Capítulo 56 - Retorno

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O final de semana passa rapido para Alfonso. Estava sendo difícil se separar de Anahí e da filha. Ele vai com desejo de ficar. Sua chegada ao jornal é uma surpresa para todos. Diferente de  4 meses atrás quando tentara voltar ao trabalho, agora o viam tão austero, tão revigorado, tão bem de vida. Ele chega cumprimentando todos como sempre fazia, por nome e com aperto de mão, um beijo nas colegas mais achegadas.

- Alfonso?! -Dulce não estava por ali, mas reconhece a voz e percebe uma certa comoção. Sai de sua sala para ver do que se tratava - Alfonso! 

- Dulce María ! - a cumprimenta com um abraço apertado - Você não muda!

- E você ! Meu Deus, quem te viu, quem te vê. Está tão bem! Voltou p/ trabalhar?

- Agora de vez!

- Ótimo! Tem que dar um jeito nessa bagunça aqui que vai de mal a pior. - Ele gargalha, já sabia a quem ela se referia - E Christopher ?

- Sei lá, deve ter morrido engasgado com a saliva no final de semana.

Ele novamente solta uma gargalhada alta: Vocês não se emendam...Dulce, eu preciso passar na direção executiva, já  volto pra conversarmos.

- Vai lá, chefe! 

Christopher ao parar no estacionamento do jornal, repara o carro ao lado do seu. Ele dá a volta e vê a placa. Reconhece. Ele sobe e assim que chega na redação ouve o burburinho com nome do cunhado.

- Alfonso esta aqui?- pergunta.

- Ele voltou sim!! Está outra pessoa, agora sim parece o mesmo de antes ! - lhe respondem.

Christopher vai até a sala dele, mas vazia. Pergunta a uma jornalista que passava: 

- Cadê Poncho?

- Está numa reunião... - informa e se retira, mas para com outra colega - Agora sim vai voltar o circo novamente, Poncho e Chris, vai render boa risadas! Já estava sentindo falta.


Às 13h, pontualmente, Alfonso almoçava com o amigo advogado num restaurante perto do escritório:

- Poncho, o juiz indeferiu o pedido e vai ser muito difícil enviar um recurso. Por isso que queria conversar pessoalmente com você. Acho melhor nos preparamos para apresentar Anahí de volta a sociedade...

-Não! Claro que não! - é taxativo.

- Alfonso, raciocine logicamente: vamos primeiro a mídia, anunciamos que a encontramos, que a suposta homicida cometeu crime de perjúrio...

Alfonso o interrompe: Não, Sebastian! Ela está sem memória, eu quero poupá-la, entende? Imagina toda a imprensa encima de nós novamente?! De novo aquela história? Não teremos sossego! E ela sem saber nada que aconteceu, interrogatórios, audiências, jornalistas... Anahí já sofreu demais, eu quero evitar isso!

- Mas pensa, corre o risco de colocarem a culpa em você, Poncho!!

- Não, não vão fazer isso, eu tenho a consciência tranquila e por mais que a justiça seja cega eu acredito que a verdade prevalece! 

- As vezes tardiamente...

- Não importa, eu assumo o risco.

- Ok.. Então o que prefere? Que eu entre com o recurso? - Alfonso concorda mas Sebastian tenta novamente - Olha só, se eu entrar com recurso o juiz vai questionar o motivo da insistência... Aí vamos supor que daqui há um tempo essa volta da Anahí venha a público, e que vai vir, você sabe! Você não pode escondê-la para sempre, então esse processo pode servir de prova contra você, que você quis, vamos dizer, diminuir suas contravenções... - ele faz aspas com os dedos-  Por pelo menos parar de receber o dinheiro indevido.

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