Capítulo 52 - Roubo?

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Por volta das 6h, Anahí acorda com Anabella esbarrando nela ao tentar se virar. Ela abre os olhos e vê aos mãozinhas de Anabella tateando em seu pescoço, que logo fica de joelhos e se apoiando na cabeceira, se ergue e boceja. Anahí a protege para não cair, a pega e com o movimento de Anahí, a mão de Alfonso em sua cintura, escorrega para a cama e ele desperta. Anahí até havia esquecido dele ali... Senta a menina em sua barriga,  ajeita o cabelinho dela, desalinhado. Mas Anabella não quer mais conversa, nem sentar, segura a camiseta de Anahí, se ergue e deita a cabecinha no ombro dela ainda agarrada a blusa dela com uma carinha de choro. Alfonso senta na cama:

 - Bom dia, flores do meu dia! - com uma voz pesada e uma cara de sono que quase não abria os olhos. Ele beija a bochecha de Anahí e as costas da filha, que o olha e chora - Poxa, Bella, seu pai acorda tão feio assim? Por isso que comigo você acorda chorando?

Anahí da uma risada tímida e Anabella puxa a blusa dela: 

-Que fominha, bebê! 

Alfonso continua parado, e apesar do beijo na noite anterior, não se sentia confortável de fazer isso na frente dele. Ele se dá conta, levanta da cama e calça os chinelos:

- Eu vou deixar você amamentando e vou vendo o que temos para o café.

Anahí concorda e deita Bella em seu colo. Assim que ele bate a porta, oferece o seio a menina que sacia sua fome olhando para a mãe, que a acariciava com um misto de sentimentos em sua mente e seu coração: Era casada? Tinha um filho? Havia perdido? E o que sentia por Alfonso? 

Ela já calçava os chinelos para sair do quarto quando Alfonso entra com uma bandeja de café da manhã:

- Aonde vão?

Anahí fica surpresa: Ia descer para o café, preparar o mingau dela...

- Entrega de café na cama de primeira classe!

Os olhos dela brilham. Por que Alfonso tinha que cativá-la cada dia mais?

Dulce chega na entrada do prédio do jornal num carro diferente. Ela desce do carona e um homem desce do volante, muito bonito por sinal. Ele caminha até ela, segura dois dedos de sua mão esquerda e avisa: 

- Venho te buscar.

- Eu vou de táxi, não se preocupe.

- Claro que não, senhorita. Eu te trouxe, eu te pego.

- Se você insiste eu não vou recusar. 

E um carro chega em velocidade, Dulce já reconhecia: o som alto, a cor prata, era Christopher! Ela agarra o rapaz, o espreme no carro e lhe beija, envolvendo os braços em seu pescoço. O homem, claro, corresponde. 

Christopher sai do carro, não crendo no que vê, tira ate os óculos escuros. Dulce acaba o beijo e notando que era observada, limpa os lábios dos rapaz marcados por seu batom vermelho. Christopher fecha a cara, recoloca os óculos e ao passar por eles, cumprimenta sério e seco antes de entrar no edifício. 

Dulce não demora a dispensar o homem assim que Christopher passa. No andar, no hall dos elevadores, Christopher estava parado a esperando. Assim que ela sai do elevador ele a acompanha:

- Isso é muito feio, Dulce María.

- Bom dia pra você também. - ela é irônica.

- Isso é atitude de mulher decente, ficar agarrando um desconhecido na entrada do trabalho, na frente dos colegas? Isso é uma atitude profissional??

Dulce já enraivecida para e vira pra ele:

- Christopher, em primeiro lugar, eu sou uma mulher decente, em segundo lugar esse cara é meu namorado e se chama Pablo. E em terceiro, quem é você pra me dar lição moral ? Olha bem pra sua vida e pra da sua namorada antes de querer falar comigo, ok?! Passar bem! Estou muito feliz pra você já querer estragar meu dia desde cedo! Aff! - o deixando sozinho. 

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