anahí se desmancha, a pega e a menina deita a cabeça em seu ombro.

- Já acordou, meu bem?  Seu pai te deixou, foi? Cade ele ? - diz acariciando sua nuca saindo com ela do quarto e voltando à Maria - Já estava acordada. Ela estava quietinha, nem chorou.

-Ela é muito boazinha.

- Um amor!- a menina ainda com a cabeça sobre seu ombro agarrava uma mecha do cabelo comprido de Anahí - Será que algum dia eu vou ter uma filha? Queria que fosse igual Anabella. - Maria nada diz.Anahí continua -É uma pena ela não ter mãe, é muito triste. Imagino o quanto a mãe dela gostaria de estar com ela, de a ter conhecido. - suspira- Tanto quanto eu gostaria de saber da minha família.

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