Capítulo 125 - Depoimento

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Anahí nervosa começa a ofegar: o que você esta fazendo? Eu preciso ir.

- Você não vai, Anahí. A casa é muito grande. - Anahí não entendia - Para mim sozinha. – coloca a chave no bolso da frente da calça.

- Eu...

- Você vai ficar e me dar a criança.

- Não!! – Anahí se afastava andando para trás.

- Eu quero o bebê. Me negaram mas eu vou conseguir um. Não preciso mais ser sozinha! - Soraia parecia sofrer algum transtorno.

- NÃO ! É minha filha! Eu quero ir embora, por Deus! – Anahí já começava a chorar.

- Você não vai embora! Não até me dar ela!

Anahí começa um pranto desesperado: Não, meu marido vai me procurar, ele vai desconfiar, ele não vai me deixar aqui. Vai ser pior para você, pensa bem...

Soraia se aproximando fazia Anahí recuar mais para trás:

- Eu já pensei muito... – falava friamente. Se mostrava uma pessoa diferente da que a atendera a porta.

- Você é maluca, você não pode fazer isso... - assustada recuando, Anahí acaba topando no primeiro degrau da escada e se desequilibrando, cai sentada sobre a escada, batendo as costas, ela geme. Estava pesada. Soraia se aproxima e a puxa, a ajudando a levantar, agarrando seu braço - Não! - Anahi lutava - Para onde está me levando?

- Eu não quero lhe fazer mal... Eu so quero a criança. – e ia levando Anahí para o andar de cima, que chorava, ofegava e gemia com medo e dor pela queda. Tentava se soltar, mas era impossível, a mulher lhe apertava forte que machucava. A deixa em um quarto. Você vai ficar aqui. Era um quarto no fim do corredor. Era o da mulher. O único que havia cama, uma de casal - Tente gritar e te mato! – diz calmamente, dando indícios de certa loucura. - E sai trancando a porta por fora.

Anahí fica desesperada, tenta abrir e não consegue. Começa a chorar mais forte, alto, nervosa. E com isto o ar lhe faltava. Anabella também começa a mexer inquieta. Anahí tenta se controlar. Senta na cama da mulher e apoia uma mão na base da coluna, onde doía, e a outra alisava a barriga:

- Papai vai nos tirar daqui, filha. Logo vamos para casa. Perdoa a mamãe. – mas não conseguia deixar de chorar.

Anahí explicava: E eu fiquei la dentro sozinha, sem saber o que fazer, as dores aumentando...

Soraia pega a chave do carro que Anahí havia deixado num móvel perto da entrada. Sai, fecha o portão e entra no carro dela. No banco de trás havia a mala de bebê que já ficava no carro. Uma no de Alfonso, outra no dela, qualquer emergência, não tinham que se preocupar com isto. Ela dá a partida no carro e o sai guiando.

Volta um tempo depois, a pé, e com a mala do bebê. Tira a placa de venda da casa. Deixa na sala junto com a mala do bebê e vai ver Anahí. Abre a porta do quarto e a vê suando, e aparentando muita dor.

Anahí ao vê-la tenta se levantar, mas sentia umas pontadas bem no baixo ventre. Chorava, que vertia sem lágrimas sem forças:

- Eu estou passando mal, por favor, me deixa ir. - se contorcendo toda, sentadana cama.

Soraia sai fechando a porta, achava que era blefe. Já tinha abandonado o carro de Anahí, afastado da casa dela. E vai fazer a janta tranquila. Já havia anoitecido quando ela sobe com um prato de sopa para Anahí e um copo de água. Agora sim percebe que ela realmente passava mal. Anahí estava deitada, com os joelhos dobrados e tinha contrações, em que gemia e respirava em sofrimento. Seu rosto e cabelos molhados, pelas lágrimas, pela dor e o medo do parto. O primeiro e ali, sem assistência e sem companhia. Soraia se preocupa. Anahí só vira o rosto para ela, chorando.

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